Não sei por onde
começar. De concreto mesmo, posso afirmar que o asfalto é uma realidade no
centro da cidade, emboramente a obra esteja estancada na Praça da Bandeira, sem
que ninguém saiba dar uma explicação.
É certo que o
prefeito Marcelo Brandão invadiu o projeto do governo do Estado e criou uma
situação de ilicitude de forma ampla para si e para o governo do Estado.
O projeto asfáltico
do governo do Estado, bem elaborado, com planilha de custo, alvará municipal,
recibo do ISS foi transformado em um recapeamento de duas ruas que foram
asfaltadas no período do ex-prefeito Jota Oliveira.
O projeto do Estado
não foi aplicado na forma licenciada, trata-se de um asfalto recauchutado e que
o deputado está escolhendo outras adjacências para o complemento deixando o
centro na obrigação da prefeitura. É muito bolodório.
O certo é que o
governo Rui Costa não tem tido olhos generosos para o município de Ipirá e o
prefeito Marcelo Brandão, faltando nove meses para findar o mandato, tem tido
uma administração pífia em nosso município e isso reflete de forma incisiva no
quadro pré-eleitoral que se aproxima.
No campo da macacada
o rio corre para o mar. Numa calmaria celestial na superfície e numa correnteza
tenebrosa na profundidade, quando a pré-candidata Nina insiste na sua intenção
de ser uma candidata à prefeitura criando certo descompasso dentro do grupo. A tática
da macacada, capitaneada pelo ex-prefeito Diomário Sá, de não lançar a vice
neste momento é a causadora desse reboliço e o principal motivo que provoca a
pororoca no grupo.
Outro fato concreto
que é motivo de grande insatisfação no campo da vereança do grupo macaco foi a
chegada de pré-candidatos do grupo jacu que migraram para a macacada. No ponto
de vista de alguns vereadores prejudicados a coisa é séria, devido à atuação de
um pré-candidato que veio do grupo jacu sem trazer um cabedal de votos
significativo e está dilapidando as bases desses vereadores que se sacrificaram
três anos na oposição ao atual prefeito e, agora, estão vendo suas bases serem
engolidas pela atuação predadora do pretendente a uma vaga na Câmara, que
chegou chegando, talvez até, com o apoio do pré-candidato Dudy, que necessita
ter um vereador do seu alinhamento direto e incondicional. Na verdade, essa
atuação coloca três vereadores atuais da macacada na berlinda ou na boca da
onça. Vence a prefeitura e perde o mandato de vereador, grande coisa!
Ainda no campo
macaco, o deputado Jurandy Oliveira não fraqueja na queda-de-braço com o
ex-prefeito Diomário Sá, que busca manter sua performance de líder
representativo do grupo junto ao governo estadual, mas o concorrente é mourão
de canto, tem mandato na Assembléia Legislativa do Estado e está em alta com a
conquista do asfalto para o centro da cidade. Não tem outra explicação a não
aceitação da pré-candidata Nina Gomes como a vice da chapa, inclusive o
deputado sinaliza de forma positiva, mas o ex-prefeito Diomário é o grande empecilho
e protela a decisão. Pior para o candidato Dudy.
A demora de decisão,
que no final será Nina Gomes, só contribui para aumentar o alvoroço na toca dos
macacos, porque esta pré-candidata está se organizando, ganhando força e espaço
para pleitear com mais firmeza a cabeça da chapa. Quanto mais tempo for
delongado, mais o grupo do deputado vai ganhando gordura eleitoral dentro da
macacada. O deputado já organizou uma chapa do PP para a vereança. Ficou mais
forte e caudaloso para enfrentar a correnteza. Quanto mais demorar a tomada da
decisão da vice, mais a pré-candidata Nina vai ganhando espaço eleitoral e se
fortalecendo dentro do campo macaco e criando condições para exigir a cabeça
dentro ou fora da macacada.
Pelo campo da
jacuzada, o prefeito Marcelo Brandão é hegemônico na candidatura à reeleição, sem
ter nenhum contratempo dentro do seu grupo. Mas a situação eleitoral do
prefeito não é um mar de tranqüilidade, como pode pensar alguns ingênuos; pois
que, é bem diferente e pior do que há quatro anos atrás.
O prefeito tem
perdido muitos eleitores e prejudicou alguns vereadores e apadrinhou outros,
fato que contribui para a falta de empenho em suas hostes. Já declinaram de sua
candidatura: o vice-prefeito, um vereador e cinco candidatos à vereança de seu
grupo. Isso compromete qualquer eleição.
O prefeito Marcelo
Brandão ficou restrito a si próprio, este foi o seu grande equívoco. Não
consegue atrair do campo adversário. Sem aglutinar e deixando de ser esperança
cai na vala comum do agrado aos seus apaniguados. Assim sendo não conseguirá
força para suplantar o quadro de dificuldades.
A arrogância de
qualquer pessoa é destrutiva, pode ser até um prefeito e o dogmatismo é uma
grande cegueira, principalmente se for um prefeito. O prefeito Marcelo Brandão
está num beco sem saída e com poucas chances de sobrevivência política e por
uma pequena brecha dá para visualizar uma reviravolta na política local se o
grupo jacu tiver a esperteza e adotar a tática magistral do ex-prefeito
Diomário Sá, que comprovadamente dá certo em 90% das tentativas, e entregar a
cabeça da chapa da jacuzada a pré-candidata Nina Gomes com o prefeito MB na
vice, aí estaria formada a ‘Chapa do Betume’ com dois projetos de asfaltamento
para balançar o chão da praça.
Como eu não tenho
nada a ver com isso aí e o problema do coronavírus é muito mais importante,
preocupante e contagiante do que o que foi colocado acima; eu tenho a contar é
que encontrei Luís Gambá, uma pessoa do bem, genuinamente uma pessoa do povo,
que não faz mal a ninguém e disse-lhe:
- Seu Luís! Cuidado com
o coronavírus que está matando muita gente.
- Ele que venha que
eu meto bala nele, bala trocada não é crime! – respondeu seu Luís.
- Mas é uma coisa que
você nem enxerga – disse-lhe.
- Não enxerga não! E
prá que é que eu tenho esses olhos?
Não deixa de ser
surpreendente a valentia de seu Luís e a sua ingenuidade espirituosa que brota
do seu íntimo e da pureza do seu Ser. Essa situação é muito delicada.
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