sábado, 14 de junho de 2014

O ÁS DAS COPAS.

 

Uma semana bem movimentada. O prefeito prometeu refletores para o campo de futebol e foi aplaudido pelo público que ficou em pé nas arquibancadas molhadas.

O prefeito não disse quem pagaria a conta de energia. Um gato ficaria de bom tamanho, pois as rendas não cobrem os custos nem dos jogos diurnos imagine para bancar o preço da energia da empresa espanhola.

Um fato inusitado: inauguração do Metrô em Salvador depois de décadas embaçado. Depois disso, algo extraordinário teria que acontecer.

Quinta-feira, 12, o apagão de energia da empresa privada espanhola começou meio-dia em nossa cidade. Era o dia da abertura da Copa. Ninguém sabia quando retornaria. Um grupo numeroso de pessoas estava se preparando para ir assistir o jogo do Brasil em Pintadas, que tinha energia, quando a referida voltou por volta das 16 h. No povoado de Vida Nova só retornou às 20 h. Vida Nova não viu o jogo. Tarde de prejuízos. Quem vai pagar a conta?

O juiz que apitou a partida da seleção canarinho não foi molestado e recebeu a conta por ter apitado o jogo nos 90 minutos. A torcida endinheirada da área VIP da Arena pensou que a presidenta Dilma era juíza de futebol e tome-lhe xingamento. A torcida que assistia pela televisão não pode fazer nada.

Sexta-feira,13. Quem aqui faz, aqui paga. A gigantesca seleção espanhola deu um apagão no segundo tempo e levou 5 x 1 na caçapa e bem que poderia ter sido um 7 x 3 que são números estapafúrdios da arena Fonte Nova.

Fica na fita um Brasil x Espanha lá na frente. Jogo de cachorro grande para deixar de ser Ás da Copa, porque, aqui prá gente, na Copa tem cada baba que é só fanfarra da FIFA.

Com a mídia cobrindo a Copa, o Black Bloc que deixou de ser o Ás de Copa desde a morte do cinegrafista e só conseguiu um espaço na CNN porque duas jornalistas correspondentes da emissora foram atingidas por estilhaços da polícia.

Nem passou pela cabeça dos mandatários da FIFA botar Ipirá como Ás de Copa, colocando ou sugerindo que a seleção do Irã, lá das regiões secas do Oriente, viesse se alojar no semi-árido ipiraense para verificar de perto como é que a banda toca e como vive a nossa população com seus sheiks.

Não temos mais inaugurações todo sábado como foi prometido pelo prefeito. Nosso matadouro foi derrotado pelo Metrô de Salvador. Perdemos o Ás de Copa. Com uma derrota desse tipo, depois de um ano e seis meses da nova administração, só resta-nos retornar com a novelinha “É DE ROSCA” em estilo mexicano, para glorificarmos o que temos de resistente nesta terra. Vocês podem acabar com o Ás de Copa, mas não inaugurarão essa arena de matar bovino, mais conhecido como Matadouro de Ipirá, nem debaixo da fanfarra da FIFA.

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