terça-feira, 7 de novembro de 2017

É DE ROSCA. (36)

É DE ROSCA. (36)
Estilo: ficção
Modelo: mexicano
Natureza: novelinha
Fase: Querendo imitar Malhação, que não acaba nunca, sempre criando uma fase nova, agora é a do prefeito Marcelão.
Capítulo 36 (mês de maio 2017)(atraso de 6 meses) (um por mês)

O prefeito Marcelão, como qualquer pessoa, estava num dia daqueles, carregado de problemas até a medula e um dos seus maiores problemas, aquele que lhe atazana o juízo, noite e dia, dia e noite, é justamente o Matadouro de Ipirá.

Ele escovando os dentes e o matadouro cozinhando seu juízo; tomando café, o matadouro fica pulando dentro de sua cabeça. Não fique com pena não, como diz o ditado popular “Quem pariu Mateus que balance.” O prefeito Marcelão está com o matadouro 24 h na cabeça e fisicamente, o matadouro está colado no prefeito, tem gente que está pensando que o matadouro é segurança do prefeito.

A campainha personalizada da residência do prefeito tocou aquela musiquinha: “A marreta do 25...” e o prefeito Marcelão foi falando para a sua secretária do lar:
- Se for jacu prá pedir as coisas pode bater a porta na cara.

Não demourou muito a secretária retornou e, toda avexada, foi dizendo:
- Prefeito Marcelão! Um homem com cara de sagüi ta lá fora, ele me disse que ia me processar no Tribunal de Justiça porque eu perguntei se ele era jacu ou macaco e ele saltou com quatro pedras na mão dizendo que desacatar funcionário público no exercício de sua função é crime, que eu tinha praticado discriminação, racismo, bullying, ofensa moral e que eu ia responder por isso.

- Eu sou o prefeito da cidade, quem me desacatar eu processo, não tem conversa.

- Mas eu não desacatei ninguém, ele é quem está no desespero, adispois eu perguntei quem era ele, aí ele disse que era o mangangão da Bahia e ...

- Corre lá secretária Inha, que o homem que tu bateu a porta na cara é o governador Rui; vamos lá, deixa o homem entrar e vamos trazê-lo para a sala de visitas ilustres.

O governador Rui entrou e sentou num sofá bastante confortável e ficou ouvindo as desculpas do prefeito Marcelão para aquele desentendimento inicial, mas que as coisas ficariam nos seus devidos lugares, quando mais uma vez entrou a secretária do lar com mais uma informação:

- Com licença meu prefeito Marcelão, com todo respeito meu governador Rui e me adisculpe pelas incoveniências, mas quero dizer ao prefeito Marcelão que tem um ‘tampinha de binga’ ai na porta querendo falar com o prefeito do município, eu nem perguntei se ele era jacu ou macaco prá não ter confusão, ele tem pinta de candidato almofadinha e eu nunca o vi mais gordo...

- Basta, secretária Inha! Já sei mais ou menos de quem se trata. Governador me libere por dois minutos, enquanto eu vou ver quem é, pode ficar à vontade, bote o chapéu de couro do Malhador e pode acessar a Internet para acompanhar o meu trabalho nessa terra, só não leia um blog de um sujeito que tem aí, porque só trata de novelinha.

O prefeito Marcelão apertou o passo e como suspeitava, era o prefeito Neto, levou-o para outra sala onde eram recebidas as visitas de alta representatividade, depois de um aperto de mão demorado e um abraço acalorado, o prefeito Marcelão disse-lhe.

- Prefeito Neto me libere por dois minutos, enquanto eu vou resolver uma coisa aqui na outra sala, pode ficar à vontade, bote o chapéu de couro do Malhador, pode acessar a Internet e acompanhar o meu trabalho nessa terra, só não leia um blog de um sujeito que tem aí, porque só trata de novelinha.

- Pronto, meu governador Rui! Deixe eu lhe apresentar uma figura muito importante aqui em nosso município, ele tem 25 anos e quem possibilitar as condições para que ele possa trabalhar terá 90% dos votos em Ipirá. Esse aqui é o Matadouro de Ipirá. Agora, meu governador Rui, diga o que é que V. Exa. tem para o município de Ipirá para que eu possa anunciar ao nosso povo. Mas, aguarde um pouquinho, porque eu estou com uma dorzinha aqui na barriga, mas já volto – disse o prefeito Marcelão que saiu da sala rapidamente.

