segunda-feira, 20 de outubro de 2008

É DE ROSCA.


Estilo: ficção.
Natureza: novelinha.
Capítulo: 09. (mês de junho 2008 – quatro meses de atraso)
Observação: leia os capítulos 1/2/3/4/5/6/7/8 nas postagens anteriores.

Você lembra do último capítulo da novelinha ? Reprise: O prefeito Dió tinha chegado ao matadouro conduzido pela ambulância.
O prefeito Dió já estava mais calmo e em condições de assumir o controle da situação. Chamou o motorista da ambulância e ordenou-lhe:
- Vamos para minha residência.
O motorista, que acompanhou atento toda aquela conversa, percebeu uma melhora substancial na fisionomia do prefeito Dió, mas com a intenção de ser mais precavido do que obediente, perguntou-lhe:
- O senhor não quer dá uma passada no Hospital de Ipirá ?
- Que pergunta mais indigesta. De que adianta passá no Hospital de Ipirá ? vosmicê num vê que esse Hospital de Ipirá tá pela metade já faz um bando de tempo – falou a empregada Natalina, com a voz estrondosa.

O prefeito Dió passou um rabo-de-olho na empregada, que teve a mesma vibração de uma faca afiada penetrando na carne-viva, e foi dizendo de forma ríspida:
- Esse Hospital de Ipirá nunca parou de funcionar, e a pintura reformista foi milimétrica, minuciosa e cheia de detalhamento, para que a saúde do povo de Ipirá seja o bem mais precioso a ser acompanhado em minha administração.
- Calma prefeito Dió ! O que eu quero alembrá a esse motorista da ambulância é que o Hospital de Ipirá num tá inteiro prá curá essa moleza do prefeito Dió, isso só vai amelhorá, com as comida que eu faço lá na cozinha de sua casa – aí ela falou no ouvido do motorista - mete o pé no acelerador e vamo prá casa do prefeito Dió, que eu vou prepará uma buchada de carneiro – completou a empregada.

Em frente ao Hospital Regional de Ipirá o prefeito Dió soltou aquele gemido:
-Ui, Ui, Uiiuiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii !
-Vosmicê está sentindo dor adonde meu amo ? – indagou a dedicada empregada Natalina.
- Que dor coisa nenhuma empregada Natalina. Bota tua boca para o lado de lá que eu já estou do lado de cá. Eu estou é tirando sarro com a cara da jacuzada – disse o prefeito Dió.
- Vosmicê té é na novelinha, home de Deus. Vosmicê tava lá no matadouro, deu um treco e agora está no Hospital Regional de Ipirá prá ser internado – explicou a empregada.
- Onde ? No Hospital Regional de Ipirá ! eu já estou são. Veja que reforma espetacular eu realizei nesse hospital, o doente chega aqui e basta olhar para o Hospital a doença vai embora – disse o prefeito Dió.
- Eu já falei prá vosmicê, qui vosmicê tá é na novelinha, então vosmicê deixa de dá pulo por riba de lombo de jegue, prumode qui as campanha já se findou e agora a novelinha do home do blog vai vortá pur riba de tudo e vosmicê tem mais quatro anos prá da um jeito de arrumá esse matadouro de ovelha.
- Chega empregada Natalina dessa conversa repetida de matadouro de ovelha. O povo não que nem saber disso. Não seja burra – disse irritado o prefeito Dió.
- Cuma é prefeito Dió ? Vosmicê tá me chamando de burra ? É isso o que vosmicê anda por aí istribuchando deu ? – indagou a empregada Natalina com a voz chorosa.
- Não é do jeito que você está pensando não, querida empregada Natalina. Deixe eu explicar detalhadamente para você, que é uma pessoa de uma inteligência acima do normal, entender melhor. Preste bem atenção. Aquele sujeito do blog ficou falando desse tal matadouro de ovelha o tempo todo e o povo nem deu ouvidos. Você sabe quem é. Eu dei uma xapuletada nele, que ele perdeu até o jeito de andar. Então minha querida empregada
Natalina, não perca seu precioso tempo acompanhando essa tal novelinha, que além de tá atrasada faz quatro meses, não bota ninguém pra frente. Se eu ficasse dando ouvidos e acompanhando essa tal novelinha, eu ia ficar era no buraco e tinha perdido as eleições – argumentou o prefeito Dió.

