A Rádio Ipirá AM está localizada
na Praça do Mercado. Em entrevista na AM, no dia 19/04, o prefeito petista
Ademildo deu uma chapuletada no radialista entrevistador C.B. daquelas de
deixar o sujeito sem chão e de saia justa. Foi uma chamada na chincha na qual o
radialista perdeu o rebolado. Foi um carão, ou melhor, um xirão no melhor
estilo autoridade e subordinado.
No meu parecer, foi uma descortesia
e uma deselegância despropositada do prefeito. O Entrevistador tem que ficar
mais precavido e para a próxima entrevista perguntar antecipadamente ao
prefeito o que ele quer falar. Isso é democracia em alto estilo.
Na mesma entrevista o prefeito
sentou a ripa sem pena nem piedade na pessoa de “J” em presença de seu tio, o
deputado JO. Família é família; é sobrinho; é filho de seu irmão e a união é
uma característica dessa família. No mínimo o deputado ficou pensando: “que
homem é esse! Se ele diz isso de meu sobrinho o que não dirá de minha pessoa?”
Esta é uma suposição minha, levando em conta, principalmente, que os laços
familiares são permanentes e intrínsecos. A desqualificação do sobrinho ausente
e na presença do tio não deixa de não significar um ataque pessoal ao clã e as
pessoas sentem pelos seus; assim sendo, fica a ferida e o ressentimento.
O prefeito petista sinaliza com um
estilo brucutu para a atuação política. Não me parece o melhor caminho. O
prefeito tem necessidade de construir uma base de apoio suficiente para gerir
os destinos do município de Ipirá, principalmente, levando-se em conta que não houve
uma delegação expressa diretamente por votos da população ao prefeito petista
que era vice. Se a atitude do prefeito enxota os seus, ele estará reduzindo e
limitando as chances de governabilidade no cenário que está sendo forjado.
Quanto à questão da transparência
da administração é uma questão prática e constante de mostrar tudo claramente à
população, assim sendo, deixa de ser um simples argumento de subjetividade
afirmativa de autoridade. A administração petista passa por dois gargalos neste
momento: a questão dos gastos da campanha com empréstimos de mais de 200 mil
reais para a boca de urna e o custo de 451 mil reais para as bandas do São João.
Todo cuidado é pouco prefeito! O vício de corrupção dos jacus e dos macacos é
algo assustador e ultrapassa a esfera das licitações, que foi um esquema que
V.Exa. tão bem detectou e salientou na entrevista.
A administração petista prevê
novas mudanças para a Praça do Mercado. Quem sai e quem fica? A prefeitura quer
arrancar os ambulantes e tirar os ônibus que estacionam na praça. A prefeitura
não se pronuncia quanto à retirada das caixas de som nos postes da Praça e da
Avenida.
Tem ação que beneficia socialmente
a cidade, outras prejudicam a comunidade. Os ambulantes estão preocupados com
essa retirada e com motivo. Esta é uma questão social de grande profundidade em
nosso município. Sua raiz está na falta de emprego. A feira livre em Ipirá
ocupa mais de mil famílias ipiraenses e é a base de apoio de uma parcela
significativa da sua força de trabalho, que só encontra meios de sustentar ou
ajudar sua família trabalhando só um dia na semana, às quartas-feiras.
Ipirá é um município pobre e
carente, sendo que, as políticas públicas devem ser aplicadas com o objetivo de
melhorar e facilitar a vida do povo. É crítica e preocupante a situação dos
feirantes do Centro de Abastecimento de Ipirá que tiveram uma queda assustadora
nas suas vendas no dia de quarta-feira e nos outros dias da semana o fracasso
das vendas é total. Sem vendas eles sobem para a Praça do Mercado em busca de
fregueses. É a lei da sobrevivência no mercado capitalista. O balaio é a única
fonte de renda dessas pessoas.
A prefeitura quer organizar; o
povo carente quer sobreviver trabalhando. Nada mais justo e democrático do que
o diálogo. Conversando com os feirantes, eles querem apresentar três propostas:
1. Que os balaeiros se concentrem num espaço escolhido pela prefeitura no fundo
do Mercado de Arte por seis meses.
2. Que na quarta-feira não fique
nenhum vendedor ambulante na Praça do Mercado, nem no fundo do mercado.
3. Que o poder público conceda
audiência aos feirantes para abrirem o espaço ao diálogo.
Na questão dos ônibus, os lojistas
da Praça do Mercado estão contrários a qualquer transferência do local do
estacionamento e com razão. A Praça do Mercado é o principal centro comercial
da cidade. O estacionamento dos ônibus favorece e beneficia esse comércio, uma
mudança atrapalhará. Toda ação efetiva tem que levar em conta a
sustentabilidade e o reforço desse setor comercial, garantindo com isso o
incremento e a estruturação desse centro comercial, que é o mais importante de
Ipirá. Desestruturá-lo significará mais dificuldade para a economia de Ipirá.
Qualquer ação tem que ser bem pensada e bem elaborada. O setor de serviços gera
emprego e renda. É mais do que importante garantir o incremento do centro nevrálgico
do comércio de Ipirá.
Na Praça do Mercado e
ramificando-se na Avenida, colocaram nos postes da Coelba, talvez até de forma
clandestina, caixas de sonorização. Uma coisa sem sentido para fazer
publicidade. O carro de som não fica parado em sua porta, está sempre
deslocando-se, incomoda pouco; a caixa de som não, fica ali na sua porta mais
de 10 h, parado, prejudicando, não deixa ninguém trabalhar, não permite que se
atenda um telefone. Uma coisa sem sentido, ultrapassada, inconveniente, imprópria
e estouvada, que provoca poluição sonora numa cidade por demais barulhenta como
Ipirá. E vem essa geringonça fazer mais barulho ainda.
Está na hora da prefeitura tomar
uma providência e proibir essa coisa estranha que atua em nossa cidade
prejudicando pessoas e aumentando o barulho no nosso dia-a-dia. Começaram com
um som baixinho, mas esse som baixinho não serve para propaganda, aí começaram
a aumentar a sonorização, e hoje está uma coisa insuportável e prejudica de
forma sintomática as pessoas que estão sujeitas ouvir essa carga de propaganda
de forma forçada.
Isso foi coisa da administração do
prefeito Diomário, que de forma contrária ao bom senso e sem olhar para o
ipiraense deixou ou permitiu que isso acontecesse. Por falar no prefeito Diomário
é bom lembrar que ele tomou 7 x 6 em suas contas públicas com ressalvas do
Tribunal de Contas. Talvez os sete tenham votado contra por esses desmandos
administrativos, se não for o caso, pelo fato do prefeito Diomário ter passado
o calote nas Clínicas de Ipirá, em Escritórios de Contabilidade, em Pousadas,
em fornecedores, em trabalhadores. Ipirá precisa de um julgamento preclaro.
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