Estilo: ficção
Modelo: mexicano
Natureza: novelinha
Fase: Querendo
imitar Malhação, que não acaba nunca, sempre criando uma fase nova, agora é a
fase do artista prefeito Dydudy.
Capítulo 63 (mês de
agosto 2019)(atraso de quase dois anos)
(um por mês)
Não tendo nada prá
fazer em nossa terra, o Matadouro de Ipirá resolveu ir passear em Feira de
Santana. Passando pela Avenida Senhor dos Passos, na esquina da prefeitura, ele
tem uma grande surpresa. Dá de cara com quem?
- Ora, ora, quem é
vivo sempre aparece! Que prazer enorme, ex-prefeito Marcelão! O senhor sumiu de
Ipirá, ninguém nunca mais viu sua sombra naquela terra.
- Seu Frigo! Como é
que eu vou ficar naquela terra? Eu fui um prefeito bom-todo, o melhor que já
teve naquela terra e aquele povo ingrato e que não tem noção do que é bom, mim
passou uma desconsideração daquelas. Eu só volto lá quando aquele povo me pedir
desculpa.
- Meu nome é
Matadouro de Ipirá! Não venha prá cá com seu sarcasmo e gozação me chamar de
seu Frigo, que eu não vou tolerar. O senhor tomou seis mil na cara porque o
povo cansou de sua maneira de querer aparecer. Queria viver em Ipirá só de
conversa, aí não dá, né ex-prefeito Marcelão!
- Seu Frigo, de
conversa não! Eu fiz a melhor praça da cidade com recursos próprios. Não tive
ajuda de nenhuma esfera de poder superior. Tá lá aquele prédio da biblioteca no
meio da praça, onde à tarde você pode ir lá para tomar uma cervejinha na parte
superior, com a maior tranqüilidade do mundo.
- Deixa de
prosopopéia, ex-prefeito Marcelão! Aquele prédio lá é mais um elefante branco,
sem serventia. Ninguém sabe se aquilo é um mausoléu, um esquife, uma lan house,
na verdade, aquilo lá, ninguém sabe o que será. O melhor que o povo faz é ficar
de olho naquilo.
- Seu Frigo! Eu
estou trabalhando no setor jurídico da prefeitura daqui de Feira. Diga aquele
povo que eu vou voltar um dia. Voltarei com locutor daqui a três anos, depois
como prefeito, prá fazer melhor pela aquela terra.
O Matadouro de
Ipirá foi para o Marajó, para pegar um carro de volta para Ipirá, quando passou
um carro ‘virado do novecentos’, quando o motorista avistou o nosso matadouro,
pisou no freio, o carro foi parar na ponte do rio Jacuípe, por sorte não tinha
um carro na estrada, ele deu uma ré e parou no Marajó, chamando o nosso
matadouro: “vombora prá Ipirá!” O Matadouro de Ipirá entrou no carro.
- Ok! Ah, é o
senhor, prefeito Dydudy!
- Sou eu mesmo, seu
Frigo! O senhor não pode ficar fora de Ipirá. O senhor já faz parte de nosso
folclore e tem que ficar lá. Estou vindo da capital, fui buscar recursos para o
nosso município, eu não paro, estou sempre correndo atrás.
- Prefeito Dydudy,
o senhor sabe o meu nome, eu sou é matadouro! Vou lhe fazer uma pergunta e
quero sua resposta: por que o senhor contratou escritório de advogados de Ponto
Novo e Capela, sai mais barato do que contratar em Ipirá?
- Seu Frigo, preste
atenção! Minha equipe de administração só fica batendo a cabeça, imagine se eu
for contratar advogados de Ipirá e eles contratarem o ex-prefeito Marcelão, que
é advogado, para o setor jurídico? Então, para evitar qualquer problemão, eu
contrato os advogados de lá e eles contratam os de cá. É uma troca, entende?
Na entrada do
Bravo, o prefeito Dydudy desviou e chegou a um galpão de calçados que estava
sendo inaugurado. Quando o prefeito do Bravo avistou-o foi discursando: “este
galpão para duzentos empregos só foi possível, porque o meu amigo prefeito
Dydudy abriu mão para que viesse para o Bravo. Eu só tenho a dizer: muito
obrigado meu amigo, meu irmão, prefeito Dydudy!” O prefeito Dydudy ficou
fazendo coraçãozinho e positivo, com as mãos, para o prefeito do Bravo e disse
ao matadouro:
- Eu só estou aqui
para encontrar esse ministro J. Roma, para exigir coisas para Ipirá.
- Prefeito Dydudy!
O senhor está parecendo aquele sujeito que foi a Roma e não viu o papa. Deixa
eu te dizer uma coisa: o senhor está parecendo o ex-prefeito Marcelão quando
encontrava o governador De Costa, ele falava, falava, e De Costa ficava de
costa; o senhor veio a Roma e viu o papa de longe, não ganhou nem um sinal da
cruz para Ipirá – comentou o Matadouro de Ipirá.
- Suspense: e
agora? Será que esse matadouro vai funcionar?
Fazer essa
novelinha demorada e enrolada não é fácil. Faltaram 17 capítulos para o
prefeito Marcelão e para o prefeito Dydudy já está no terceiro, formando um
total de 20 capitulos vencidos e atrasados.
O término dessa
novelinha acontecerá no dia que acontecer a inauguração desse Matadouro de
Ipirá. ‘Inaugurou! Acabou na hora, imediatamente!’ Agora, o artista é o
prefeito Dydudy.
Observação: essa
novelinha é apenas uma brincadeira literária, que envolve o administrador e o
matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência. Eles brincam
com o povo e o povo brinca com eles.
Um comentário:
È gratificante saber de vc firme forte
Entrei numa enrascada danada peguei covid passei por UTI e os cambaus mas tou vivo graças a Deus lutando pela vida
Abraço
Postar um comentário