A realidade nua e crua de Ipirá está caracterizada nessa sua condição de REINO DA NECESSIDADE, sendo importante que se coloque os números desse município.
CLASSE DE RENDIMENTOS MENSAL = base: SALÁRIO MÍNIMO.
SEM RENDIMENTO = 49,2 %
ATÉ UM SALÁRIO = 34,6 %
DE UM A DOIS SALÁRIOS = 10,3 %
CONCLUSÃO = 94,1 % da população de Ipirá vive do bico a dois salários mínimo.
Em frente ao Frangão, na Av. César Cabral, encontrei uma pessoa que abriu um sorriso e veio em minha direção, dizendo: "Quero falar com o senhor". Eu parei e disse-lhe: "Prontamente, pode dizer", e fiquei na escuta. Meu interlocutor coçou a cabeça e passando a mão pelo queixo foi dizendo: "Sabe o que é ? É que eu recebi uma casa popular e...", neste instante, notei que ele deu uma pausa proposital para respirar fundo e de forma melosa e escorregadia foi soltando as palavras: "O senhor é quem vai me ajudar. Eu recebi a casa popular, mas falta as portas e as janelas e eu quero que o senhor me dê", a conversa prosseguiu e logo ele arrematou: "não vou pegar em sua mão, não ! o senhor dá para um amigo seu de confiança e eu pego na mão dele. Lá em casa são seis votos e vai tudo prá o senhor".
Em frente à Escola Maria Bastos encontrei um estudante, morador do Buraco Fundo, que sem pestanejar solicitou-me com grande insistência, que eu fosse até sua residência para uma conversa particular e num arremate espetacular pediu-me de forma voluntariosa: "mim dê dois reais para eu tomar uma cerveja". Este mesmo pedido foi feito por outro estudante na porta do Polivalente.
No povoado do Rio do Peixe, um morador da localidade, demonstrando muita desenvoltura argumentativa sacou um pedido muito floreado e cercado de todo zelo pela democracia: "Sou um amante do futebol, mas estou precisando de uma chuteira, sei que não pode se dá abertamente, mas me adiante isso por debaixo do pano, que estamos juntos na campanha", e concluiu com a voz baixa: "Basta dizê na mão de quem eu vou pegá".
Depois do pleito, o vereador Ademildo, do PT, deu com a língua nos dentes e bradou em um discurso na Câmara de Vereadores: "Nunca vi tanta corrupção em Ipirá, como nessas eleições municipais de 2008", sendo que depois arrematou: "do Legislativo !". Para o pleito do Executivo ele não viu nada. Isso é o tal do escorregão pela tangente.
O PT de Ipirá vai ter que fazer muita ginástica nesta nova fase de aproximação e participação no poder municipal de Ipirá e, neste sentido, vai ter que fechar a boca e trancar a língua para muitos acontecimentos e situações vexatórias. E nesta nova fase de adaptação, nada melhor do que já começar a afinar o discurso de que nada viu, nada ouviu e não tem nada a ver com isso. É assim que anda a carruagem.
Quanto aos pedintes do início deste texto, continuarão limitados ao Reino da Necessidade, eles e os seus descendentes, pois é dessa carência que macaco e jacú sobrevivem triunfantes e, as pessoas pedintes sempre pedem muito pouco, o suficiente para mantê-los na miséria ou na subalternidade: uma cerveja, uma chuteira, uma merreca. É necessário que haja uma transformação da condição de pessoa pedinte para a condição de cidadão, que ao invés de pedir, reivindique o que é de direito: escola de qualidade, hospitais com atendimento humano e que tudo isso reflita em liberdade de consciência.
CLASSE DE RENDIMENTOS MENSAL = base: SALÁRIO MÍNIMO.
SEM RENDIMENTO = 49,2 %
ATÉ UM SALÁRIO = 34,6 %
DE UM A DOIS SALÁRIOS = 10,3 %
CONCLUSÃO = 94,1 % da população de Ipirá vive do bico a dois salários mínimo.
Em frente ao Frangão, na Av. César Cabral, encontrei uma pessoa que abriu um sorriso e veio em minha direção, dizendo: "Quero falar com o senhor". Eu parei e disse-lhe: "Prontamente, pode dizer", e fiquei na escuta. Meu interlocutor coçou a cabeça e passando a mão pelo queixo foi dizendo: "Sabe o que é ? É que eu recebi uma casa popular e...", neste instante, notei que ele deu uma pausa proposital para respirar fundo e de forma melosa e escorregadia foi soltando as palavras: "O senhor é quem vai me ajudar. Eu recebi a casa popular, mas falta as portas e as janelas e eu quero que o senhor me dê", a conversa prosseguiu e logo ele arrematou: "não vou pegar em sua mão, não ! o senhor dá para um amigo seu de confiança e eu pego na mão dele. Lá em casa são seis votos e vai tudo prá o senhor".
Em frente à Escola Maria Bastos encontrei um estudante, morador do Buraco Fundo, que sem pestanejar solicitou-me com grande insistência, que eu fosse até sua residência para uma conversa particular e num arremate espetacular pediu-me de forma voluntariosa: "mim dê dois reais para eu tomar uma cerveja". Este mesmo pedido foi feito por outro estudante na porta do Polivalente.
