É DE ROSCA. (22)
Estilo: ficção
Modelo: mexicano
Natureza: novelinha
Fase: Não sei se vale a pena ver de novo
Capítulo: 22 (mês de março 2016)(atraso de 9
meses) (um por mês)
O prefeito J (Jotinha), nestes
últimos dias, está demonstrando uma certa ansiedade, primeiro pelo fato de
aproximar-se o final do seu mandato-tampão de quatro meses, faltando menos de
quinze dias, para ser mais preciso e exato, falta apenas uma festa de Réveillon,
depois disso, quem vai sentar na cadeira com estofo acolchoado, ambicionada e disputada
será o prefeito Marcelão Janeiro 17, que não perde tempo e fica plantado na cadeira,
deixando o prefeito J (Jotinha) pensativo: “Parece até que passou
Super Bond no traseiro, pois não desgruda dessa cadeira.”
Outra preocupação bem menor do prefeito J
(Jotinha) deixava-o pensativo, mas ele comentava abertamente com seu vice
prefeito:
- Vê se pode, vice Beto! A amarração dessa
novelinha não tem quem agüente, nesse tempo todo do nosso mandato só teve um
capítulo, logo agora que eu sou o protagonista, ou melhor, o artista principal,
o sujeito do blog não escreve mais. Como é que uma pessoa deixa um capítulo de
uma novela atrasar 9 meses? É ser muito irresponsável! Vamos fazer um concurso
público para Articulista Novelístico e vai ter que sair um capítulo pela manhã,
outro à tarde e outro à noite.
- Deixa
isso queto, prefeito J (Jotinha)!
- Deixa quieto o quê, vice Beto? Isso é para
não colocar que meu governo fez o asfalto côncavo do contorno de Feira ao
contorno de Itaberaba, com recursos próprios, certo que, o asfalto da rua do
hospital foi com dinheiro do Estado. É para não dizer que meu governo em quatro
meses fez mais do que muito prefeitinho de quatro anos.
- Deixa isso queto, prefeito J
(Jotinha)!
- Deixa quieto o quê, vice Beto? Para fazer o
asfalto, o enfeite natalino e muitas outras obras eu tenho que pisar no pescoço
de fornecedor, de funcionário, de macaco e de jacu, senão a coisa não vai. Mas,
vice Beto! Vamos ali que eu vou pisar num pescoço roliço.
Rumaram em direção ao Matadouro de Ipirá. Lá
chegando, o prefeito J (Jotinha) ficou mirando aquele monstrengo
inútil e pensando: “Vou ter que pisar no pescoço e não errar o bote. O pescoço
desse matadouro só pode ser na entrada. Lá vou eu!” E zap com toda a força,
pisou o prefeito J (Jotinha).
O Matadouro de Ipirá, quando sentiu aquela
pisada, deu um pinote e foi cair em Baixa Grande, ao perceber onde tinha caído,
o matadouro pensou: “Lá ele é quem fica em Baixa Grande, aqui eu vou ter que
trabalhar!” Deu outro pinote e voltou para Ipirá. Foi logo dizendo ao prefeito:
- Olha aqui, seu prefeito J
(Jotinha)! Não pise em meu rabo novamente, que eu não vou deixar nenhum
baixinho invocado pisar no meu rabo, se pisar novamente, a gente vai se trançar
aqui mesmo, nesse terreiro.
- Seu Matadouro de Ipirá! O senhor tem quinze
dias para dizer o que veio fazer aqui em Ipirá. Comigo tem que trabalhar, tem
que progredir, chega desse negócio de 25 anos sem dá um prego numa barra de
sabão. Comigo, você trabalha ou eu coloco você no olho da rua – disse o
prefeito J (Jotinha) enfezado e com toda autoridade que Simas lhe
deu.
- Prefeito J (Jotinha)! Tu tá acostumado
a pisar no pescoço de funcionário macaco e jacu, mas pras minhas bandas, tu não
vem não, que o osso aqui é bem diferenta, se eu entrar na justiça, o meu
precatório vai chupar até o último vintém do cofre municipal. Tu fica na tua
que é melhor. – disse o Matadouro de Ipirá.
O vice Beto não perdeu a oportunidade e
disse:
- Eu não te falei que era prá deixá queto.
Esse Matadouro de Ipirá é bagunço de jaca dentro de uma manga espada, quem
chupá vai se lascá. Esse matadouro vai engolir tudo que é administrador dessa
terra e o próximo vai ser o prefeito Marcelão Janeiro 17, que tá conversando
muito. Eu quero vê ele botá esse matadouro prá funcioná. Eu vou pagá prá vê.
Suspense: e agora, o bicho pega? esse
matadouro vai ou não vai? Êta, novelinha complicada e chata! Tem gente que já
cansou dessa novelinha. Eu não agüento mais escrever esse troço. Será que o
prefeito J Jotinha vai inaugurar esse matadouro faltando 1 dia? De
onde menos se espera é que sai o pulo do gato.
O término dessa novelinha acontecerá no dia
que acontecer a inauguração desse Matadouro de Ipirá. Inaugurou! Acabou,
imediatamente.
Observação: essa novelinha é apenas uma
brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo
assim, qualquer semelhança é mera coincidência. Eles brincam com o povo e o
povo brinca com eles.
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