Quem compareceu aos eventos,
principalmente de posse de prefeito, observou muitas coisas. Neste caso, o importante
é não dá ouvidos para a farofagem que enche o saco de farinha: a fanfarrice do
ex-prefeito Dudy que, dizendo ele, pegou uma prefeitura no inferno,
transportou-a para o purgatório e entregou-a nas mãos do genro na porta do céu,
com muito dinheiro em todo canto e por todos os lados. Uma dinheirama
deslavada.
Foi preciso a ostentação do
ex-prefeito Dió para puxar o freio de mão e colocar o trem nos trilhos, após a
fala do ex-prefeito Dudy, mesmo sem querer dizer, mas dizendo, que as
dificuldades e a responsabilidade são os ossos do ofício, que mesmo no céu o
cobertor é curto e se cobrir a cabeça descobre os pés.
Com tanta xaropada, o preço
do xarope em Ipirá deve ser uma bagatela de dois tostões, porque emoção mesmo,
de verdade, prá valer foi quando chegou ao local do evento o líder da macacada,
Antônio Colonnezi, que correu as vistas pelo recinto e deu-se por satisfeito
quando descobriu o prefeito eleito. Foi em sua direção.
Estendeu-lhe a mão e foi
contemplado com um aperto de mão e um abraço acalentador de ilusões. Junto ao
prefeito Thiago Oliveira estava o vice Deteval Brandão, que estendeu a mão para
o líder da macacada, o ex-prefeito Antônio Colonnezi, que lhe virou as costas.
A salvação foi a ex-prefeita
Ana Verena que segurou a mão do vice e fez uma saudação calorosa, manifestando
muita sabedoria para afugentar um mal-estar que estava por acontecer de forma
desconfortável.
Bala trocada só deixa buraco
quando atinge a cabeça. A turma que chegou ao poder é a turma do senador Oto
Alencar e essa mesma turma, não se cansa de dizer que é a Nova Política de
Ipirá, que controlando a situação colocou o ex-prefeito Antônio Colonnezi na
mesa do cerimonial, com uma função clara e definida de ser o Jarro da Mesa.
Os discursos se alternavam.
Os discursos esclarecedores e definidores do poder de mando estavam na
incubadora daquela mesa do cerimonial. Falou o ex-prefeito Dudy, pura xaropada;
logo após, o anúncio: “agora, vai falar Antônio ...” Aquele era o momento chave
do evento, pensei, apurando os ouvidos: “é Antônio Colonnezi!” Não era; quem falou foi Antônio Diomário Gomes
de Sá.
O ex-prefeito Antônio
Colonnezi não falou, praticamente ficou de lado, apreciando a passagem da ‘banda
passar’. Ficou bem claro para quem assim quiser entender: Antônio Colonnezi
agora era um ex-líder e naquele momento era o bem-apreciado jarro que enfeitava
a mesa.
O prefeito Thiago Oliveira
mostrou quem é que manda na macacada e na Nova Política de Ipirá. Uma saudação
simples, protocolar e dispensável: “ao líder da macacada, Antônio Colonnezi”.
O mesmo prefeito Thiago
Oliveira de maneira entusiasmada, eufórica e vibrante, ao dirigir-se ao maior
líder que ele conheceu na face da Terra; o Mestre dos mestres; o grande Professor;
o grande Guia e assim o fez por delongados minutos, uma forma de sacramentar de
forma precisa e inquestionável quem é o verdadeiro e poderoso chefão da
politicagem de Ipirá neste exato momento que se inicia um novo governo: o
ex-prefeito Dió.
Quem o disse? Foi o atual
prefeito de Ipirá, o chefe do Executivo Municipal, o prefeito Thiago Oliveira.
Tá dito.
Porque, embaixo da mesa e procurando
um jeito de subir além do jarro, encontra-se o PT de Ipirá, que não fez um
vereador no pleito 2024, embora seja a sigla do presidente, do governador, num
município lulista, mas não petista (infelizmente).
Quem controla o poder
municipal em nosso município é o time do senador Oto Alencar, motivo pelo qual,
o ex-prefeito Dió, esperto que nem cobra no bote, pegou a presidência do
partido (PSD) do senador, justamente para ser o mandatário maior. O ex-prefeito
Antônio Colonnezi não pensa em nada disso ou melhor, pensa que nada disso tem
influência. É bem verdade! Mas tem.
Aí o PT de Ipirá fica achando
que é melhor ter uma secretária no governo municipal do que um vereador. Tudo
bem! Com um bom trabalho na secretaria de Infraestrutura eles poderão fazer um
vereador em 2028. Faz sentido!
Principalmente, se o
secretário da Infraestrutura, Darlan assumir o compromisso de meter a cara em
uma candidatura de vereador em 2028, caso contrário, é muita esperteza para se
dar bem na vida. Ipirá tem uma máquina pública com os melhores salários do Estado.
Não duvide, compare!
Uma coisa é certa,
candidatura a prefeito de Ipirá; o PT de Ipirá não terá jamais. O máximo, que
poderá abocanhar é uma vice se fizer um bom trabalho na secretaria. No mais é
ficar fazendo pressão nos bastidores dizendo que vai ‘lançar candidato a
prefeito’ para ser contemplado com uma vice. O chefão ex-prefeito Dió já conhece
essas manhas. Na realidade, vai ter que trabalhar e mostrar serviço na Infra.
A time do senador Oto não
permitirá e o chefão ex-prefeito Dió não deixará que esse poder municipal
escape do controle em que se encontra. É a vez e a hora do esquema dos caras
(time do senador).
O PT de Ipirá é um simples
coadjuvante e vai ter que trabalhar e bem, porque é uma secretaria com muita
cobrança, principalmente por vereadores da macacada, que querem seus pedidos
atendidos em cima da bucha. É ver para crer!
O PT de Ipirá tem um papel
secundário no esquema vitorioso nas urnas. Ainda bem! Vai ter que mostrar um
bom serviço na Infraestrutura, uma pasta complicada e de muita cobrança da
população em nossa cidade.
Vou dizer uma coisa: se não atender,
bem atendido, às reivindicações dos vereadores da macacada, já foi! Antes de
garantir votos para si, tem que garantir votos para eles. Não tem facilidade.
E tem mais: quem escolheu o
secretário Darlan? Foi a base do PT de Ipirá ou o prefeito Thiago Oliveira?
Fico falando
de 2028, quando tem 2026 logo ali adiante e o secretário da Infra, em menos de
uma semana, já começou mostrando serviço, ao arrancar as grades que o
ex-prefeito Marcelo Brandão fincou na Praça da Bandeira. Aquelas grades serviam
mesmo para quê? Era o jarro da mesa?
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