“... que no mês de maio 2021 não tenho interesse de
prestar meus serviços médicos no Hospital de Ipirá”
Partindo de qualquer cidadão poderia ser uma simples
opinião, sem nenhum desdobramento e sem a menor chance de passar da primeira
esquina.
Mas, saindo de onde saiu, considerando-se a
influência exercida e o prestígio alcançado, foi a declaração mais importante
desta década em Ipirá, talvez a mais bombástica afirmação dos últimos tempos.
O médico Antônio Colonnezi desligou-se
(temporariamente ou definitivamente) do Hospital de Ipirá afirmando categoricamente
a sua deficiência e precariedade, indo de encontro e batendo de testa com a
intenção e afirmativa de todos os prefeitos que, quando administram essa terra,
dizem que este hospital é de excelência e uma referência para o Brasil.
Antônio Colonnezi é um médico gabaritado e reconhecido
pela sua capacidade por nossa comunidade. Além do mais, é a maior liderança
política do grupo da macacada em nossa terra. Sua opinião na área de saúde tem
credibilidade.
O médico AC detonou com firmeza dizendo que o
hospital não tem as condições mínimas de operacionalidade e que está defasado, só
faltou dizer que o nosso hospital não pode ser comparado por nenhuma hipótese ao
hospital de Rui Barbosa.
“Estou pronto para retornar quando tiver uma equipe
mais completa e as condições de trabalho melhorarem”
Aqui ele colocou em xeque a saúde em Ipirá e mostrou
que a radiografia está queimada. Tem autoridade para afirmar como verdade o que
diz.
A saúde em Ipirá é complexa e precária. Tem uma
característica muito forte que é servir e ser utilizada como moeda de troca eleitoral
por vereadores. Uma faca de dois gumes: o vereador ganha voto, mas se vê na
obrigação de bancar essa necessidade que custa os ‘olhos da cara’. Não tem
bolso que aguente, mas eles não entendem assim.
O custo é elevado para qualquer vereador, motivo
pelo qual, permite aos vereadores da situação uma melhor atuação nesta área,
pois a sangria fica por conta da prefeitura. Se a saúde pública funcionasse à
contento em nossa terra, todos os munícipes ganhariam, inclusive os vereadores,
que não precisariam bancar os custos desse apoio.
A afirmação do líder político Antônio Colonnezi
ganha relevância por ser proferida numa gestão do seu grupo político e por não
camuflar a verdade. O prefeito ficou de cara com a Vida Cooperativa de Saúde.
É mais uma bomba deixada no colo do prefeito Dudy,
que pegou uma saúde estragada e vai ter que colocá-la em bom estado e em
condições satisfatórias de atendimento à população.
A situação da saúde de Ipirá é tão escandalosa, que
duas ambulâncias do SAMU estão na cidade há doze anos e nunca funcionou para um
só atendimento.
Estão enferrujando no pátio da prefeitura ou pagando
aluguel numa garagem. Uma vergonha sem limite. Sai prefeito e entra prefeito e
nada. Um verdadeiro escândalo e descaso com a coisa pública.
O médico Antônio Colonnezi não esboçou nenhum
esforço para resolver o problema da saúde, largou o abacaxi para o prefeito. O
líder político Antônio Colonnezi não fez o menor esforço para ajudar o gestor
Dudy nesta empreitada. Deste jeito, o prefeito Dudy está ficando isolado dentro
do seu grupo e vai ter que se ‘virar nos trinta’.
O que dizem os macacos apaixonados? O de costume: o
médico queria isso e aquilo e não achou. Como sempre, vão sonegar a verdade. O
importante é a realidade da saúde local colocada em pauta na mesa do prefeito
Dudy. A saúde de Ipirá precisa de solução.
Com quatro meses de governo, o prefeito Dudy está sentindo o gosto amargo do poder com a falta de apoio dentro do próprio grupo na hora do aperto e os problemas vão ganhando um volume e uma dimensão acima do esperado. O seu acúmulo colocará a gestão num buraco. A política é o calo no sapato do prefeito.
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