sábado, 21 de abril de 2012

É DE ROSCA.

Estilo: ficção
Natureza: novelinha
Capítulo: 43 (mês de abril 2011) – incrível, apresentação do novo capítulo da novelinha esculhambada com, simplesmente, um ano de atraso e não acaba. Nem satanás acaba essa novelinha.

O prefeito Dió parou em frente ao Congresso Nacional, colocou a mão na cabeça e indagou à sua consciência: “O que foi que eu vim fazer aqui, em Nova Brasília?” Olhou para o céu, e sentiu o impacto da realidade que caía sobre seus ombros, ao tempo que, falou em voz alta e com veemência:
- Eu vim à procura de água, só volto para Ipirá de carro-pipa. Já que estou aqui, em frente ao Congresso, vou trocar umas idéias com meu companheiro senador Pinheirão.

- Olá, minha liderança em Ipirá, companheiro prefeito Dió! Quanto honra em recebê-lo no coração do poder dessa nação – argumentou alegremente o senador.

- Senador Pinheirão! V. Exa. bem sabe que eu não sou de pedir pouco para o meu povo e agora eu quero muito mais do que o muito que eu costumo pedir. Eu quero é água e muita água.

- Não seja por isso, companheiro prefeito Dió! Você não vai levar água, você vai levar é uma coisa que está muito na moda aqui em Brasília, você vai levar é uma cachoeira de água, desde quando, essa cachoeira está causando o maior alvoroço aqui no Planalto, você leva essa cachoeira para Ipirá e o povo de lá vai ficar satisfeitíssimo – disse o senador.

- Senador! É disso que o povo de Ipirá precisa, uma cachoeira dessa, aqui ela pode causar tormento, mas lá, nessa estiagem em que estamos, em véspera de campanha política, toda cachoeira será bem recebida.

- Cachoeira vai salvar Ipirá. Como vai a sua sucessão, companheiro prefeito Dió? Não responda nada, vamos jogar sinuca no salão verde e você vai dizendo como as coisas estão.

Andaram pelo corredor e adentraram no salão. Na mesa de sinuca, o prefeito Dió, começou a falar, enquanto mirava numa bola branca:

- V. Exa., senador! Observe que essa bola branca está atazanando minha jogada, está igual ao macaco ex-deputado que quer por que quer ser candidato a prefeito em Ipirá, de qualquer jeito.

- Ora, companheiro prefeito Dió! A jogada é sua, você é quem manda nesse momento, faça o que manda o seu coração, sinuca é assim e o jogador que está com o taco na mão é quem define a jogada.

O prefeito Dió mirou na bola branca, seu pensamento voltou-se exclusivamente para o ex-deputado, “ é agora que tu me paga, sujeito!”, agachou um pouco, mirou bem na testa da bola, colocou força no braço e deu uma tacada na bola branca, que subiu e foi cair com dez metros de distância; o prefeito Dió não perdeu tempo, correu e pisou no pescoço da bola. Estava vingado.

- É assim que se faz, companheiro prefeito Dió! Essa bola aí já está fora do jogo e completamente esbagaçada; se essa bola fosse o ex-deputado de Ipirá, eu diria, que ficou completamente desmoralizado, humilhado e rebaixado para a terceira divisão, numa situação, que nem eleição para o cargo de síndico ele presta mais, que dirá para ser prefeito daquela nossa bela terra.

- Há, há, há! Gostei dessa, senador! Viu que canto de carroceria eu dei no ex-deputado! Oh, não, errei! Na bola branca; ela foi lá para o beleleu, vá querer ser prefeito lá no Quijingue, porque aqui quem dá a tacada sou eu. -Oh! Oh! - Que chega pra lá. - Quá, quá! - Que freio de arrumação eu dei na macacada, o ex-deputado foi prá lá de Bagdá. Viu, senador! Como eu pisei no pescoço, agora eu vou esmagar a cabeça.

- Há, há, há! É isso aí, companheiro prefeito Dió! Essa bola branca não conta mais, está eliminada por completo, além do mais, está remendada e não tem coragem de botar a cara na mesa, para não levar uma tacada por cima do nariz. Nessa bola branca nem se fala mais. E o que é essa bola rosa está fazendo aí na tabela? É sua vez de jogar.

O prefeito Dió olhou para a bola rosa e pensou no PT de Ipirá e algo veio à sua mente “eu já tinha esquecido que havia essa bola rosa”, fitou-a bem, “essa aí eu não posso jogar fora da mesa de sinuca”, e resolveu falar:

- Essa bola rosa é a minha última jogada. Vou cozinhar a macacada; vou mimar esse filhote de macaco cor de rosa, depois, quando, na última tacada, eu empurro o 22 e vai ser do jeito que eu, o grande prefeito Dió, quero.

- Muito bem, companheiro prefeito Dió! Você está revelando-se um petista de carteirinha. Se eu fosse você eu encaçapava logo essa bola rosa.

- Não! Isso aí, eu vou deixar para o cabeça branca, nosso governador, o JW; para mestre Rui, para o Costinha, para o Afonsinho. Essa bolinha rosa tem muito que aprender, eu prefiro ficar dando umas tacadas nessa bolinha até ela cansar de apanhar e tomar um rumo na vida. Não é nem bolinha de gude já quer ser carambola.  

- Gostei dessa, companheiro prefeito Dió! E quem vai ser o nosso candidato da macacada, em Ipirá?

