Eu
fiquei observando os mínimos detalhes dos discursos e a festa da vitória; com a
oração antes da entrevista, pensei: “esse capitão é um Enviado de Deus!”
Na sua
fala, o presidente disse que o primeiro ato será a problemática do armamento,
pensei: “esse presidente é um Enviado da Taurus!”
Ninguém
paga para pensar; pensei: “agora, a indisciplina na sala de aula vai acabar.”
No
tempo do PT era assim: a balbúrdia pegando fogo na sala de aula e o professor
querendo e precisando explicar o assunto solicitava educadamente, com toda
gentileza, pisando em ovos, que os alunos fizessem silêncio; pronunciava pacientemente:
“meus queridos alunos! Por favor, façam um pouco de silêncio para que eu possa
explicar e vocês possam entender esse assunto que é de extrema importância para
todos vocês.” Entrou por todos os ouvidos e saiu pelos outros. Continuavam num
fuzuê ainda maior.
Pensando
bem, no tempo do capitão reformado, que vai começar, será assim: quando estiver
acontecendo o maior fuzuê dentro da sala de aula, o mestre solicitará silêncio
e atenção por diversas vezes e não será atendido em nenhum momento. Ninguém
dará a mínima atenção.
O
mestre, naturalmente, ficará inquieto e com a cabeça fervendo; sacará uma pistola
765 da cintura e apontará para a cabeça de um aluno e dará um grito: “CALA ESTA
BOCA FILHO DE UMA JEGA, SENÃO EU TE MANDO PARA O INFERNO!” Na sala acontecerá o
maior silêncio, a turma não dará um pio.
O
mestre deixará a sala de aula bastante recompensado, afinal, não será
atropelado pelo descaso e terá conseguido a disciplina desejada e indispensável
para o exercício do seu ofício. Não perceberá se vai acontecer aprendizagem, mas
quanto ao silêncio! Lá isso, vai acontecer.
Quando
for deixar a escola, o mestre observará que um ladrão está tentando tirar o estepe
do seu carro, sacará a pistola e mandará uma bala na cabeça do indivíduo, que
cairá duro. Não dará em nada, apenas um processozinho besta que será
engavetado, como disse o presidente: “caminhoneiro armado que meter bala no
ladrão do estepe estará defendendo o seu patrimônio.” Nas investigações
descobrir-se-á que era um estudante que queria esvaziar o pneu. Vixe, Nossa
Senhora Santana, mãe de Jesus Cristo! Se tornará num verdadeiro detono. Vamos
deixar esses pensamentos ruins prá lá.
O
presidente Jair Bolsonaro foi eleito pelo voto popular, com a maioria dos votos
válidos, ganhou nas urnas o direito de usar a faixa de presidente. O Temer foi
presidente por um golpe institucional. Agora, a bancada do BBB (bala, boi,
bíblia) chegou ao poder pelo voto. Trata-se de uma extrema-direita que cogitava
exorcizar as urnas eletrônicas, mas que a democracia concedeu-lhes a
oportunidade de administrar esse país. Resta-nos aguardar, na resistência das
causas populares, o tempo que virá.
Em
Ipirá, foram 106 abstenções a menos do primeiro para o segundo turno. Total 43.561
eleitores, só votaram 35.514 eleitores; não comparecendo 8.041 (18,54%)
eleitores.
Em
Ipirá, Haddad teve 82,42% dos votos; Bolsonaro ficou com 17,55%. Deixando bem
claro que o grupo da situação local (jacus) não fez um grande empenho em
conjunto pelo candidato da extrema-direita, ficando o voto individualizado e
voluntário.
Em
Ipirá, 263 eleitores que votaram em branco no primeiro turno, resolveram votar
em um dos dois candidatos no segundo. Dos votos nulos no primeiro turno, 651
eleitores resolveram votar válido e 2.586 eleitores continuaram anulando o
voto.
Fazendo
uma projeção para as eleições municipais 2020: 43.651 eleitores; comparecerão,
35.550, sendo que 350 votarão em branco e 2.600 anularão o voto. Dos 32.600
válidos, a macacada “pensa” que terá 30.000 e jacuzada, por sua vez, “pensa” na
virada, que terá 25.000. Nada disso terá validade, porque daqui prá lá, novos
eleitores serão inscritos e muitos deixarão de existir.
O que
importa, realmente, é que o novo presidente Jair Bolsonaro mostre-se à altura
do mandato que recebeu, respeitando a democracia que o elegeu; as liberdades
elementares para o povo brasileiro e que coloque a Constituição acima de todos.
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