segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

SANGUE NO ASFALTO

O FATO: sábado (24 de dezembro de 2016) 17 h. Próximo ao Hospital Municipal de Ipirá, junto ao Canal do Esgoto e à casa comercial que vende pneus usados. Um motociclista bateu no retrovisor e no pneu traseiro de um carro que estava estacionado; a moto rodopiou, o capacete caiu e sua cabeça foi de encontro ao asfalto.

Com a queda, o motociclista ficou desmaiado e de um corte profundo por trás da orelha começou a jorrar sangue. As pessoas correram para o local. Em frente ao hospital, várias pessoas observavam à distância e um funcionário gritou: “Não mexam não que a ambulância já vai!”

Um corpo estendido no asfalto; o sangue escorrendo e tingindo o betume do asfalto; as pessoas em volta querendo socorrê-lo, algumas aflitas. O pedido de ambulância saia aos prantos e gritos. Duas ambulâncias paradas no hospital. Nada de socorro. Uns dez minutos de espera, o motociclista desperta, quis levantar, foi sugestionado a ficar parado, mais dez minutos e nada de ambulância. Os populares resolveram agilizar o socorro, levantaram o homem, colocaram-no num carro pequeno, que saiu em disparada para a UPA.

A indignação tomou conta das pessoas no local. Uma ambulância saiu do hospital fazendo a maior fuzarca com o giroflex, dá um freio de cantar pneus e no asfalto deixou marcas de borracha. A indignação aumentou: “Agora! Prá quê? Agora, não adianta mais!” Foi o suficiente para ouvir-se: “Sou o diretor do hospital, não tinha motorista no hospital, peguei a ambulância para prestar o socorro.”

Meu caro diretor do hospital: na condição de gestor desta instituição, V. Sa. conseguiu ser mais relapso do que o motorista faltoso, haja com dignidade, coloque o seu cargo comissionado à disposição do prefeito municipal. Se o homem acidentado necessitar de testemunho perante qualquer ação judicial estarei à disposição, por entender que não pertencemos a um aglomerado de jumentos, mas a uma sociedade humana e as pessoas devem receber um tratamento humano do poder público.

No livrinho do candidato-prefeito está escrito assim: Excelência em emergência. Esse serviço será aprimorado com a contratação de mais profissionais das áreas médicas, enfermagem, auxiliares de enfermagem e assistentes sociais, para que a solução seja dada, sempre que possível, sem necessidade de remoção do paciente. Todavia, havendo essa necessidade, as ambulâncias estarão de plantão. A emergência médica deve contar com parte considerável dos investimentos, de modo que não haja transtornos no primeiro atendimento. O atendimento de emergência será, realmente, imediato.

No outro livrinho do outro candidato-prefeito está escrito assim: Revitalização dos serviços de Saúde e Educação. Reorganização da política de prioridade para os serviços públicos essenciais com imediato diagnóstico de carências essenciais e operacionalização de ações emergenciais de atendimento de saúde e a educação e com recuperação de recursos físicos e material necessário.

A opinião popular dos estudantes é assim: “Eu como cidadão e estudante sugiro mais Postos de Saúde pelos principais pontos da cidade para que a população não tenha tanta dificuldade para chegar ao hospital, que está localizado em um lugar não muito distante, mas a uma distância relevante do centro da cidade e de muitos bairros.” Carlos Daniel Santos Trindade 1º. Ano C.

“Pois nossa cidade, antes de qualquer coisa, precisa de mais fábricas; faculdade; saúde, que é de suma importância e mais creches para as crianças. Emprego é primordial para não precisar sair para outros estados em busca de vida melhor.” Núbia Maria Oliveira 2º. Ano MBM

“Para o desenvolvimento da nossa cidade teríamos que melhorar muita coisa, principalmente na saúde, que está uma calamidade, um descaso; melhorar na infraestrutura, melhorando nossas ruas.” Jaciane da S. Aragão 2º. Ano D

“Na minha opinião precisa de muitas coisas para o desenvolvimento e melhora da nossa cidade. Um dos maiores transtornos é algumas ruas sem calçamento; o hospital municipal é uma verdadeira zona; alguns problemas com a encanação de esgoto; algumas construções sem terminar, que estão causando um certo transtorno.” Antônio Vitor Silva Carneiro 1º. Ano C


“Eu acho que o principal para nossa cidade é a ampliação de leitos no hospital e mais médicos.” Felipe Gomes Santos 1º. Ano C

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