Estilo: ficção
Modelo: mexicano
Natureza: novelinha
Fase: Querendo imitar Malhação, que não acaba
nunca, sempre criando uma fase nova, agora é a do prefeito Marcelão.
Capítulo 56 (mês de janeiro 2019)(atraso de
um ano e 1 meses) (um por mês)
O Matadouro de Ipirá estava tranqüilo, quando
apareceu uma Hilux em sua porta e ele ouviu o convite:
- Seu Matadouro de Ipirá! Entre aqui e vamos para
uma reunião ali no gabinete.
O Matadouro de Ipirá não pensou duas vezes e
emburacou no carro. Quando o carro estava no povoado do Pau Ferro, o Matadouro
indagou:
- Nós estamos no Pau Ferro, já passamos da
prefeitura e do gabinete do prefeito Marcelão.
- Isso é um sequestro e fique calado senão
vai ser pior para você.
Agora, leitor e seguidor dessa novelinha,
pense num pripocó na cidade, quando esse sequestro tornou-se um conhecimento
público, dizia alguém: “a polícia divulgou a placa da Hilux, é DUD 55 PR”
outros diziam: “o sequestrador é um empresário de Irecê” e a maior pergunta: “quem
vai pagar o resgate?” Alguém respondia com a maior certeza: “é o prefeito
Marcelão” uma nova pergunta: “e onde está o prefeito Marcelão, que ninguém vê?”
A resposta vinha em seguida: “o prefeito Marcelão está entocado embaixo da
cama, com medo de um corujão!”
Levaram o matadouro para o cativeiro. Um
local sofisticado e luxuoso na capital baiana. Logo na entrada, o matadouro
observou uma placa “Manda quem pode, obedece quem tem juízo.” Era o gabinete do
deputado Jura, que veio receber a comitiva:
- Que grande surpresa! O que é que traz ao
meu gabinete uma comitiva tão representativa da macacada da minha terra? Depois
que eu consegui o asfalto, eu tenho o reconhecimento de minha força junto ao
governador, até do matadouro.
- Deputado Jura! Estamos aqui para uma
partida de sinuca – disse uma liderança.
Logo no início da partida, armaram uma sinuca
de bico que deixou o deputado Jura sem lenço e sem documento, quando ele ouviu: “diga
agora, deputado Jura! Quem é seu candidato a prefeito?” O deputado Jura
sapateou, passou o lenço no rosto para a retirada do suor e foi dizendo:
- Bem! Nosso grupo tem boas candidaturas para
vencer essas eleições, a candidatura da pré-candidata Dinina é um excelente
nome. Meus amigos! Vamos mudar de conversa e vamos jogar o jogo do balanço do caminhão.
- Não vamos mudar de conversa coisa nenhuma!
Vamos mudar de jogo, mas a pergunta é uma só: quem é seu candidato a prefeito? –
indagou uma liderança.
Deram um canto de carroceria no deputado
Jura, que no aperto e sem saída, voltou a falar:
- Bem! O que eu queria dizer aos amigos da
macacada é que a candidatura que eu defendo dentro de nosso grupo da macacada é
a candidatura de Di.
O deputado Jura foi interrompido pela
liderança-mor que foi dizendo:
- Não gagueje deputado Jura, quem é o seu
candidato a prefeito? E vamos para um novo jogo, agora é o xadrez.
- É isso que eu ia dizer, eu já estava no Di,
quando fui interrompido, mas retornando onde eu fui interrompido, justamente no
Di, e agora eu vou dizer para os amigos macacos, com toda a minha fidelidade
que a candidatura que eu apoio é Dy...
O deputado Jura não conseguia pronunciar a
palavra e estava diante de um cheque-mate no xadrez colocado pelo ex-prefeito Dió, que
não dizia uma palavra, mas não tirava os olhos da boca do deputado Jura, que
tinha os olhos na direção da placa: “Manda quem pode, obedece quem tem juízo.”
O deputado Jura complementou:
- Como eu estava dizendo, a candidatura que
tem o meu apoio no nosso grupo da macacada é a candidatura do pré-candidato
Dydudi, que é um jovem empresário e nós vamos derrotar aquela jacuzada. Agora,
definitivamente, a vice é Dinina?
O ex-prefeito e grande liderança Dió não deu
uma palavra, mas passou um rabo de olho e um vereador alcançado pela mensagem,
deu um pinote e foi dizendo:
- Não, nada disso! A vice é para alguém da
jacuzada que é para a gente bater o martelo.
O deputado Jura encurralado no canto do
curral, em seu melhor momento como deputado, quando tinha conseguido a sua
primeira obra, o tão falado e esperado asfalto, para o seu município, depois de
dez mandatos, e com o apoio e cobrança de uma pré-candidata que estava ao seu
lado em todos os momentos difíceis e aprazíveis e, seu prestígio dentro do
grupo dos macacos era tão pequeno que nem a vice ele tinha o direito de indicar
na chapa.
- Deputado Jura! Agora que estamos
conversado, seu vídeo vai viralizar na rede, fique com esse matadouro aí no seu
gabinete até o mês de abril, que é quando o prefeito Marcelão tá dizendo que
vai inaugurá-lo; não se preocupe não, que ele é obediente – falou um grande
líder.
O Matadouro de Ipirá ficou numa situação
difícil; estava sequestrado e sendo obrigado a assistir a uma reunião da
macacada, onde ele observou que o deputado Jura era figura decorativa e tinha apito
surdo dentro do grupo da macacada, onde era minoria. O deputado Jura olhou para
o matadouro e disse:
- Seu Matadouro de Ipirá! Eles mim colocaram
na parede, eu não esperava que meus amigos macacos fizessem isso comigo e eu
falei o que não queria falar. E agora eu faço o quê?
O Matadouro de Ipirá como bom conselheiro foi
dizendo:
- Suspenda o pedido do asfalto e jogue o jogo
que V. Exa. sabe jogar, o jogo da política; V. Exa. é um cracaço nesse jogo e
deve saber que no time que o ex-prefeito Dió for treinador, V. Exa. não senta
nem no banco de reservas.
- Obrigado, seu matadouro! Agora, guarde
segredo dessa nossa conversa, não comente para ninguém, que isso não vai ficar
desse jeito, não vai não. Ô secretário! Faça-me um favor, vire esse quadro do ‘Manda
quem pode...’ para a parede.
Suspense: Veja que situação: a novelinha tá
de correria, querendo chegar ao mês de março 20 sem nenhum capítulo em atraso.
Um matadouro querendo ser obra e um prefeito querendo não ter problema! Onde
vai parar uma desgraça dessa? O que é que eu tenho a ver com o desentendimento
do prefeito Marcelão com o matadouro?
O término dessa novelinha acontecerá no dia
que acontecer a inauguração desse Matadouro de Ipirá. ‘Inaugurou! Acabou na
hora, imediatamente!’ Agora, o artista é o prefeito Marcelão, que foi grande
divulgador da novelinha É de ROSCA pela FM.
Observação: essa novelinha é apenas uma
brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo
assim, qualquer semelhança é mera coincidência. Eles brincam com o povo e o
povo brinca com eles.
Nenhum comentário:
Postar um comentário