Do
jeito que as coisas acontecem é necessário uma reflexão mais apurada, com as
devidas indagações, porque tem muita contradição de ambas as partes. As obras
do Estado e da prefeitura demoraram de chegar à Ipirá e quando apareceram
vieram duas para o mesmo lugar e batendo cabeça. Durma com um barulho desse.
Começando
pelos nomes das ruas. Nota do governo do Estado:” 08 localidades:
Praça Ademildo Almeida, Avenida César Cabral, Praça Roberto Cintra, Avenida
Anísio Dultra, Rua Henrique Praguer, Praça São José, Rua Eduardo Reis e
Travessa São José.”
Panfleto da prefeitura:”09
localidades: Av. César Cabral, Pça. Ademildo Almeida, Trav Tiradentes, Pça. São José, Pça Roberto Cintra, Trav. São
José, Rua Henrique Praguer, Rua Valdomiro Lins, Av. Anísio Dultra.
Tudo nos conformes. Isso aí
representa o Centro da Cidade de Ipirá. Existe uma pequena diferença entre as
duas propostas: Travessa Tiradentes e Rua Valdomiro Lins( prefeitura), Rua
Eduardo Reis (governo do Estado). Esta diferença de dois para um ou uma rua não
representa nem meio quilômetro. Altera pouca coisa.
Nota
da prefeitura:” A prefeitura licitou cerca de três quilômetros de asfalto, com
recursos próprios, tendo sido vencedora a empresa BAHIA PAV, no valor de cerca
de um milhão e quatrocentos mil...”
Nota
da prefeitura:” e o governo do estado fez licitação via SEDUR/CONDER, para mais
um quilômetro e meio, aproximadamente, no valor de cerca de 850 mil reais,
através da empresa PAVI SERVICE,”
Nota
do governo do Estado:” A obra está orçada no valor de R$
877.560,18 (Oitocentos e setenta e sete mil, quinhentos e sessenta reais e
dezoito centavos)
Observe
bem: segundo a Nota da Prefeitura, foram licitados três quilômetros pela prefeitura
e um quilômetro e meio pelo governo do Estado. Verdade ou mentira? Tem
veracidade estas afirmativas?
Por que o mesmo espaço apresentado
(levando-se em conta aquela pequena diferença de uma rua) deu uma medição de 3
km (prefeitura) e outra de 1,5 km (Estado). Quem está mentindo? Quem esticou a
rua?
Tem
muita contradição, muita informação desencontrada, o que deixa claro que tem um
mentiroso nessa obraria. O governo do Estado afirma que vai asfaltar o CENTRO
de Ipirá por 877 mil reais e a prefeitura afirma que vai asfaltar o mesmo
CENTRO da cidade por 1 milhão e quatrocentos mil. Quem está com a verdade? Por
que a diferença?
A
prefeitura afirma que vai asfaltar 3 km no centro da cidade por 1 milhão e
quatrocentos mil reais e o governo do Estado diz que vai asfaltar 1,5 km
(metade) do mesmo centro da cidade por 877 mil reais. Quem está com a verdade?
Por que a diferença?
Vale
perguntar: os valores apresentados para o asfaltamento do Centro pelo Estado e
pela prefeitura tem um valor superfaturado? Há, sim! São firmas diferentes e
depende da textura do capeamento do asfalto!Tá respondido.
Uma
pergunta: se o governo do Estado se compromete a asfaltar o centro da cidade nominado,
não importa se é 1,5km, 3,0 km ou 4,5 km, o Estado garante que vai asfaltar o
Centro da Cidade. Para que serve os 3,0 km da prefeitura com recursos próprios?
Outra
pergunta: se a prefeitura de Ipirá garante que tem condições de asfaltar 3
quilômetros no centro de Ipirá, para que serve 1,5 km de asfalto, no mesmo
Centro da Cidade disponibilizado pelo governo do Estado?
Mais pergunta:
Por que a Avenida Anísio Dultra e a rua Henrique Praguer que são asfaltadas
estão mencionadas na proposta do Estado e da prefeitura? Isso é cambalacho?
Tome-lhe
pergunta – Por que a Prefeitura foi tão displicente na nota? “Cerca de 3 km”, “cerca
de 1 milhão e quatrocentos mil”, “cerca de 850 mil” parecendo que tudo não
passa de uma brincadeira e que a informação correta e precisa não tem importância.
O Estado foi muito incisivo e preciso. Colocou o valor até com os centavos. Foi
convincente neste ponto, ou não foi?
Uma
questão ética. Na Nota da Prefeitura tem uma afirmação muito confusa e
contraditória. Diz a nota:” As duas empresas se comunicaram e estão agindo de
forma ajustada, para que o asfaltamento fique uniforme”.
Todas
duas empresas vão receber integralmente os seus contratos? Como é isso? Nenhuma
das duas vai cumprir o seu contrato? A divisão da obra significa não cumprir o
contrato que foi licitado. E aí? Como é que vai ficar isso mesmo?
Olha
bem! É a mesma obra com duas licitações. Isso tem envolvimento com o dinheiro
público e não pode haver um acordo de cavalheiro e ilícito entre duas empresas.
Isso tem cheiro de corrupção.
Uma
das duas vai ter que suspender a sua licitação. Os dois contratos não podem ser
cumpridos na mesma obra, no mesmo espaço, por ter comprometimento de ilicitude.
Ou não é assim?
É
assim que jacu e macaco resolvem os problemas de nossa terra, sempre na
maracutaia. Um dos dois contratos tem que ser suspenso, por uma questão de
ética, transparência, honestidade e respeito ao dinheiro público.
A
ilicitude macula e suja a obra do asfalto do Centro de Ipirá, se vocês (governo
do Estado e prefeito municipal) querem a lisura nas obras públicas resolvam
essa sujeira que está posta, deixem de birra eleitoreira, retirem uma das duas
licitações, a de 3 km ou 1,5 km e realizem 3 km ou 1,5 km de asfalto na
periferia de Ipirá, que tem ruas sem nenhuma pavimentação e não vão ter grandes
benefícios com o asfaltamento do centro.
E
para complicar ainda mais, aparece um deputado chamado Sérgio Brito, fazendo o
papel do ‘bom diabo’ e dando um depoimento favorável ao prefeito Marcelo
Brandão do grupo jacu e outro favorável ao deputado Jurandy Oliveira do grupo
macaco e, com isso, na sua ardilosa tática de ganhar os dois lados acabou
atiçando o fogo do inferno.
O
prefeito iniciou a obra justamente pela Avenida César Cabral, que consta na
obra tamanho G do governo do Estado. Não tem jeito, o governo do Estado vai ter
que se explicar. Tem que se juntar o governador, o prefeito e o deputado para
tomar um bom whiski, de preferência escocês, e explicarem à população de Ipirá,
como é que essa criança, chamada asfalto, tem dois pais.
Um comentário:
Muito boa, a matéria, parabéns!!
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