- A escolha vai ser democrática. Estou contra a minha lista, porque esse negócio de lista de três não dá certo. Não quero pesquisa, porque o ex-deputado tem 35% por cento, então, já tomei uma decisão e a escolha vai ser democrática, vou colocar um ventilador e vou jogar os nomes na sua frente, Tererê, Nainaná, Gilgilgil, o que eu pegar vai ser esse.

- Gostei, companheiro prefeito Dió! Não deixa de não ser uma forma diferente de escolher o que não nos deixam escolher. E o que é que o companheiro tem feito pelo povo de Ipirá?

- Eu nem conto, senador; porque é muita coisa. Agora mesmo, eu estou dando a um eleitor nosso, lá nos Amargosos, um telhado, ripa, peça e até os tijolos sem gastar um só tostão.

- Essa é de mestre. Como é isso companheiro prefeito Dió?

- O eleitor quer um telhado, lá nos Amargosos tem uma escola e um posto médico, então o que é que eu faço, eu tiro o telhado da escola e do posto médico e faço a doação ao eleitor. Assim eu não perco os votos do eleitor.

- Sei não, companheiro prefeito Dió! Já vi que o companheiro economiza demais o dinheiro da prefeitura, assim sendo, onde está os oitocentos mil reais que eu arranjei para o Matadouro de Ipirá.

O prefeito Dió ficou igual à bola vermelha, pensou “agora eu vou levar uma tacada bem no meio da consciência”, ficou de sinuca, o senador mirou e cacetou:

- Como é que é, você vai ou não vai terminar esse Matadouro de Ipirá, para serem abatido bovinos e ovinos? O que é que você está fazendo com tanto dinheiro? Por que esse Matadouro já ficou pronto, já acabou e não conseguiu matar uma codorna?

O prefeito Dió ficou sem palavras, sem saída, sem alternativa. Perdido num mato sem cachorro, balbuciou:

- É porque Cachoeira não deixou terminar.

- Não quero nem saber de Cachoeira nem de ninguém, no meu próximo comício, em Ipirá, na campanha da macacada, eu quero comer carne de carneiro em cima do palanque. Ouça muito bem, o que eu estou lhe dizendo agora – o senador Pinheirão pegou o taco e encaçapou a bola vermelha.

O prefeito Dió sentiu a porrada, gemeu e gritou baixinho:
- Ui, ui, ui! A desgraça de minha vida é esse bicho chamado carneiro, se não fosse isso, eu estava realizado na vida. Não quero o ex-deputado e dá tudo certo. Não quero matadouro em Ipirá e sou encaçapado. Ui, ui, ui. 

Suspense: e agora ? o que será que vai acontecer ? O prefeito Dió está faltando oito meses para deixar o mandato. O sujeito do blog está com a novelinha atrasada doze meses. Mandato para terminar 8 meses. A novelinha para empatar 12 meses. Quem vai terminar primeiro? Quem vai levar a melhor: o prefeito Dió ou sujeito do blog? Agora é que essa novelinha não acaba nunca e Ipirá vai se lascar. Duas coisas de rosca, essa novelinha e o Matadouro de Ipirá.

Leia o capitulo 42 (março 2011) bem abaixo.

Observação: essa novelinha é apenas uma brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência.

Um comentário:

Rogerão da tora disse...

Agildo, quero pedir aos leitores desse conceituado blog que leia com atenção aos meus comentários postados na materia anterior, onde inclusive peço ao Prefeito Diomário, O CANCELAMENTO DO SÃO JOÃO IPIRÁ EM VIRTUDE DA PIOR SECA DOS ÚLTIMOS 50 ANOS. Muitos municípios já tomaram esta decisão e por que Ipirá não?. Para reforçar o que digo, ALÔ SR. PREFEITO DIOMÁRIO, O TCM VAI INVESTIGAR TODOS OS MUNICÍPOIS QUE INVESTIREM RECURSOS PÚBLICOS EM FESTAS TAL COMO MICARETA, SÃO JOÃO ANIVERSÁRIO DA CIDADE, ETC. A materia está publicada no jornal A TARDE de hoje e V. exª jáburlou a dacisão do TRIBUNAL DE CONTAS DO MUNICIPIOS-TCM, AO USAR RECURSOS DO MUNICIPIO DE IPIRÁ ,CONTRATANDO 03 BANDAS PARA COMEMORAR O ANIVERSÁRIO DA CIDADE, ENQUANTO O POVO ESTÁ A MÍNGUA.RENOVO O APELO, REFORÇADO AGORA PELA DECISÃO DO TCM. CANCELE OS FESTEJOS DO SÃO JOÃO EM IPIRÁPOIS DO CONTRÁRIO IREI PESSOALMENTE AO TCM AQUI EM FEIRA DE SANTANA DENUNCIA-LO.E OLHA QUE O SR. JÁ RESPONDE A VÁRIOS PROCESSOS NA JUSTIÇA ESTADUAL E FEDERAL,INCLUSIVE 2 EXECUÇÕES FISCAIS. A PROPOSTO, IPIRÁ PRECISA SABER QUE O PREFEITO DIOMÁRIO, PROTOCOLOU EM 2010 NA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DA BAHIA UM PEDIDO DE PENSÃO EM FAVOR DELE(DIOMÁRIO). DÁ PRÁ EXPLICAR AO POVO DE IPIRÁ EM QUE FOI BASEADO ESSE PEDIDO? AO QUE SE SABE, O SR. DIOMÁRIO NÃO TEM NENHUM VÍNCULO EMPREGATÍCIO COM AQUELA SECRETARIA. OU TÔ ENGANADO? ME AJUDA AÍ PÔ!!!!