Estilo: ficção
Modelo: mexicano
Natureza: novelinha
Fase: Querendo imitar Malhação, que não acaba
nunca, sempre criando uma fase nova, agora é a do prefeito Marcelão.
Capítulo 51 (mês de agosto 2018)(atraso de um
ano e 5 meses) (um por mês)
O prefeito que mantém um convívio amistoso
com o Matadouro de ipirá é o prefeito Marcelão. Ele não perde o entusiasmo: “No
Centro de Abastecimento de Ipirá só vai entrar carne com o carimbo do nosso
querido matadouro local.”
O prefeito Marcelão estava descansando em seu
lar quando ouviu fortes pancadas no portão da casa. Ordenou a sua secretária do
lar: “Ô, Maria! Veja quem é esse louco que está querendo arrombar minha casa,
se for ambulante do Centro do Abastecimento ou professor municipal eu não estou
em casa.” A secretária acelerou os passos, olhou pelo visor e voltou apressada:
“prefeito Marcelão! É o matadouro que está aí fora.” Ouviu um sim do prefeito e
foi abrir o portão.
- Prefeito Marcelão! Que conversa extraviada
é essa de botá matadouro prá funcionar? É por essas conversas sem cabimento que
V. Exa. vai perder as eleições para Dydudy.
- Ora, seu Matadouro de Ipirá! Vossa Pessoa
parece que está com o juízo fora do lugar; pare e pense antes de falar! Logo
não está vendo que eu não vou perder eleição para Dydudy; essa campanha vai ser
mais mole do que banha de porco capado na chapa quente; eu nem me preocupo com
essa eleição, na hora certa eu entro em campo e dou uma chapuletada nesse
Dydudy que ele vai perder até o caminho de casa. E tem mais: na terra que eu
perder para Dydudy eu não moro, prefiro ir morar em Portugal. Anote aí, eu vou
dar um catiripapo de mais de três mil votos no Dydudy.
- Oxente, prefeito Marcelão! V. Exa., tá
parecendo Tico-tico no fubá jogando farelo fora, essa campanha vai ser carne de
pescoço pra suas banda, só o senhor não enxerga isso!
- Ora, ora, seu Matadouro! Se prepare que nós
vamos exportar carne de boi para a China, essa é a verdade e eu, em eleições,
sou igual a corredor africano de maratona e o Dydudy é fraco demais, eu comparo-o
a ‘coelho de maratona’ na partida, dispara na frente, corre e cansa, morrendo
na praia, esse Dydudy é fraquinho, fraquinho. Seu matadouro! Eu quero é briga
de cachorro grande. Diga ao ‘sujeito do blog’ que só me coloque em parada
federal, com disputa de UFC pelo cinturão. Esses treinos com adversário
meia-boca, eu boto é prá correr antes do tempo.
O sujeito do blog foi notificado do desejo do
prefeito Marcelão e resolveu narrar uma ‘briga de cachorro grande’ dessas que
sai lasca de fogo parecendo raio de trovoada arregaçando a terra. Então, vou
contar a verdade sobre o míssil americano que matou o general iraniano.
O presidente Trampo dos EUA enviou um míssil
em direção ao Irã, mas para ganhar mais velocidade e evitar a falta de
correntes de vento na Estratosfera foi feito uma trajetória que desviava para o
sul, em curva, e adentrou no espaço aéreo brasileiro, passou pela Bahia e por
Ipirá, local em que, o míssil parou, apontou seu bico, em posição de ataque, na
direção do Matadouro de Ipirá e mandou uma mensagem para a central de
lançamento nos EUA.
- Atenção, presidente Trampo! Objeto
identificado pela nossa linha de tiro. É um objeto imprestável, sem utilidade
nenhuma, um entulho de quase 30 anos, um verdadeiro elefante branco. Está na
nossa infalível mira, basta V. Exa., apertar o botão e essa porcaria vai para
os ares sem deixar nenhuma saudade.
