O atual
momento no Brasil não é nada fácil; está muito delicado e complicado. Estamos
vivenciando há muito tempo, um período bastante difícil: de recessão na
economia, desemprego na sociedade e uma situação eleitoral de convulsão
política com duas candidaturas em posição extremada, que poderá detonar a bomba
e piorar ainda mais o quadro atual. O Brasil está dividido e polarizado. O
sinal de alerta está acendendo o pisca. Só não percebe quem não quer perceber.
Nunca
houve no Brasil uma eleição presidencial com uma configuração tão contraditória
e conflituosa como está acontecendo agora. Sem dúvida, a crise política está
com febre alta, com pressão nas nuvens e sinais vitais com debilidades críticas
e visíveis. O desenrolar dos acontecimentos atira a nação para longe da
conciliação, da acomodação e do consentimento, tão apropriada ao gosto do
centro democrático.
Diante
de uma conjuntura tão imponderável é necessário que o cidadão brasileiro fique atento
porque, mesmo que pareça pouco perceptível, esse quadro terá um desdobramento
imprevisível a partir da definição das eleições presidenciais do dia 28 de
outubro, o que aumenta a responsabilidade do ato de escolha do eleitor.
É
chegado o momento da decisão para desatar o nó. E nessa tormenta, o povo
brasileiro vai comparecer às urnas para decidir o caminho que o país seguirá daqui
prá frente. Não se trata de mera brincadeira ou de algo simplório e
insignificante. É o futuro próximo do Brasil que está em jogo. Será definido
através da ação política, com a escolha da mais alta autoridade do país.
Apresentam-se
dois candidatos antagônicos com plataformas diferentes. Duas pontas de lança
para o eleitorado decidir por uma delas. O divisor das águas é conturbado e a
decisão pressupõe uma linha condutora.
Observe
cuidadosamente. Uma candidatura representa a extrema-direita, que pode ser muito
bem compreendida nos seus arroubos, com atitudes desproporcionais, estúpidas e
de brutalidade. “O Supremo Tribunal Federal, a gente fecha com um soldado e um
cabo,” no dizer do filho do candidato, um menino de 33 anos, que foi eleito deputado.
A outra
candidatura, queiram ou não, situa-se no campo democrático e no respeito à Constituição.
Recentemente, sofreu o impedimento da presidente e não reagiu com violência, nem
fora dos trâmites jurídicos.
O que
acontecerá daqui para frente? Não é do interesse do povo que o país fique
alimentado pelo ódio, rancor e raiva, uma combinação explosiva. O Brasil corre
o risco do fascismo dominar a esfera política e não é nada conveniente. Seria brincarmos
no fio da navalha.
O
caminho verdadeiro é o da democracia, com a manutenção da estabilidade jurídica.
O autoritarismo, o militarismo, a intolerância, o obscurantismo e um regime
autocrático de poder será uma roleta russa para essa nação, que se encontra
entre a cruz e a espada, sendo melhor, não dá sopa para o azar. Não pague para
vê e não brinque com fogo.
Uma posição
política equivocada e inconseqüente poderá causar conseqüências imprevisíveis
para o país. Tem que prevalecer o Estado de Direito, com o combate à corrupção e
à violência dentro da Lei e no âmbito da democracia, que exige o equilíbrio
entre os poderes, para que a sociedade brasileira se torne mais justa e melhor.
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