quarta-feira, 20 de maio de 2020

CONTROVÉRSIA DO PREFEITO MARCELO BRANDÃO


Rádio FM, quarta-feira (20/5), o prefeito Marcelo Brandão rebate de forma enfática e incisiva a notícia que tomou conta da cidade de Ipirá no dia anterior: IPIRAENSE, CAMINHONEIRO, COM SINTOMAS DE COVID-19, MORRE NA UPA DE IPIRÁ.
O prefeito MB bateu três vezes na bancada e negou; ao mesmo tempo em que, lascou o X na oposição e nas pessoas que anunciaram a morte do caminhoneiro, devido ao coronavírus: “São pessoas sem nenhum conhecimento, sem nenhuma condição de falar sobre o assunto...”
Revivendo o caso: o cidadão veio do Pará, apresentou os sintomas da doença, foi para a UPA, onde faleceu. Grande parte da população acha que foi o coronavírus.
O prefeito não confirmou. O paciente estava na UPA passando por tratamento para restabelecer sua saúde, que apresentava certa instabilidade, com grave descompensação e com comorbidades. Através de avaliação médica foi indicado a sua transferência para um hospital de maior porte. Nem uma coisa nem outra, veio a óbito.
Por que o paciente não foi transferido para o Hospital de Ipirá, que possui uma ala com respiradores prontos e preparados para atendimento, como disse o prefeito MB?
Por que colocaram o paciente num cadastro na Central de Regulação do Estado e não aconteceu a transferência?
Por que fizeram a coleta de material para o teste de coronavírus, quando o prefeito MB negou com tamanha presteza o contágio? O paciente morreu.
O prefeito MB entrou em controvérsia e em rota de colisão com a verdade verdadeira. E agora José, quem está falando a verdade, o prefeito ou as pessoas? Quem tem gabarito para falar sobre o assunto, o prefeito ou as pessoas? A morte do caminhoneiro foi proveniente de Covid-19 ou não?
Para o prefeito MB, quem passa a informação correta são os meios oficiais de comunicação. O prefeito MB utilizou-se do ‘argumento de autoridade’ e enfatizou a maldade das pessoas ao ligar a morte do caminhoneiro ao Covid-19.
O prefeito Marcelo Brandão não perdeu tempo; mordeu e atacou a oposição. Aproveitou o momento para fazer sua campanha. Elogiou o próprio cangote e colocou como fantástico o atendimento da saúde em sua gestão, que teve um investimento de um milhão de reais e está funcionando de forma espetacular, como nunca aconteceu nestes doze anos da administração da macacada que foi um caos, que deixou tudo sucateado. Na sua administração é outra realidade, até semi-UTI ele providenciou.
O prefeito foi enfático e pintou um quadro favorável ao seu ponto de vista; se essa crise do coronavírus tivesse acontecido no governo da macacada isso aqui seria uma catástrofe, um verdadeiro inferno, mas com a condução eficiente de sua gestão, isso aqui está uma tranqüilidade, um céu. No céu do prefeito MB não tem óbito. O prefeito MB joga com aquilo que ele é bom, com as palavras.
O cidadão veio a óbito, nossas condolências aos familiares. A Regulação da Saúde do Estado é uma espécie de corredor da morte, fruto da limitação da saúde deste país ou da excrescência de algum burocrata. Se a saúde de Ipirá é tão excepcional, como diz o prefeito, porque ainda precisa de se sujeitar à regulação?
O caminhoneiro não fez o teste rápido? A ótima saúde de Ipirá não faz esse teste?
E se o teste for positivo? O que foi que aconteceu? Qual foi o problema? Por que não foi para o hospital de campanha local?
A trajetória da pandemia em Ipirá começou com seis casos de contaminação na nossa comunidade; em seguida, levamos quase 30 dias sem nenhum caso; agora, uma morte (suposta) pelo coronavírus (o prefeito nega) a população afirma.
Aglomeração de pessoas é a melhor situação para o coronavírus se expandir. Em Ipirá, a população enche as ruas pela manhã. Foi e é um grande sucesso as filas da CEF, dos bancos e lotéricas; a Praça do Mercado, o calçadão da Farmácia Santana, o Centro de Abastecimento, o dia da feira livre são bombas biológicas de alta potencialidade. Fique em casa, não dê mole para o perigo.
Enquanto isso, quando o Brasil atinge mais de mil mortes em 24 h, o presidente Bolsonaro ironiza e desce aos porões do protocolo: ”Quem é de direita, toma cloroquina; quem é de esquerda, tubaína”.
Tomando dois litros de tubaína para fazer uma pergunta sobre a saúde: por que os gestores do jacu e macaco não colocaram duas ambulâncias do SAMU para funcionar em nosso município? Por quê? Tomem cloroquina e respondam.

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