O Matadouro de Ipirá, mais esperto do que o
cão, viu aquele drone em cima de sua cabeça e só pensou em coisa ruim, pegou o
seu celular e telefonou para o prefeito Marcelão:
- Prefeito Marcelão! Tem um drone lá em cima
me filmando, essa imagem vai correr o mundo e ninguém vai querer comprar carne
de boi abatido aqui. Tome providência urgente.
O prefeito Marcelão pegou seu celular verde e
amarelo, linha direta com o palácio da Alvorada e ligou para o presidente Bozo.
- Meu presidente, Bozo! Aqui é o prefeito
Marcelão, tem um drone americano em cima do nosso grande matadouro dessa nossa terra
progressista que é Ipirá, naturalmente depois de minha administração, e isso
poderá causar um grande prejuízo econômico para o nosso país, pois iremos
deixar de exportar toneladas e mais toneladas de carne de boi.
- Pô, meu prefeito Marcelão! Você só me
telefona trazendo problema e mim botando em canto de carroceria. Aqueles
bilhões que você mim pediu para calçar e asfaltar ruas não vai dar certo, é
muito dinheiro pô! Conversei com Paulinho Guedesinho e ele disse que é impossível,
esqueça isso. Você sabe que de economia eu não entendo nada, pô! Agora, o
problema do drone é café pequeno prá gente! Vou resolver isso com meu amigo
Trampo.
O presidente Bozo pegou o seu celular com a
bandeira americana, fez uma grande continência, ajoelhou, deu um beijo, fez o
sinal da cruz e ligou:
- Meu grande amigo de infância, presidente
Trampo! Aqui é o presidente Bozo! Que boas lembranças da nossa infância,
aquelas brincadeiras de esconde-esconde e troca-troca, das trocas de bola de
gude, mas depois nós conversaremos mais sobre essas boas recordações; neste
momento, eu quero falar sobre um drone que está querendo jogar um traque sobre
o matadouro de Ipirá e lá tem um prefeito atuante, aguerrido, que está
revolucionando o município e é o grande líder de um povo valente e que não
carrega desaforo, isso aí pode se tornar uma guerra de conseqüências imprevisíveis,
pô. Agora, seja como for, eu estou do seu lado, sou parceiro dos americanos.
Agora, meu grande líder! Mande esse troço lá para o Irã.
- Meu, presidente Bozo! Dê um jeito nesse seu
prefeito Marcelão! Ele anda dizendo que vai exportar toneladas de carne de boi
e isso vai prejudicar os grandes negócios dos frigoríficos americanos, que
exigem uma atitude de retaliação de nossa parte. Bote esse prefeito na nossa
linha ou ele vai levar chumbo. Agora, neste instante, eu vou suspender a ‘Operação
Bombardeio Matadouro’ por causa de seu pedido, mas vou deixar engatilhadas a ‘Operação
Macaco’ para acabar com a prefeitura e a ‘Operação Jacu’ para acabar com esse
município. Esse prefeito Marcelão não é doido de querer encrenca com o império
americano.
O presidente Trampo segurou o dedo, deu uma
ré no drone, depois engatou a primeira e pulou para a quinta marcha, ao tempo
que deu um murro no botão vermelho e girou a cadeira para acompanhar pelo telão
o The Voice Kids.
Suspense: Veja que situação: a novelinha tá
de correria, querendo chegar ao mês de fevereiro 20 sem nenhum capítulo em
atraso. Um matadouro querendo ser obra e um prefeito querendo não ter problema!
Onde vai parar uma desgraça dessa? O que é que eu tenho a ver com o
desentendimento do prefeito Marcelão com o matadouro?
O término dessa novelinha acontecerá no dia
que acontecer a inauguração desse Matadouro de Ipirá. ‘Inaugurou! Acabou na
hora, imediatamente!’ Agora, o artista é o prefeito Marcelão, que foi grande
divulgador da novelinha É de ROSCA pela FM.
Observação: essa novelinha é apenas uma
brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo
assim, qualquer semelhança é mera coincidência. Eles brincam com o povo e o
povo brinca com eles.
Nenhum comentário:
Postar um comentário