- Pronto, meu prefeito Neto! Deixe eu lhe apresentar uma figura muito importante aqui em nosso município, ele tem 25 anos e quem possibilitar as condições para que ele possa trabalhar terá 90% dos votos em Ipirá. Esse aqui é o Matadouro de Ipirá. Agora, meu prefeito Neto, diga o que é que V. Exa. tem para o município de Ipirá para que eu possa anunciar ao nosso povo. Mas, aguarde um pouquinho, porque eu estou com uma dorzinha aqui na barriga, mas já volto – disse o prefeito Marcelão que saiu da sala rapidamente.

- Pode dizer meu governador Rui, estou atento para suas boas notícias!

- Meu prefeito, Marcelão! O que eu vou fazer por Ipirá é muito melhor do que o que V. Exa. me apresentou. V.Exa. sabe, todo mundo sabe, que eu sou bom em metrô, se eu prometer eu cumpro, o meu governo vai fazer um metrô por baixo do solo em Ipirá, do Ipirazinho até a 20 de Abril. Na Praça da Bandeira, vai ter uma estação subterrânea com lojas, com praça de alimentação e V. Exa. pode aproveitar para fazer aquele sanitário que V. Exa. passou a marreta, ou melhor, aquele não, outro sanitário, com granito branco chinês, tão luxuoso que as pessoas não vão utilizá-lo para não sujá-lo. É como se não existisse. Então, prefeito Marcelão viaje nessa idéia, No subsolo uma estação do metrô. No solo, a Praça da Bandeira e na parte superior, aquele projeto seu da Praça de Turim. Vai ficar tão bonito de ver, que o outdoor só vai prestar se tiver um tamanho que vá da prefeitura até o entroncamento de Pintadas.

O Matadouro fechou a cara e pensou: “um jumento desse vem dizer que vai fazer coisa melhor do que eu! Esse aí, eu não vou matar aqui, nem por um milhão de dólares”.

O prefeito Marcelão soltou um sorriso, de orelha a orelha, com aquela notícia espetacular, voltou a sentir a dor na barriga e pediu licença para sair para aliviar-se do aperto. Foi para a outra sala.

- Pode dizer meu prefeito Neto, estou atento para suas boas notícias!

- Meu prefeito, Marcelão! O meu governo vai fazer mais e melhor por Ipirá, do que aquilo que me foi apresentado até agora. O que eu sei fazer bem feito é festa bem feita, vamos fazer o maior espaço de festa do interior da Bahia em Ipirá. Não tem a Praça Roberto Cintra? V. Exa. é bom na marreta do 25, passe a marreta na igreja, naquele quarteirão onde fica o Bar de Romainho, a escola de César, derrube tudo, não vai ficar nada; no Puxa, passe a marreta em tudo, no prédio de Ailton, na Santa Helena...

- Na clínica Santa Helena, prefeito Neto? A clínica é da família.

- A clínica V. Exa. indeniza bem indenizado porque é clínica, o que for bar e residência bota lá para o lado do Parque de Exposição, lá tem área de sobra. Agora faça uma viagem, no pensamento, na área das duas praças, não tem nada igual no tamanho, em toda Bahia. Vamos trazer até Michael Jackson para dar show aqui.

- Mas, prefeito Neto! Michael Jackson já morreu.

- Fica na tua, prefeito Marcelão! Festa é festa.

O prefeito Marcelão soltou um sorriso, orelha a orelha. e ficou imaginando:” Eu já tenho até o nome para essa praça, ACM; Antonio Colonnezi e Marcelo, sem dúvida essa será a disputa do jacu e macaco em 2020. Ipirá ta bom de se ver, só recebe coisa boa.”

O matadouro ouviu tudo aquilo e enfezou a cara e pensou: “um jegue desse vem dizer que vai fazer coisa melhor do que eu, esse aí não será abatido aqui nem que pague 1 milhão de reais.”

Suspense: Vixe, e agora? Veja que situação: A novelinha tá de correria, quer chegar à janeiro 18 sem nenhum capítulo ematraso atraso. Um matadouro querendo ser obra e um prefeito querendo não ter problema! Onde vai parar uma desgraça dessa?  O que é que eu tenho a ver com o desentendimento do prefeito Marcelão com o matadouro? A novelinha chegou a abril de 2017 agora e o prefeito Marcelão já está completando 2017, e até agora nada.

O término dessa novelinha acontecerá no dia que acontecer a inauguração desse Matadouro de Ipirá. Inaugurou! Acabou, imediatamente! Agora, o artista é o prefeito Marcelão, que foi grande divulgador da novelinha É de ROSCA pela FM.


Observação: essa novelinha é apenas uma brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência. Eles brincam com o povo e o povo brinca com eles.

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