Estilo: ficção
Modelo: mexicano
Natureza: novelinha
Fase: Querendo imitar Malhação, que não acaba
nunca, sempre criando uma fase nova, agora é a do prefeito Marcelão.
Capítulo 49 (mês de junho 2018)(atraso de um
ano e 5 meses) (um por mês)
O prefeito Marcelão admirava a requalificação
da Praça do Puxa patrocinada pela sua gestão, de maneira que não se cansava de
andar pelo passeio num vai e vem constante, quando uma coisa mexeu com sua
atenção:
- Ôxe, o que é aquilo? Tem um intruso na
minha praça. Quem foi que disse que eu quero sem-teto no meu pedaço? Isso aqui
não é lugar de morador de rua.
O prefeito Marcelão aproximou-se daquela
coisa e indagou:
- Quem é você?
- Oxente, prefeito Marcelão! V. Exa., levou
vinte anos falando meu nome e agora tá me tirando de tempo, botando banca, dizendo
que não me conhece mais. Eu sou o Matadouro de Ipirá, que virou mulambo na sua
língua durante doze anos e hoje V. Exa. não me conhece mais. Não seja ingrato
com quem sempre te deu a mão.
- Seu lugar é lá na estrada de Baixa Grande.
Não venha pra minha praça que não tem espaço prá gente da sua laia. Essa praça
ficou um brinco em estilo europeu; uma beleza! Tudo em estilo Bauhaus! Observe
quem veio para cá: o Laboratório Análise. Por que veio? Porque a praça ficou um
espetáculo.
- Sem essa, prefeito Marcelão! Deixe de
conversa mole, o Laboratório Análise veio para cá porque tem um bom serviço
para prestar à população e não por causa de sua praça, agora uma coisa é certa,
cadê sua biblioteca? Não tem um livro.
- E isso aí que você está lendo, deitado
nessa rede, no seu celular? Que livro é esse?
- Esse livro aqui não é de sua biblioteca
não! Esse livro aqui é um livro eBook que V. Exa., pode adquirir no site: https://www.amazon.com.br basta isso para
adquirir o eBook ‘A PRAÇA DA BANDEIRA E OUTRAS BANDEIRAS’. Esse
livro retrata a minha importância (matadouro) neste município e fala de sua
pessoa (o prefeito). Obrigado e boa leitura.
- Na minha biblioteca esse livro ‘A PRAÇA DA
BANDEIRA E OUTRAS BANDEIRAS’ não entra de
jeito nenhum, não passa nem na porta e eu não vou adquirir pelo site: https://www.amazon.com.br esse livro ‘A PRAÇA DA BANDEIRA E OUTRAS BANDEIRAS’ eu prefiro acabar essa
biblioteca e transformar esse prédio em sei lá o quê, quem sabe, num mausoléu.
-
Vixe, prefeito Marcelão! V. Exa., tá mais perdido do que mosquito na boca de
sapo. V. Exa., não sabe o que fazer com Ipirá; o bicho tá pegando e V. Exa.,
não tá nem aí. Das dez obras necessárias em Ipirá, V. Exa., só realizou duas
(asfalto da metade da RGS e Praça do Puxa sem biblioteca) e ainda fica dizendo
que tem sessenta obras para inaugurar neste município. Acorda, prefeito
Marcelão! Só falta um ano para terminar o seu mandato e ano de eleição é ano
perdido e só pode ter inauguração até abril e...
-
Pode parar seu Matadouro! Recolha essa rede do mausoléu da minha praça. Não
quero mais conversa, já estou com dor de barriga e vou fazer uma obra ali na
clínica, vão faltar cinqüenta e nove. 2020 é nóis na parada. Já fui!
- Vixe,
Nossa Senhora Santana! É V. Exa., mesmo que um monte de pessoas tá esperando,
prá que eu não sei! Parece que tem gosto de sangue na boca dessa gente e a
vingança tem sua cara na ponta da faca, com endereço, CPF e conta bancária
recheada, além da família jogando milho para apanhar a galinha e sua ninhada
que sofreu o pisoteio e o desprezo de quem se acha dono do poleiro.
Suspense: Veja que situação: a novelinha tá
de correria, querendo chegar ao mês de janeiro 20 sem nenhum capítulo em
atraso. Um matadouro querendo ser obra e um prefeito querendo não ter problema!
Onde vai parar uma desgraça dessa? O que é que eu tenho a ver com o
desentendimento do prefeito Marcelão com o matadouro?
O término dessa novelinha acontecerá no dia
que acontecer a inauguração desse Matadouro de Ipirá. ‘Inaugurou! Acabou na
hora, imediatamente!’ Agora, o artista é o prefeito Marcelão, que foi grande
divulgador da novelinha É de ROSCA pela FM.
Observação: essa novelinha é apenas uma
brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo
assim, qualquer semelhança é mera coincidência. Eles brincam com o povo e o
povo brinca com eles.
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