Natalina ficou pensativa e soltou um rápido palpite: - mas que é vosmicê que tem quatro anos adiante prá alevantá esse matadouro de ovelha, lá isso é.

O prefeito Dió franziu a testa, olhou bem fundo nos olhos da empregada e disse: - o abatedouro de ovelha de Ipirá já está pronto, fica lá em Pintadas e não se fala mais nisso.
- Pintadas é Pintadas e Ipirá é Ipirá – disse Natalina.
- E quem é que não sabe disso ? É isso que se dá com as pessoas que ficam atreladas a essa novelinha; só enxergam dessa maneira. Observe bem, Pintadas já foi de Ipirá e vamos fazer uma suposição: pense que Pintadas continua pertencendo a Ipirá, assim sendo, um abatedouro de ovelhas localizado em Pintadas está também em Ipirá.
- Mas Pintadas não é de Ipirá.
- E quem disse que é ? Eu falei se. Como era antes, e se fosse como era antes. Ninguém ia dizer nada e ia ficar orgulhoso de ter um matadouro daquele porte. Agora, vamos parar com essa conversa, desde quando,o problema já está resolvido. Eu estou preocupado é com os meus novos problemas. Oh ! minha querida empregada Natalina, você acha que eu devo entregar essa grandiosa obra do Hospital reformado ao PT de Ipirá ? – indaga o
prefeito Dió.
- Desses assunto eu não tô a entender e de maneira arguma eu posso dá aconselhamento, mas já qui vosmicê tá a indagá, eu adianto prá vosmicê que esse Hospitá de Ipirá é um caso sem jeito, aí vosmicê tasca nas mão do PT de Ipirá e adispois conta que quem esculhambou tudo foi eles.
- Você tá doida Natalina ? O governador ainda é do PT. Com essa turma eu tenho que ir na maciota, já estou até pensando em entrar no PT, mas tem uma lei da Infidelidade que está atrapalhando. Agora, eu tenho que pisar no rabo com gosto é dessa turma da macacada orelhuda do pula-pula; chegaram a tirar meu sono e deixaram-me no desespero com aquele ensaio de querer saltar de galho, mas eles vão me pagar. Você sabe quem são eles.
- Eu não sei de nada. Não me bote nesse bolo que eu não sou fermento. Vosmicê fica dano seus freio de arrumação e fica quereno que eu não use o cinto de segurança. De repente acontece aquele home do blog atentá e eu dou
com as língua nos dente e eu boto prá fora essa lista de meio metro de nome de macaco, aí vosmicê vai querer me depená com pensamento que eu sou jacú e porque a audiência da novelinha vai lá prá riba.
- Pára empregada Natalina ! Não sei onde é que eu estou para confiar numa pessoa que só fala nessa novelinha, isso só pode ser doença e a única doença que eu gosto e adoro é a doença jacú-macaco. Vamos para casa que eu já não aguento mais – ordenou o prefeito Dió ao motorista, que calado escutou toda aquela conversa.

SUSPENSE: o que será que vai acontecer ? será que vai rolar essa buchada de carneiro na casa do prefeito Dió ?
Leia o último capítulo : nas postagens anteriores, mês de maio 2008.
OBSERVAÇÃO: essa novelinha é apenas uma brincadeira literária que envolve o administrador e o matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência.

Um comentário:

Lilian Simões disse...

Eita cumade Natá!
Parabéns pra voismicê!
Já mi contaro tudo aqui
é tu dinovo no pudê!!
Pena que num pude ir
na inleição pra pudê fazê
uma reza cum meu povo
pois tivemo que se vendê
pai reteiou a casa
mãe ganhou um DVD
e ainda operou de graça
os pêtcho grande de Lelê
lá na praça Sonrisá
muita lata vai batê
é qui vamo comemorá
os pêtcho novo de Lê !
Eu já botei minha dentadura
fiquei linda de morrê
adeus misera adeus feiura
meu nome é Tonha muito prazê
vida nova dente novo
já posso inté roê
um ossinho de carnero
lá no bá de Zabelê !!!