quarta-feira, 23 de julho de 2014

O BILHETE.


Recebi um Ofício da Prefeitura Municipal de Ipirá, respondo com um bilhete. Pego minha caneta-teclado e escrevo essas mal traçadas linhas para dizer uma coisa bem simples: não sou dedo-duro.

Aproveitando a caneta-teclado, quero dizer mais uma coisa na minha santa ignorância: não tem por quê a minha pessoa comparecer a uma Comissão de Sindicância da Prefeitura de Ipirá, desde quando, eu não sou funcionário público da digníssima instituição. Não me vejo com a obrigação e o dever de fazê-lo.

Ainda mais, eu tenho no meu entendimento, mais ou menos precário, que o Poder Executivo Municipal não tem a prerrogativa de convocar as pessoas para prestarem informações, seria muito mais um papel do Poder Judiciário.

Estou percebendo que a Comissão de Sindicância não logrou êxito nas suas investigações e ficou perdida nesse emaranhado grupal, encontrando-se, talvez, no ponto de partida, quando tem que desenrolar o novelo e não sabe por onde. São questões de apuração interna.

O prefeito anda inquieto e ameaça ir a Justiça. É o prefeito entrando na Justiça e eu entregando ao Ministério Público, imediatamente, para que faça uma verificação mais apurada dos fatos. Convocado pelo Poder Judiciário terei que ir e o farei natural e tranquilamente.

Olhando friamente o problema dá para perceber que tem dois caminhos: primeiro, vamos supor que eu esteja mentindo, sendo portador de calúnia e de mentira serei penalizado, no querer de alguns, até com banimento, ostracismo, tortura, pena de morte, por ter falado da administração mais correta do mundo.

Segundo, vamos supor que eu esteja com a verdade, aí o prefeito vai ficar em uma situação um pouco delicada, porque ele não vai poder agir livremente e vai engolir seco, porque a questão envolve pessoas com poder de fogo no grupo macaco, com a qual o prefeito não pode se indispor, a não ser que não tenha juízo. O prefeito poderá viver uma crise em sua administração.

Encerrando meu bilhete, eu tenho a dizer que isso tudo está parecendo um jogo de pôquer, Alguém tem que pagar prá vê. Agir politicamente é melhor do que botar a mão no fogo, não desgasta e não cria crise.

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