sábado, 14 de dezembro de 2024

O AUTO (com u) E O BAICHO (com ch)

O prefeito eleito e diplomado Thiago do Vale foi enfático e cristalino em seu supremo momento de gratidão ao se referir ao advogado Diomário Sá, também conhecido como ex-prefeito Dió, na condição de grande mestre da política ipiraense: ‘O Professor’ ou seja, “o maior líder político que ele conheceu!” Foi o prefeito eleito quem disse e com essas palavras.

 

Sim, pode ter sido um momento de grande emoção do prefeito eleito, mas convenhamos, ele vai ficar no mandato por quatro anos, com direito à reeleição e nesse período perdurará essa sentença que ele sacramentou. Isso é a Nova Política. Com habilidade, o prefeito eleito afastou todos os possíveis e prováveis líderes e colocou na cabeça da pule o ex-prefeito Dió, depois dele, na linha sucessória da liderança, só o prefeito da cidade.

 

Enquanto isso, atrasado e esbaforido, chegou o grande líder dos macacos, Antônio Colonnezi e deu um toque na porta e entrou, tomando um grande choque: “eu pensei que você estava sozinho, não sabia que estava em reunião!”

 

O vice-prefeito eleito Deteval Brandão foi preciso nas palavras: “Antônio fique sentado lá fora e espere a reunião acabar!” O prefeito Thiago do Vale calado estava, calado ficou. Para diminuir o constrangimento, o vereador Jaildo do Bonfim interpelou: “Antônio puxe a cadeira e sente aqui.” O líder Antônio Colonnezi preferiu bater em retirada.

 

Se essa narrativa não foi como está exposta acima, coloco esse blog a disposição de qualquer um dos citados para os devidos esclarecimentos, desde quando, eu não estava presente e não presenciei o fato. Essa é a Nova Política dando as cartas.

 

O líder dos macacos, Antônio Colonnezi vai comer o pão que o diabo amassou nesses quatro anos. Vai ficar parecendo aquele guri que o professor colocava no canto da sala, de joelho sobre caroços de milho, com as mãos estendidas tomando bolo de palmatória e levando cipoada de galho de cansanção nas pernas. Que não seja nada disso. Agora, que o ex-grande-líder dos macacos vai passar por muita situação moralmente desconfortável, por muito embaraço e não pouco vexame; lá isso vai!

 

Agora, quero falar ao médico renomado e gabaritado Antônio Colonnezi. O senhor não é e não será mais o líder político da macacada no tempo da Nova Política. Esqueça isso; já foi! O senhor só terá vez nesse esquema da Nova Política como subalterno, como médico submisso e descartável, como um empregadozinho qualquer, que tem que puxar o saco da administração para não perder o contrato com a prefeitura.

 

O volume da sua liderança vai ser reduzido por meio da pressão, aperto e compressão até chegar na estaca zero. Bem melhor seria se o senhor fosse um empresário da saúde colado na prefeitura. O dono de uma cooperativa de médicos, aí sim, nem que fosse uma empresa bufalafumenga, com um contrato de quinze milhões de reais/ano (como é atualmente) e deverá ser renovado por trinta milhões de reais/ano. Tudo é possível.

 

Mas, nem tudo é possível. A Nova Política não aceita o senhor como empresário da saúde de jeito nenhum. Nem botando um laranja no gerenciamento. O senhor tem a sua disposição o emprego de médico plantonista, com um bom salário e com a obrigação e o dever de ser o garoto propaganda da saúde de Ipirá. O ex-líder da macacada, o médico Antônio Colonnezi, não fará parte do esquema da Nova Política que se apossou do poder em Ipirá. Está escrito nas estrelas.

 

Tudo isso acontecendo e o prefeito diplomado definindo uma secretaria para o PT de Ipirá. Acredite se quiser! Ele escolheu a secretaria da Infraestrutura (tudo bem) e ainda escolheu o nome, uma estrela oportunista que mora em Salvador e está de mala, sacola e cuia para vir morar em Ipirá com salário de 14 mil reais. Ninguém vem para Ipirá para lamber sabão. O PT local não tem direito nem a fazer uma reunião para discutir e indicar o nome. Quem deu o sangue na campanha em busca do voto não é nem escutado. Submissão aos caprichos do rei. Quem te viu e quem te vê PT de Ipirá!

 

A panela esquentando e o quase ex-prefeito Dudy participando da sabatina do Jorginho, com uma conversa melosa, parecendo jogador de bola ensaboado, que cisca e não sai do lugar. Disse o prefeito Dudy que: “tenho que agradecer ao povo de Ipirá por ter me ajudado a pagar uma dívida...” Que dívida foi essa? Com quem foi contraída essa dívida e por quê? Como e por quê uma conversa dessa? Dívida a gente entende por quantia emprestada.

 

Aí o prefeito Dudy argumenta que é a dívida ‘de ser prefeito’. Um outro significado é uma ‘obrigação moral contraída por favor ou bem recebido’ aí o prefeito Dudy acha que não deve mais nada ao povo de Ipirá. É assim mesmo prefeito Dudy?

 

Lá pelas tantas, o prefeito Dudy contou uma passagem sua pela Caixa Econômica, dizendo ele que não tomou um centavo emprestado em instituição financeira, aí o superintendente da CEF disse-lhe: “vou lhe dá um presente”

 

Ele pensou que era uma caneta ou coisa do gênero, foi quando recebeu um documento afirmando que a prefeitura de Ipirá tem hoje 110 milhões de reais pré-aprovado com o aval do governo federal para ser pago em dois anos de carência, com oito anos de prazo. Há quatro anos atrás a prefeitura não tinha condições de tomar uma caneta emprestada e que agora tinha condições de fazer todos os projetos e tomar esse recurso.

 

Parece que o homem sentiu vontade de tomar esse empréstimo? A cereja do bolo seria um projeto para sair ainda na sua gestão. Na prorrogação e o homem ainda falando em dinheiro para projeto. Disse que o município está sendo estudado para um grande empreendimento, que se der certo Ipirá vai triplicar de tamanho. Que a Policlínica não aconteceu porque caiu no PAC do governo federal e aí tem dois PSF aprovado em seu lugar.

 

Se o governo não atualizasse a liberação de emendas parlamentares o governo Dudy seria um santo do pau oco, com muita promessa e pouca obra realizada com recursos próprios (não foi pouco dinheiro): a compra da casa do estudante em Salvador (de grande importância).

 

Na retrospectiva do mandato o gestor Dudy não fez menção dos recursos, sua grande promessa de campanha, que foi totalmente esquecida, uma prestação de contas em praça pública. Negou durante quatro anos.

 

Aí o prefeito Thiago do Vale tem toda a razão: “solenidade de certidão não é momento para discurso, que será feito no dia da posse!” Uma ótima oportunidade para o futuro prefeito anunciar o novo programa de governo, que contemple um bilhão de reais durante o seu mandato. Essa é a Nova Política, muito mal entendida pelo prefeito Dudy que disse que com a Nova Politica pedreiro, borracheiro, pintor poderão ser prefeito de Ipirá. Uma grande mentira.

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