domingo, 11 de abril de 2021

É DE ROSCA. (63)


 

Estilo: ficção

Modelo: mexicano

Natureza: novelinha

Fase: Querendo imitar Malhação, que não acaba nunca, sempre criando uma fase nova, agora é a fase do artista prefeito Dydudy.

Capítulo 63 (mês de agosto 2019)(atraso de quase  dois anos) (um por mês)

 

Não tendo nada prá fazer em nossa terra, o Matadouro de Ipirá resolveu ir passear em Feira de Santana. Passando pela Avenida Senhor dos Passos, na esquina da prefeitura, ele tem uma grande surpresa. Dá de cara com quem?

 

- Ora, ora, quem é vivo sempre aparece! Que prazer enorme, ex-prefeito Marcelão! O senhor sumiu de Ipirá, ninguém nunca mais viu sua sombra naquela terra.

 

- Seu Frigo! Como é que eu vou ficar naquela terra? Eu fui um prefeito bom-todo, o melhor que já teve naquela terra e aquele povo ingrato e que não tem noção do que é bom, mim passou uma desconsideração daquelas. Eu só volto lá quando aquele povo me pedir desculpa.

 

- Meu nome é Matadouro de Ipirá! Não venha prá cá com seu sarcasmo e gozação me chamar de seu Frigo, que eu não vou tolerar. O senhor tomou seis mil na cara porque o povo cansou de sua maneira de querer aparecer. Queria viver em Ipirá só de conversa, aí não dá, né ex-prefeito Marcelão!

 

- Seu Frigo, de conversa não! Eu fiz a melhor praça da cidade com recursos próprios. Não tive ajuda de nenhuma esfera de poder superior. Tá lá aquele prédio da biblioteca no meio da praça, onde à tarde você pode ir lá para tomar uma cervejinha na parte superior, com a maior tranqüilidade do mundo.

 

- Deixa de prosopopéia, ex-prefeito Marcelão! Aquele prédio lá é mais um elefante branco, sem serventia. Ninguém sabe se aquilo é um mausoléu, um esquife, uma lan house, na verdade, aquilo lá, ninguém sabe o que será. O melhor que o povo faz é ficar de olho naquilo.

 

- Seu Frigo! Eu estou trabalhando no setor jurídico da prefeitura daqui de Feira. Diga aquele povo que eu vou voltar um dia. Voltarei com locutor daqui a três anos, depois como prefeito, prá fazer melhor pela aquela terra.

 

O Matadouro de Ipirá foi para o Marajó, para pegar um carro de volta para Ipirá, quando passou um carro ‘virado do novecentos’, quando o motorista avistou o nosso matadouro, pisou no freio, o carro foi parar na ponte do rio Jacuípe, por sorte não tinha um carro na estrada, ele deu uma ré e parou no Marajó, chamando o nosso matadouro: “vombora prá Ipirá!” O Matadouro de Ipirá entrou no carro.

 

- Ok! Ah, é o senhor, prefeito Dydudy!

 

- Sou eu mesmo, seu Frigo! O senhor não pode ficar fora de Ipirá. O senhor já faz parte de nosso folclore e tem que ficar lá. Estou vindo da capital, fui buscar recursos para o nosso município, eu não paro, estou sempre correndo atrás.

 

- Prefeito Dydudy, o senhor sabe o meu nome, eu sou é matadouro! Vou lhe fazer uma pergunta e quero sua resposta: por que o senhor contratou escritório de advogados de Ponto Novo e Capela, sai mais barato do que contratar em Ipirá?

 

- Seu Frigo, preste atenção! Minha equipe de administração só fica batendo a cabeça, imagine se eu for contratar advogados de Ipirá e eles contratarem o ex-prefeito Marcelão, que é advogado, para o setor jurídico? Então, para evitar qualquer problemão, eu contrato os advogados de lá e eles contratam os de cá. É uma troca, entende?

 

Na entrada do Bravo, o prefeito Dydudy desviou e chegou a um galpão de calçados que estava sendo inaugurado. Quando o prefeito do Bravo avistou-o foi discursando: “este galpão para duzentos empregos só foi possível, porque o meu amigo prefeito Dydudy abriu mão para que viesse para o Bravo. Eu só tenho a dizer: muito obrigado meu amigo, meu irmão, prefeito Dydudy!” O prefeito Dydudy ficou fazendo coraçãozinho e positivo, com as mãos, para o prefeito do Bravo e disse ao matadouro:

 

- Eu só estou aqui para encontrar esse ministro J. Roma, para exigir coisas para Ipirá.

 

- Prefeito Dydudy! O senhor está parecendo aquele sujeito que foi a Roma e não viu o papa. Deixa eu te dizer uma coisa: o senhor está parecendo o ex-prefeito Marcelão quando encontrava o governador De Costa, ele falava, falava, e De Costa ficava de costa; o senhor veio a Roma e viu o papa de longe, não ganhou nem um sinal da cruz para Ipirá – comentou o Matadouro de Ipirá.

 

- Suspense: e agora? Será que esse matadouro vai funcionar?

 

Fazer essa novelinha demorada e enrolada não é fácil. Faltaram 17 capítulos para o prefeito Marcelão e para o prefeito Dydudy já está no terceiro, formando um total de 20 capitulos vencidos e atrasados.

 

O término dessa novelinha acontecerá no dia que acontecer a inauguração desse Matadouro de Ipirá. ‘Inaugurou! Acabou na hora, imediatamente!’ Agora, o artista é o prefeito Dydudy.

 

Observação: essa novelinha é apenas uma brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência. Eles brincam com o povo e o povo brinca com eles.

Um comentário:

Minhas tiradas e coladas disse...

È gratificante saber de vc firme forte
Entrei numa enrascada danada peguei covid passei por UTI e os cambaus mas tou vivo graças a Deus lutando pela vida
Abraço