quinta-feira, 11 de abril de 2019

SINUCA DE BICO


O município de Ipirá já foi uma grande bacia leiteira no Estado, chegou a ter uma produção de cem mil litros/dia, com duas empresas multinacionais na linha de comercialização, a Nestlé e a Parmalat. Hoje, eu não sei se produz três mil litros/dia. Uma queda vertiginosa, gritante, abismal na produção. Já foi.

Toda quarta-feira, saem dois caminhões de ovinos e caprinos que são vendidos na feira de Ipirá. Cem animais por caminhão, significando um total de quatro toneladas de carne, que representa vinte toneladas de carne num mês de cinco quartas-feiras. Vinte toneladas com um potencial para duzentas toneladas/mês. Potencial que o Poder Municipal não enxerga e não quer nem saber. Já foi.

Assim está a produção rural em Ipirá. Tem 6.800 propriedades rurais, que poderiam muito bem está alavancando a produção no município e dando cobertura e sustentação ao comércio local, criando uma auto-sustentação concreta e promissora no município de Ipirá. Já foi.

Para dar suporte à produção é necessário colocar-se em atividade um laticínio (está empacotado), um matadouro (sem operacionalidade), um Parque de Vendas de Animais (está desorganizado). Essa trindade é o que falta para dar garantia e impulsionar a produção rural.

Na venda de animais, o Poder Público não precisa fazer nenhum investimento é, simplesmente, uma questão de gerenciamento para organizar e planejar a ação. Não foi ainda. No laticínio e no matadouro a situação é mais complexa e o parangolé está amarrado. Parece que já foi.

O poder político no município está configurado num sistema de dois grupos que se alternam na prefeitura, um tal de jacu e um tal de  macaco, que não conseguem desatar o nó e impulsionar o município.

Esse sistema jacu/macaco carrega em sua entranha vícios nocivos e está contaminado por uma prática perdulária e corrupta que mantém, alimenta e reproduz o atraso, através do clientelismo, do grupismo, do nepotismo, da prevaricação, do oportunismo, do interesse patrimonialista e personalismo na gestão pública.

Num município precário e amarrado economicamente, salvo do colapso e estrangulamento pela existência do setor de fabrico de calçados e carteiras, pelos salários do funcionalismo público e pela robusta faixa de aposentadorias na quantidade de aposentados rurais e urbanos, não resta muita saída.

Daí e por isso, a receita de dez milhões/mês da Prefeitura Municipal passou a ser a cobiça e a corrida do ouro no nosso município; pela elite dos grupelhos jacu/macaco, por meia dúzia de afilhados, por uma dúzia de comerciantes e alguns espertalhões. Sendo que, os trabalhadores ficam acorrentados ao salário mínimo. Assim a roda gira com jacu e macaco.  

Nessa conjuntura, parece que administração Marcelo Brandão já deu o que tinha que dá. Representando o clã Martins e vestindo a camisa do grupo jacu caminha com a cabeça nas nuvens e sem colocar os pés no chão. Diz que conseguiu sanear as finanças da prefeitura: instituiu altos salários para a máquina pública; fatiou o orçamento público com as empresas de lixo, de construção, publicidade, transporte, nos aluguéis, com advocacia, no comercio, com terceirização. Quando paga ao funcionalismo (em dias) não sobra nada, aí atrasa aos fornecedores e prestadores de serviço (em atraso) porque o dinheiro acabou; assim sendo, fica jogando com a barriga.

Sem dinheiro o gestor MB entra em desespero; arrocha no IPTU; mete a mão no dinheiro sagrado do salário do funcionalismo; a APLB e o Sindicato dos Funcionários reagem e partem para cima; o prefeito vai ter que  recuar.

O prefeito MB não consegue um palito de fósforo na esfera estadual. O pacto federativo castra todo município brasileiro. O prefeito MB está em maus lençóis, só resta tomar um empréstimo na CEF à longo prazo.

Aí o bicho pega. O prefeito MB parece que não goza de credibilidade na Câmara de Vereadores. O prefeito Marcelo Brandão demonstra desespero, lamenta e apela para o apoio da população em nota e carro de som, nessa hora ele lembra que o povo existe, mas não consegue ativar e mobilizar o povo.

Ninguém sabe o que a gestão vai fazer com o dinheiro. O argumento que é para o desenvolvimento de Ipirá é falacioso e está longe da verdadeira necessidade para impulsionar o município.

Faltando um ano e meio para terminar o seu mandato, o prefeito Marcelo Brandão vem perdendo a credibilidade junto a população de forma acentuada e o seu desgaste é visível. Demonstrou de forma clara, na fala e no escrito, que o município está liso, com todo recurso comprometido. Já foi.

Infelizmente, essa é a situação e a realidade do nosso município na demarcação, na ferração e sob o controle do jacu e macaco. Prefeito Marcelo Brandão! Mesmo sem lenço e sem documento, o seu mandato ainda não terminou, organize e dê força e vida ao Parque de Venda de Animais, para quem sabe e queira Deus, V. Exa. seja lembrado como um prefeito que passou por este município. Não seja ingrato com o nosso município.

Não fique com esse jeitão de adolescente enfezado, marrento, traquino, embirrento e inconseqüente, que acha que é dono da verdade num mundo de otários e sai quebrando e derrubando tudo que acha pela frente, botando o município abaixo com sua marreta e achando que só leva espeto e que não recebe nenhum aconselhamento. Cuide do Parque de Vendas de Animais, custará menos do que o empréstimo da CEF, e quando Ipirá estiver exportando para outros municípios 40 toneladas, por feira, de carne de ovino e caprino, serei o primeiro a levantar a bola de V. Exa., neste aspecto.  

Essa engrenagem de Ipirá você só entenderá se tiver o comprometimento de adquirir o livro que detalha esse negócio aí, para tal basta acessar o site: https://www.amazon.com.br e adquirir o eBook ‘A PRAÇA DA BANDEIRA E OUTRAS BANDEIRAS’. Obrigado e boa leitura.

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