No povoado do Rio do Peixe, um morador da localidade, demonstrando muita desenvoltura argumentativa sacou um pedido muito floreado e cercado de todo zelo pela democracia: "Sou um amante do futebol, mas estou precisando de uma chuteira, sei que não pode se dá abertamente, mas me adiante isso por debaixo do pano, que estamos juntos na campanha", e concluiu com a voz baixa: "Basta dizê na mão de quem eu vou pegá".
Depois do pleito, o vereador Ademildo, do PT, deu com a língua nos dentes e bradou em um discurso na Câmara de Vereadores: "Nunca vi tanta corrupção em Ipirá, como nessas eleições municipais de 2008", sendo que depois arrematou: "do Legislativo !". Para o pleito do Executivo ele não viu nada. Isso é o tal do escorregão pela tangente.
O PT de Ipirá vai ter que fazer muita ginástica nesta nova fase de aproximação e participação no poder municipal de Ipirá e, neste sentido, vai ter que fechar a boca e trancar a língua para muitos acontecimentos e situações vexatórias. E nesta nova fase de adaptação, nada melhor do que já começar a afinar o discurso de que nada viu, nada ouviu e não tem nada a ver com isso. É assim que anda a carruagem.
Quanto aos pedintes do início deste texto, continuarão limitados ao Reino da Necessidade, eles e os seus descendentes, pois é dessa carência que macaco e jacú sobrevivem triunfantes e, as pessoas pedintes sempre pedem muito pouco, o suficiente para mantê-los na miséria ou na subalternidade: uma cerveja, uma chuteira, uma merreca. É necessário que haja uma transformação da condição de pessoa pedinte para a condição de cidadão, que ao invés de pedir, reivindique o que é de direito: escola de qualidade, hospitais com atendimento humano e que tudo isso reflita em liberdade de consciência.
3 comentários:
É interessante como são as coisas (...) interessante ou preocupante, aí depende do ponto de vista.
Será que o nosso prefeito, que tudo faz nos termos da lei, teria agido sem o consentimento da lei, e teria dado um jeito de "cativar" um votinho aqui e outro ali?!?
NÃO! QUE NADA!
Calúnia!!
o Prefeito só age nos termos da lei...
tanto é que logo após as eleições, ele deu um jeito de reduzir os gastos do municipio, demitindo muitos funcionarios, mas ele foi categórico em afirmar na "nota de esclarecimento" que cortaria os serviços "menos importantes".
Agora estamos aí...
Com estagiários assumindo o plantão do hospital, pois é mais barato um plantão de um estudante que não responde pelo serviço, do que o de um profissional formado . Mas isso com base na lei.
Gostaria de saber quais os argumentos ele usou para persuadir os fiscais do Conselho de Medicina, que ao visitarem o hospital so encontraram um estudante, algo que fere o exercicio da profissao e é CRIME.
Mas com certeza deve ter uma brechinha, um inciso, uma nota de rodapé que seja pra garantir o plantao de um estudante sozinho num hospital em tempos de ajuste de contas.
Tambem com base na lei, nosso gestor cuidou logo de aumentar o seu proprio salário para R$ 11 500,00.O que se pode observar no diario oficial do municipio.curiosamente em outubro após as eleições so houve uma publicação, que curiosamente foi o aumento dos vencimentos do gestor e para MISERIS 11500,00. Claro, farinha pouca (...) meu pirão primeiro
curioso também é o tramite do concurso.
UM DIA CONVOCA OS APROVADOS
OUTRO NAO CONVOCA
DEPOIS CONVOCA
DEPOIS DEMITE TODO MUNDO
AÍ VAI CONVOCAR EM JANEIRO
DEPOIS NAO CONVOCA MAIS
POR FIM VAO RENOVAR OS CONTRATOS.
Isso está parecendo história para boi dormir...e quem quiser que durma no ponto, pois periga o matadouro ficar pronto, e acabar levando uma pancada na cabeça deferida por nosso gestor para celebrar sua inauguração.
Agildo meu nobre, a questão em meu reles entender é cultural ou seja, o brasileiro já nasce pedindo.Me dá um dinheiro aí,toma lá dá cá, outros já nascem dando,também tem aqueles que gostam de tomar.Conheço uma loira que disse: "o melhor é ralaxar e gozar". Portanto meus amigos nós ficamos assim: Lula dá a bolsa pra gente votar, Renan dá as vacas pra gente mamar,o Palocci dá um mensalão pra gente negociar,o governador dá a pizza pra gente degustar com a dentadura que o prefeito vai dar e depois de tomar todas que o vereador vai pagar a gente deita na cama que a Marta ja armou pra gente relaxar. E gozar...hehehehe Brasil bão!!!
Caro mestre Agildo Barreto... Me corrija se estiver errado. Quando o vereador Ademildo, do PT, deu com a língua nos dentes e bradou em discurso na Câmara de Vereadores: “Nunca vi tanta corrupção em Ipirá, como nessas eleições municipais de 2008”. Talvez ele nunca tenha visto tanta corrupção, pelo fato de ter convivido, e feito política, com um grupo que em sua maioria absoluta, não comungava, com esse tipo de especulação. Ai quando a tendência fala mas alto, da no que deu...
Diga-me com quem tu andas, que direi quem tu és...
E bola para a frente gildo.
abraços...
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