Estilo: ficção
Modelo: mexicano
Natureza: novelinha
Fase: Querendo imitar Malhação, que não acaba
nunca, sempre criando uma fase nova, agora é a do prefeito Marcelão.
Capítulo 40 (mês de setembro 2017)(atraso de
7 meses) (um por mês)
Tinha um bocado de gente amontoando-se
naquele recinto educacional, o prefeito Marcelão ficou nas pontas dos pés e
esticou o pescoço procurando visualizar o governador Ruy Correria, que não é,
nem nunca foi, sua obsessão, que é o prefeito Neto Malvadeza, mas naquele
momento, sua única inclinação era encostar no governador e o primeiro aperto de
mão foi grudento.
O prefeito Marcelão tinha passado visgo de
jaca na mão e segurou com firmeza na mão do governador. Apertou e grudou. Os
seguranças nada puderam fazer, eram duas autoridades. O governador tentava
soltar-se e nada. Juntou uma dúzia de macacos; metade de um lado puxando o
governador e meia dúzia do outro puxando o prefeito:
- Passa querosene que solta – gritou alguém,
assim foi feito e soltaram-se.
Restava ao prefeito Marcelão “aquele abraço
afetuoso” no governador, era uma questão de oportunidade. O prefeito Marcelão
sentiu um puxão no seu braço, virou o rosto e deu de cara com o Matadouro de
Ipirá, para seu desgosto, contrariedade e aborrecimento:
- O que é que você está fazendo aqui? Chega
prá lá trem ruim! Tu és uma sarna, que não mim dá sossego nem em solenidade.
Você não foi convidado, não vês que aqui não é lugar para uma figura da tua
estirpe!
- Sem sermão, prefeito Marcelão! Meu lugar é
aqui em Ipirá, no meio do povo, não me venha com psicologia barata, se não
valho nada, se eu não trabalho, não é por falta de interesse de minha parte,
mas porque as administrações de jacu e macaco não tiveram peito prá botar um
bezerro para ser abatido aqui.
O prefeito Marcelão segurou-se para agüentar aquele
desaforo, saiu rápido em busca do governador, até encontrá-lo a certa distancia,
aproximou-se lentamente, foi encostando e quando as lentes das filmagens e
fotografias se preparavam, o governador deu mole, o prefeito Marcelão não perdeu
tempo, deu o bote, colocando o braço no pescoço do governador e aplicando-lhe
um tranco. Segurou firme, com força, apertando o pescoço do governador, que
tentava se desvencilhar.
- Me sorta, prefeito Marcelão! Tu ta doido,
homem de Deus? Eu vou atender tuas reivindicações para Ipirá, prefeito!
O prefeito Marcelão afrouxou o tranco, mas isso
serviu para o povo de Ipirá perceber que quem mais pede coisa lá embaixo para o
bem de Ipirá é o prefeito. Salvador nasceu com sorte, tem governador Ruy
Correria e tem o prefeito Neto Malvadeza fazendo pela cidade. Ipirá convive com
o azar, não tem governador e prefeito trabalhando pelo que Ipirá precisa, não
tem nem matadouro, mas o Matadouro de Ipirá estava lá, junto ao governador e
prefeito.
- Olha aqui, prefeito Marcelão! Eu sou é
menino da Liberdade, eu ensinei os meninos de rua da Liberdade a ler e
escrever, eu não sou menininho de playground de edifício de luxo da Graça, que
botava terror ‘nus di menor’ do prédio e afugentava ‘us minino de rua’ que
passava pela rua por ser um bad boy que chefiava um grupo de segurança do seu
avô. Prefeito Marcelão! Minha mãe me dizia: “Rui, cuidado com essa gente que
quer ti pegá pelo pescoço, tu sarta fora dessa gente, meu fio!”
O prefeito Marcelão observava como uma raposa
no golpe. O governador Ruy Correria continuava: “Meu amigo, Val! Você está onde?
Cadê aquele pernil de carneiro de cortesia?” O prefeito Marcelão deu um pinote
e foi dizendo:
- Governador, eu vou lhe dá uma banda de boi.
- Abatido onde?
- No nosso Matadouro de Ipirá – disse o
prefeito.
O Matadouro de Ipirá ficou todo eufórico,
alegre e entusiasmado: “lembraram de mim!”
- Onde fica esse Matadouro de Ipirá? Eu
conheço é o Abatedouro de Pintadas – disse o governador.
- Não diga uma blasfêmia dessa governador! O
nosso belo, grandioso e majestoso matadouro, o maior do Brasil, está aqui em
nossa presença, na presença da nossa gente, servindo à nossa população – disse o
prefeito Marcelão.
- Esse Matadouro de Ipirá funciona, prefeito?
– indagou o governador.
O prefeito engasgou, a garganta coçou e o
gestor pigarreou:
- Bem, V, Exa., sabe, não é bem assim, mas,
V. Exa., não quer esse Matadouro de Ipirá para o Estado? V. Exa., leve esse
intrujão para si.
A vaia comeu no centro. O governador apontou
para o prefeito e disse: “É prá tu”. O prefeito deu um salto e apontou para o
matadouro: “Prá mim não, é prá tu”. O Matadouro de Ipirá deu uma rabichola e
disse: “Por que prá mim? E eu aponto prá quem?” Só restou o povo de Ipirá!
Suspense: Veja que situação: A novelinha tá
de correria, quer chegar à janeiro 19 sem nenhum capítulo em atraso. Um
matadouro querendo ser obra e um prefeito querendo não ter problema! Onde vai
parar uma desgraça dessa? O que é que eu
tenho a ver com o desentendimento do prefeito Marcelão com o matadouro? A
novelinha chegou a setembro de 2017 agora e o prefeito Marcelão já está no
aniversário da cidade 2018, e até agora nada.
O término dessa novelinha acontecerá no dia
que acontecer a inauguração desse Matadouro de Ipirá. Inaugurou! Acabou,
imediatamente! Agora, o artista é o prefeito Marcelão, que foi grande
divulgador da novelinha É de ROSCA pela FM.
Observação: essa novelinha é apenas uma
brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo
assim, qualquer semelhança é mera coincidência. Eles brincam com o povo e o
povo brinca com eles
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