Em Parkland, na Flórida, em uma escola, local sereno e profícuo, um
jovem, de 19 anos, matou 17 e feriu 14 pessoas, estudantes e professores.
Em Salvador, na Bahia, em pleno carnaval, ambiente de fuzarca e muvuca,
com 3 milhões de foliões, uma morte, nas proximidades do circuito, um estudante
foi morto ao receber um murro no rosto.
Muito simples, ‘libere geral’ armas brancas e de fogo no Carnaval de
Salvador para vermos o bicho pegar. Que o folião possa levar a arma que lhe
aprouver, uma faca, um punhal, um revolver, uma metralhadora, uma AR-15 para
virar uma carnificina.
O presidente Trump não deixou por menos e argumentou que foi um problema
de perturbação mental, não tocou na questão da arma de fogo. É uma questão de
saúde mental. Falou ta falado.
Na multidão de três milhões em Salvador, quantos milhares estão no fio,
no triz da saúde mental? Quantos estão em perturbação mental potencializada?
Quantos estão carregados de raiva, ódio, violência, frustração, recalque e
fúria? Uma só morte. Uma morte estúpida, injustificável, animalesca, imbecil e
sinistra.
Na escola americana 14 mortos. Um problema de saúde mental numa ‘sociedade
perfeitamente sadia’. Trump escamoteia os fatos, só joga dando bicuda na canela
e impondo no grito, é autoritário, tem lado, defende interesses e tem
compromisso com a forte bancada da bala e a poderosa indústria ‘bélica’ da
morte.
Qual é a saúde mental de Trump? É claro que Trump não concorda e não aceita
essas chacinas que ocorrem nos Estados Unidos; é absolutamente contrário, mas ele
não pode, não deve ficar contra os seus, contra a sua corriola, contra os
interesses e as necessidades de super lucro dos senhores da guerra, que armam
bandidos até os dentes e estabelecem a insegurança e a violência em vários
pontos do planeta.
A bandidagem do Rio de Janeiro tem face, RG, CPF e AR-15. Desfrutava do
palácio, esbanjando luxo e riqueza, quebraram um Estado; escorregam pelos
labirintos das favelas esbanjando o poder das armas de ponta, acuando e
amedrontando a população de um Estado quebrado. Bamboleiam com desenvoltura e
graça nos melindres e artimanhas do poder do asfalto. Vagueiam de forma
graciosa e desenvoltamente pelos meandros do poder feito a ferro e fogo nos
morros. O asfalto é cliente do morro.
O cidadão brasileiro tem uma arma: o voto. O cidadão-trabalhador
brasileiro não pode e não deve usar essa arma contra si. Não pode cometer um
suicídio contra a sua cidadania. Não pode ser ingênuo e se deixar enganar pelo belo
e venenoso palavreado de líderes demagogos.
Os trabalhadores brasileiros não podem ceder aos interesses dos
oligopólios, da grande mídia, das corporações e dos ricos. O interesse maior
das classes trabalhadoras é garantir a democracia, o respeito à Constituição e
a luta por uma visão mais ampla de justiça social, econômica, racial e
ambiental.
É preciso que se busque um futuro governo que tenha compromisso
e trabalhe para os cidadãos das classes mais baixas. Os nazistas são todos de
direita e pregam uma política excludente, agressiva, violenta, simpatizante do ‘prendo
e arrebento’, com separação, segregação, ódio e na defesa dos interesses de
grandes corporações econômicas. O interesse dos trabalhadores é o dialogo em
favor da democracia e de políticas que preguem a união entre nações e os povos.
Em uma escola pública de Ipirá, um aluno paquerou uma colega,
não foi correspondido, atirou-lhe um copo de mingau no rosto. Ainda não foi
municiado pelos grandes fabricantes de armas de fogo, nem era portador de
qualquer arma branca, mas carregava dentro de si uma perturbação mental que a
sociedade ainda não aprendeu a lidar e solucionar.
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