Estilo: ficção
Modelo: mexicano
Natureza: novelinha
Fase: Querendo imitar Malhação, que não acaba
nunca, sempre criando uma fase nova, agora é a do prefeito Marcelão.
Capítulo: 28 (mês de setembro 2016)(atraso de
8 meses) (um por mês)
- Ô, Bell! Aqui, Bell! Toque aí “Tô de Boa”.
- Prefeito Marcelão! Quem é aquele folião que
ta pedindo música? Aquele lá, ali, o que mais quebra na avenida! Se ele pedir
música três vezes eu vou ter que tocar – indagou e comentou o cantor Bell.
- Bell, toca Tô de boa – fazia um intervalo e
gritava bem alto – TOCA TÔ NA BOA!
- Eu só toco música do Chiclete. Você não me
é estranho, eu te conheço de algum lugar. Você é de Baixa Grande?
- Não, eu moro aqui em Ipirá! Eu moro depois
do Parque de Exposição.
- Ah,sim! Agora, eu me lembro de você. Eu era
menino, passava por aqui para tocar na micareta de Baixa Grande e você já
estava lá, depois do Parque de Exposição de Ipirá. Pois é meu fã! Diga que
valeu, valeu demais... – e o trio de Bell esquentou o circuito.
A Polícia Militar arrepiava na avenida. O
prefeito Marcelão apontou com o dedo: “aquele lá!” A PM encostou no folião que
quebrava na maior felicidade do mundo.
- Esse aqui? – perguntou o comando da tropa
ao prefeito.
- Sim – respondeu o prefeito Marcelão.
- Ele é do seu grupo jacuzada? – indagou o
comando.
- Não, é macaco! Apila que eu quero ver –
respondeu o prefeito, fechando a mão e apontando o polegar para baixo.
- Carteira de Trabalho! – pediu o comando ao
folião.
- Eu sou o Matadouro de Ipirá, eu não tenho
Carteira de Trabalho, eu nunca trabalhei em minha vida.
- É vagabundo e vagabundo é no pau.
Sentaram a ripa; tascaram a pua; baixaram o
sarrafo; desceram a borracha; lascaram a fanta; deram-lhe de cacetete. O
matadouro gemia que nem um condenado. Perdeu o telhado; uma parede lateral veio
abaixo; a frente desabou; os currais caíram. Ninguém disse nada. Faz 25 anos e
ninguém diz nada, parece até, que Ipirá não precisa de matadouro, justo o
matadouro, que é uma das pilastras essenciais para a sustentação da economia
rural de Ipirá; justamente, o calcanhar de Aquiles para o suporte da pecuária
de corte no município de Ipirá, ou seja, a salvação do pecuarista nesse
município.
Bell como sempre majestoso, mandava nos
acordes e na cantoria: “Diga que valeu e valeu de...mais! O prefeito Marcelão,
não perdeu tempo:
- Meu fã, Bell! Você já está contratado para
o maior São João do Brasil, o que eu vou realizar aqui em Ipirá, no mês de
junho. Vai ser lá no espaço onde ficava esse tal de matadouro, agora, aquilo
lá, vai ser o maior espaço de show do Brasil e vai ser utilizado para o
progresso dessa terra.
- Valeu, meu prefeito Marcelão! Digo que
valeu, valeu de...mais. Pode botá o arame na minha conta corrente, que eu estarei
aqui, meu prefeito Marcelão! Diga que valeu, valeu demais. Obrigado Ipirá,
obrigado meu prefeito Marcelão!
- Muito obrigado, meu fã Bell! Acabou meu
problema, acabou o Matadouro de Ipirá; acabou a novelinha; já foi, agora é só
FESTA E ALEGRIA – gritou eufórico o prefeito Marcelão.
Suspense: sobrou prá mim. O que é que eu
tenho a ver com o desentendimento do prefeito Marcelão com o matadouro? Nada.
Será que os turistas de Itapipoca vão levar o matadouro com eles? Será que o
fã-clube de Bell, lá de Brasília, vai levar esse matadouro? Será que o
matadouro deixou de ser um problema em Ipirá?
O término dessa novelinha acontecerá no dia
que acontecer a inauguração desse Matadouro de Ipirá. Inaugurou! Acabou, imediatamente!
Agora, o artista é o prefeito Marcelão, que foi grande divulgador da novelinha
É de ROSCA pela FM.
Observação: essa novelinha é apenas uma
brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo
assim, qualquer semelhança é mera coincidência. Eles brincam com o povo e o
povo brinca com eles.
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