Com a surra tomada na última eleição, a jacuzada ficou
dilacerada, estropiada, espatifada, quebrada, perdida num mato sem cachorro;
pior ainda, passou por onze quebra-molas, que ficam no trajeto entre a Praça da
Bandeira e o cemitério velho, e ficou na funerária esperando a morte chegar; só
faltava enterrar.
Parece milagre, mas não foi. Não é que a jacuzada ressuscitou em
menos de 45 dias. Tudo por obra e graça do deputado Jurandy Oliveira, que
colocou o laranjal de dona Nina à disposição da jacuzada, uma traição
deslavada, diga-se de passagem.
Na situação em que se encontra a jacuzada: despedaçada e
lascada, por obra e graça do ex-prefeito Marcelo Brandão, a jacuzada não pensou
duas vezes, apoiou o candidato Rafael, do laranjal de dona Nina, para a
presidência da Câmara de Vereadores.
É como se a jacuzada voltasse a respirar após uma intubação em
fase crítica. Tudo isso acontecendo graças à atuação de alguns vereadores da
jacuzada ensinando à família Martins como se faz política: a maioria de seis
deu a cabeça de chapa à minoria de dois e fez uma explosão na politicagem
local.
O deputado Jurandy Oliveira com sua esperteza política sabia o
que estava pleiteando e como fazê-lo: colocava o prefeito Dudy em xeque-mate para
conseguir mais espaço dentro do governo que estava por começar, afinal a
vice-prefeita Nina não tinha ficado com nenhuma Secretaria Municipal, então,
atirava na presidência da Câmara para alvejar uma secretaria. Deu chabu e o
tiro saiu pela culatra por obra e graça da rede social. A coisa escapuliu do
previsto e do previsível, virou chantagem aos olhos da população.
O prefeito Dudy não cedeu e a corda ficou esticada no puxa e
encolhe do tabuleiro da política. A jacuzada com tudo na mão deixou escapulir a
oportunidade de dar a volta por cima e melhorar a situação do grupo, neste
momento de dificuldade, porque um vereador da jacuzada negou o voto. A jacuzada
voltou para o seu estado de naufrágio. O deputado JO caiu na buraqueira.
Por que tudo isso chegou a esse ponto? Por obra e graça da falta
de habilidade política do prefeito Dudy, que deixou tudo correr à revelia. Não
conversou e não cedeu à vice-prefeita Nina, preferiu o distanciamento político
e optou por fazer uma NOVA HISTÓRIA. Parece que a vice Nina terá a janela
fechada pela nova administração e não chupará um pirulito na sua gestão, poderá
ser esse um propósito inserido pela NOVA HISTÓRIA.
O prefeito Dudy tem maioria apertada na Câmara. Com os dois
vereadores do laranjal de dona Nina sua maioria ficará folgada. O vereador
Rafael foi linchado sem a menor cerimônia nas redes sociais nesse episódio.
Ernesto sofreu todo tipo de pressão que se possa imaginar. Mas os dois possuem
mandatos de vereadores; possuem a força do voto qualificado com poder de decisão
com folga para a situação ou o prefeito Dudy prefere navegar com margem
diminuta, passando o risco que passou?
Qual foi o erro do vereador Rafael? Qual foi o crime cometido
pelos vereadores Rafael e Ernesto? Foi um crime hediondo, horrendo e repulsivo?
Foi o crime da traição? Se juntaram ao que existe de mais sórdido nesta terra,
na ótica dos macacos: a jacuzada.
E o que fez o governo Dudy para sair do problema? O seu governo
foi buscar apoio de quem? De um vereador da coisa mais sórdida desta terra, na
ótica dos macacos: a jacuzada. Não tinha alternativa. Isso significa fazer
justamente a mesma coisa que os vereadores fizeram e que o seu governo condenou
veementemente como erro ou crime.
São situações dentro de uma conjuntura política. Uma pode ser um
equívoco, a outra pode ser considerada perniciosa. Com sua vice Nina, que não
tem voto no Legislativo, é diferente, poderá ser colocado no campo da
desconfiança qualificada.
O prefeito Dudy, como diz a música de sua campanha, quer fazer
uma NOVA HISTÓRIA. Vou ser bem claro, como essa NOVA HISTÓRIA será possível
dentro de um sistema jacu e macaco?
A vice Nina também se apropriou de uma parte da música de
campanha: É AGORA, TEM QUE SER AGORA! Ela sabe que tem que ser agora; ela sabe
que a disputa pela próxima candidatura de 2024 dentro do grupo, o espaço tem
que ser disputado, palmo a palmo, agora ou pelo menos começa agora, enquanto o
deputado JO é o fiel da balança e para o lado que ele pender a maré ficará alta
e ficará bem próxima da vitória. Não sendo possível na macacada, a jacuzada
será a outra opção. Essa é a fórmula do sucesso para quem transita com
esperteza dentro do sistema jacu e macaco. Por isso, a macacada não pode
despachar o deputado JO e os vereadores do laranjal de dona Nina; vai ter que
engoli-los como uma espinha de peixe.
Essa disputa pelo controle do grupo da macacada é a contradição
que gera toda essa bagunça, precipitação e desacordo entre os diversos
grupelhos que atuam na macacada. Com ânimos acalmados aguardaremos, com certa
ansiedade, a próxima tempestade, sem a menor necessidade.
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