Quebrou a cara quem
procurou o prefeito Marcelo Brandão na virada do ano em Ipirá, para desejar-lhe
um próspero 2019. O homem fez a festa e sumiu. Também pudera, dois milhões de
pessoas em Copacabana, no Rio; um milhão na Paulista, em São Paulo; setecentas
mil em Salvador na Bahia. Ele ia ficar fazendo o que com três mil pessoas em Ipirá?
Pernas e grana pra que os tenho?
Se mandou para Brasília
para a posse do presidente Bolsonaro. A extrema-direita chegando ao poder político
no país. As frases do empossado: “acabou o socialismo no Brasil” quando esse
país foi socialista? “Só se for o vermelho do nosso sangue para defender a nossa
bandeira” dá para entender o quê? “Os inimigos do Brasil tentaram mim matar” tá
querendo confundir e misturar as coisas.
Se a linha política não
tomar as rédeas, esse governo vai se afundar ligeiro. Dá para perceber que
depende do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que diz que “vai surpreender
com diálogo e conversa” e do ministro da Fazenda, Paulo Guedes que mostra uma
linha política: “acabou os trinta anos de governo de centro-esquerda” uma
classificação bem mais correta do que a baboseira dita lá em cima e “a
aplicação de um projeto e agenda liberal” é isso, definiu o caminho e demarcou
a trilha. Resta ver se esse neoliberalismo é coisa boa para o povo brasileiro
ou para as elites e o capital estrangeiro?
Carne de pescoço será
2020. Ano de eleições municipais com a mudança na lei que proíbe coligações na
proporcional. Para prefeito pode todo tipo de ajuntamento de gato com cachorro,
mais cobras e lagartos. Fica tudo como dantes.
Para a vereança, muda
tudo. O vereador de Ipirá que controlar um partido, não poderá fazer aliança e
terá que atingir o coeficiente de (+ ou -) 2.500 votos. Praticamente
Impossível. Vai ter que deixar o partido, ingressar no partido controlado pela
oligarquia e, eleito sendo, tem que permanecer por causa da infidelidade
partidária.
Aquela aliança de partidos
nanicos para aventurar alcançar o coeficiente e fazer um vereador tornou-se uma
carta fora do baralho. Fatiados é impossível. Todos os pretendentes vão ter que
se filiarem num único partido. Não existe outro caminho.
Coloquei tudo isso para
chegar ao PT de Ipirá em 2020. Não tem nenhuma chance de alcançar sozinho o
coeficiente. Nenhuma. Observem que situação. Vai ter que abrir uma janela para candidatos
de baixa votação ou abrir uma porta para candidato com curral eleitoral. Vai
virar sigla de aluguel. O “puro sangue” não terá chance. Se correr o bicho
pega, se ficar o bicho come. Mas é só apertar o nariz que não sente nenhum mal
cheiro.
Em Ipirá, o PT já
administrou o município; teve um vereador representante na Câmara por várias
Legislaturas, na última ficou chupando dedo e para 2020, vai ter que chupar
prego para ver se os transforma em picolé e o Renova, não fica atrás, vai ficar
chupando picolé para transformá-los em prego. Ambos deixaram uma política
independente para ficarem submissos aos interesses da macacada, sem voz, sem
vez e sem vergonha.
Em 2020, o prefeito
Marcelo Brandão aparecerá querendo ser reeleito, se reeleição houvesse, pensando
ainda, que o povo de Ipirá é besta, prá tomar duas marretadas no mesmo calombo
e que basta jogar o milho para a galinha ciscar, que junta todos os pintos em
volta.
O prefeito MB tá perdido
num mato sem cachorro, e o raciocínio é simples e direto: se MB fosse prefeito
de Salvador seria o maior prefeito do Brasil, porque teríamos ‘virada de ano’
com duração de um mês, mostrando que o homem é bom de festa.
Agora, fazer festa
grandiosa de ‘virada de ano’ em Ipirá não dá, a cidade não ajuda: não tem
espaço para setecentas mil pessoas; a Praça da Bandeira é um local
inconveniente, inadequado, inapropriado e sem condições, não é fácil, por isso,
fica tudo bagunçado, atulhado, arrolhado e esculhambado. O que é que o prefeito
MB vai ficar fazendo aqui? Caiu fora, ele não é otário.
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