O município de Ipirá já foi
uma grande bacia leiteira no Estado, chegou a ter uma produção de cem mil
litros/dia, com duas empresas multinacionais na linha de comercialização, a
Nestlé e a Parmalat. Hoje, eu não sei se produz três mil litros/dia. Uma queda
vertiginosa, gritante, abismal na produção. Já foi.
Toda quarta-feira, saem dois
caminhões de ovinos e caprinos que são vendidos na feira de Ipirá. Cem animais
por caminhão, significando um total de quatro toneladas de carne, que
representa vinte toneladas de carne num mês de cinco quartas-feiras. Vinte
toneladas com um potencial para duzentas toneladas/mês. Potencial que o Poder
Municipal não enxerga e não quer nem saber. Já foi.
Assim está a produção rural
em Ipirá. Tem 6.800 propriedades rurais, que poderiam muito bem está
alavancando a produção no município e dando cobertura e sustentação ao comércio
local, criando uma auto-sustentação concreta e promissora no município de Ipirá.
Já foi.
Para dar suporte à produção é
necessário colocar-se em atividade um laticínio (está empacotado), um matadouro
(sem operacionalidade), um Parque de Vendas de Animais (está desorganizado).
Essa trindade é o que falta para dar garantia e impulsionar a produção rural.
Na venda de animais, o Poder
Público não precisa fazer nenhum investimento é, simplesmente, uma questão de
gerenciamento para organizar e planejar a ação. Não foi ainda. No laticínio
e no matadouro a situação é mais complexa e o parangolé está amarrado. Parece
que já foi.
O poder político no município
está configurado num sistema de dois grupos que se alternam na prefeitura, um
tal de jacu e um tal de macaco, que não
conseguem desatar o nó e impulsionar o município.
Esse sistema jacu/macaco carrega
em sua entranha vícios nocivos e está contaminado por uma prática perdulária
e corrupta que mantém, alimenta e reproduz o atraso, através do clientelismo,
do grupismo, do nepotismo, da prevaricação, do oportunismo, do interesse
patrimonialista e personalismo na gestão pública.
Num município precário e amarrado
economicamente, salvo do colapso e estrangulamento pela existência do setor de
fabrico de calçados e carteiras, pelos salários do funcionalismo público e pela
robusta faixa de aposentadorias na quantidade de aposentados rurais e urbanos,
não resta muita saída.
Daí e por isso, a receita
de dez milhões/mês da Prefeitura Municipal passou a ser a cobiça e a corrida do
ouro no nosso município; pela elite dos grupelhos jacu/macaco, por meia dúzia de
afilhados, por uma dúzia de comerciantes e alguns espertalhões. Sendo que, os trabalhadores
ficam acorrentados ao salário mínimo. Assim a roda gira com jacu e macaco.
Nessa conjuntura, parece que
administração Marcelo Brandão já deu o que tinha que dá. Representando o clã
Martins e vestindo a camisa do grupo jacu caminha com a cabeça nas nuvens e sem
colocar os pés no chão. Diz que conseguiu sanear as finanças da prefeitura:
instituiu altos salários para a máquina pública; fatiou o orçamento público com
as empresas de lixo, de construção, publicidade, transporte, nos aluguéis, com
advocacia, no comercio, com terceirização. Quando paga ao funcionalismo (em
dias) não sobra nada, aí atrasa aos fornecedores e prestadores de serviço (em atraso)
porque o dinheiro acabou; assim sendo, fica jogando com a barriga.
Sem dinheiro o gestor MB
entra em desespero; arrocha no IPTU; mete a mão no dinheiro sagrado do salário do funcionalismo; a APLB e o Sindicato dos Funcionários reagem e partem para cima;
o prefeito vai ter que recuar.
O prefeito MB não consegue um
palito de fósforo na esfera estadual. O pacto federativo castra todo município
brasileiro. O prefeito MB está em maus lençóis, só resta tomar um empréstimo na
CEF à longo prazo.
Aí o bicho pega. O prefeito
MB parece que não goza de credibilidade na Câmara de Vereadores. O prefeito
Marcelo Brandão demonstra desespero, lamenta e apela para o apoio da população
em nota e carro de som, nessa hora ele lembra que o povo existe, mas não
consegue ativar e mobilizar o povo.
Ninguém sabe o que a gestão
vai fazer com o dinheiro. O argumento que é para o desenvolvimento de Ipirá é
falacioso e está longe da verdadeira necessidade para impulsionar o município.
Faltando um ano e meio para
terminar o seu mandato, o prefeito Marcelo Brandão vem perdendo a credibilidade
junto a população de forma acentuada e o seu desgaste é visível. Demonstrou de
forma clara, na fala e no escrito, que o município está liso, com todo recurso
comprometido. Já foi.
Infelizmente, essa é a
situação e a realidade do nosso município na demarcação, na ferração e sob o
controle do jacu e macaco. Prefeito Marcelo Brandão! Mesmo sem lenço e sem
documento, o seu mandato ainda não terminou, organize e dê força e vida ao
Parque de Venda de Animais, para quem sabe e queira Deus, V. Exa. seja lembrado
como um prefeito que passou por este município. Não seja ingrato com o nosso
município.
Não fique com esse jeitão de
adolescente enfezado, marrento, traquino, embirrento e inconseqüente, que acha
que é dono da verdade num mundo de otários e sai quebrando e derrubando tudo
que acha pela frente, botando o município abaixo com sua marreta e achando que
só leva espeto e que não recebe nenhum aconselhamento. Cuide do Parque de
Vendas de Animais, custará menos do que o empréstimo da CEF, e quando Ipirá
estiver exportando para outros municípios 40 toneladas, por feira, de carne de
ovino e caprino, serei o primeiro a levantar a bola de V. Exa., neste aspecto.
Essa engrenagem de Ipirá você
só entenderá se tiver o comprometimento de adquirir o livro que detalha esse negócio aí, para tal
basta acessar o site: https://www.amazon.com.br
e adquirir o eBook ‘A PRAÇA DA BANDEIRA E OUTRAS BANDEIRAS’. Obrigado
e boa leitura.
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