segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

OS VAMPIROS DO PODER


Em Parkland, na Flórida, em uma escola, local sereno e profícuo, um jovem, de 19 anos, matou 17 e feriu 14 pessoas, estudantes e professores.
Em Salvador, na Bahia, em pleno carnaval, ambiente de fuzarca e muvuca, com 3 milhões de foliões, uma morte, nas proximidades do circuito, um estudante foi morto ao receber um murro no rosto.
Muito simples, ‘libere geral’ armas brancas e de fogo no Carnaval de Salvador para vermos o bicho pegar. Que o folião possa levar a arma que lhe aprouver, uma faca, um punhal, um revolver, uma metralhadora, uma AR-15 para virar uma carnificina.
O presidente Trump não deixou por menos e argumentou que foi um problema de perturbação mental, não tocou na questão da arma de fogo. É uma questão de saúde mental. Falou ta falado.
Na multidão de três milhões em Salvador, quantos milhares estão no fio, no triz da saúde mental? Quantos estão em perturbação mental potencializada? Quantos estão carregados de raiva, ódio, violência, frustração, recalque e fúria? Uma só morte. Uma morte estúpida, injustificável, animalesca, imbecil e sinistra.
Na escola americana 14 mortos. Um problema de saúde mental numa ‘sociedade perfeitamente sadia’. Trump escamoteia os fatos, só joga dando bicuda na canela e impondo no grito, é autoritário, tem lado, defende interesses e tem compromisso com a forte bancada da bala e a poderosa indústria ‘bélica’ da morte.
Qual é a saúde mental de Trump? É claro que Trump não concorda e não aceita essas chacinas que ocorrem nos Estados Unidos; é absolutamente contrário, mas ele não pode, não deve ficar contra os seus, contra a sua corriola, contra os interesses e as necessidades de super lucro dos senhores da guerra, que armam bandidos até os dentes e estabelecem a insegurança e a violência em vários pontos do planeta.
A bandidagem do Rio de Janeiro tem face, RG, CPF e AR-15. Desfrutava do palácio, esbanjando luxo e riqueza, quebraram um Estado; escorregam pelos labirintos das favelas esbanjando o poder das armas de ponta, acuando e amedrontando a população de um Estado quebrado. Bamboleiam com desenvoltura e graça nos melindres e artimanhas do poder do asfalto. Vagueiam de forma graciosa e desenvoltamente pelos meandros do poder feito a ferro e fogo nos morros. O asfalto é cliente do morro.
O cidadão brasileiro tem uma arma: o voto. O cidadão-trabalhador brasileiro não pode e não deve usar essa arma contra si. Não pode cometer um suicídio contra a sua cidadania. Não pode ser ingênuo e se deixar enganar pelo belo e venenoso palavreado de líderes demagogos.
Os trabalhadores brasileiros não podem ceder aos interesses dos oligopólios, da grande mídia, das corporações e dos ricos. O interesse maior das classes trabalhadoras é garantir a democracia, o respeito à Constituição e a luta por uma visão mais ampla de justiça social, econômica, racial e ambiental.
É preciso que se busque um futuro governo que tenha compromisso e trabalhe para os cidadãos das classes mais baixas. Os nazistas são todos de direita e pregam uma política excludente, agressiva, violenta, simpatizante do ‘prendo e arrebento’, com separação, segregação, ódio e na defesa dos interesses de grandes corporações econômicas. O interesse dos trabalhadores é o dialogo em favor da democracia e de políticas que preguem a união entre nações e os povos.
Em uma escola pública de Ipirá, um aluno paquerou uma colega, não foi correspondido, atirou-lhe um copo de mingau no rosto. Ainda não foi municiado pelos grandes fabricantes de armas de fogo, nem era portador de qualquer arma branca, mas carregava dentro de si uma perturbação mental que a sociedade ainda não aprendeu a lidar e solucionar.

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