quarta-feira, 12 de novembro de 2014

UAU!

Deu chabu. Literalmente, a promessa não foi cumprida. O vestibular era para ser feito em agosto. Não aconteceu. Estamos em novembro, que se encontra amarrado às inscrições. Este ano já foi. O foguete não subiu, chabuteou.

O canto do galo. Indaguei a 480 alunos quem desejava fazer o curso de Matemática à distância; não apareceu uma só alma. Pensei, refletindo: “Se os de casa não se entusiasmam, imagine os da circunvizinhanças! Ninguém quer ser distancieiro.” Indaguei: quantos queriam fazer “cursos universitários” em Feira de Santana? Apareceram 80 passageiros. O Poder Público tem que providenciar mais dois ônibus para o próximo ano. Terreiro que tem galo para cantar, o povo madruga.

Goela abaixo. Sem opção, 400 alunos vão ter que engolir Matemática goela abaixo é o que deseja o poder municipal, da mesma forma que Ipirá vai ter que engolir uma faculdade à distância goela abaixo porque é o que deseja o poder estadual.

Bicuda na canela. Estou pensando em uma turma de 40 alunos fazendo Matemática em Ipirá, à distância, (se é que vão consegui-la. Dois anos consecutivos é totalmente impossível) sem nenhuma vocação, sem nenhum interesse, sem nenhum comprometimento, fazendo-o por não ter outra opção; sem base, sem régua, sem esquadro e compasso. É redemoinho em pé de umbuzeiro, o chão fica carregado de umbu. O curso de Matemática é por natureza complexo, complicado, côncavo e convexo. Na maratona do curso de Matemática nas federais dão partida 40 alunos, cruzam a linha de chegada uma meia-dúzia. Cálculo 2 e 3 engolem 90% dos catedráticos. Em Ipirá, se ensinarem cubar terra já está de bom tamanho.

Comendo coelho por lebre. Ipirá precisa e necessita é de um curso universitário presencial, público, gratuito e de qualidade. Presencial e não à distância. A melhor e mais adequada reivindicação para Ipirá seria um Campus da Uneb, isso não é qualquer outra coisa. Essa universidade à distância não preenche a nossa necessidade e não contempla a nossa precisão. Sem vontade política, os poderes políticos jogam o barro na parede para ver se cola, não percebem que a parede é de taipa.

O grande mico. O prefeito Ademildo apresentou o terreno do campus universitário como se a universidade já estivesse na mão e fosse uma realidade concreta, palpável e verdadeira. Que fora! É nenhuma, meu rei! Entortou a boca. Pagou o maior mico.

Escaldando o gato. Remenda empurrando uma universidade à distância, com um enigmático curso de Matemática e ainda quer que o povo de Ipirá bata no peito e diga orgulhoso: “Ipirá tem universidade”. Uma coisa é indiscutível: Ipirá tem faculdade de Medicina, Enfermagem, Veterinária, Direito, Administração, etc, se eu for citar uma a uma vou levar uma semana, então vou parar por aqui e dizer o seguinte: Ipirá tem todos esses cursos, todos presenciais, porém com a devida ressalva, também é à distância, pois ficam em Feira de Santana, a nossa salvação. Prefeito! Mantenha e aumente o número de ônibus para 2015 e V. Exa. estará sendo coerente, pois está suprindo uma deficiência de nosso município. Sem escaldar o gato, Ipirá continua precisando de uma universidade presencial e pública.

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