(Segunda parte) fique em casa e leia esse manifesto.
Considerando que Ipirá está dentro desse contexto de
dificuldades atuais; o setor manufatureiro do fabrico de carteira, também, já
está sofrendo com a paralisação da produção, diante da queda do consumo nos
grandes centros. No Malhador não se bate mais martelo, a produção está
paralisada. O desemprego se anuncia no setor.
O comércio de Ipirá não terá vida fácil. A crise tem um
significado de queda na demanda. As vendas cairão em vários segmentos. Com uma
clientela substancialmente local, o que demonstra a relativa estreiteza do
mercado no nosso município, que sem dúvida, sofrerá com o atual quadro de queda
drástica na renda da população, devido ao desemprego e a pauperização das
camadas populares, que cairá no círculo do reino da necessidade.
Dificilmente haverá dinamismo relevante no setor
comercial à curto prazo. As dificuldades estarão mais presentes no conjunto
desta atividade econômica, o que gerará desemprego e falências.
A economia de Ipirá vai engatar uma macha-ré. Voltaremos
a uma base econômica primária, com a pecuária sendo a principal atividade
econômica do município. Será uma questão vital. Ainda mais, se levarmos em
conta, a condição da precariedade diante dos períodos de estiagem.
A questão social está alinhavada com a situação
econômica. Com o desemprego e a falta de renda, a situação de pobreza se
aprofundará. Nestes três meses, esse quadro de pobreza será amenizado com o
Auxílio Emergencial. Depois disso, a população ficará entregue à própria sorte;
se sorte existir.
Eu quero atingir a sua alma, a sua sensibilidade,
principalmente a sua razão, porque a sua atitude e ação tem um papel relevante
e imprescindível para a busca de uma saída neste quadro de dificuldades.
Sem bico e sem um trocado para o alimento, a fome baterá
na porta das famílias. Aparecerão as filas para o sopão e para a cesta básica.
Se a situação do agora é de precariedade; o amanhã será uma situação de
agravamento e insuficiência para as camadas populares.
Se Ipirá não incorporar a solidariedade sem interesses
eleitoreiros, no seu corpo social, teremos a gravidade do social ao extremo.
É uma situação antiga dentro de um novo formato para o
nosso município, com toda a sua gravidade. O retrocesso e crescimento ampliado
do empobrecimento constituem um novo e complexo contexto no município e
está acontecendo desde já, no mais breve
espaço de tempo e para um longo período.
Aí vem a questão política municipal em um ano eleitoral,
que poderá ter eleições adiadas pela gravidade do momento atual.
Para que serve a política? Não tenham duvidas, que é para
atender e resolver as demandas e os problemas da comunidade. A situação
desfavorável que está começando poderá se projetar por um largo período, a
depender de ações que sejam colocadas em prática no presente. É ai que mora a
importância da política;
Ipirá tem novos, graves e complexos problemas
sócio-econômicos para serem compreendidos, ajudados e resolvidos através do
Poder Municipal. Neste novo e tenebroso momento, cheio de problemas novos, nada
será como antes. É uma nova situação em Ipirá. Qual é a política para esse
enfrentamento? Para que serve a Prefeitura Municipal?
Quem vai responder a essa nova problemática no aspecto
político? Quem se coloca com disposição e seriedade para enfrentar e buscar a
solução desse problema? Quais são as alternativas que estão à disposição da
sociedade para buscar uma solução?
Ipirá está acorrentado e amordaçado a um sistema
oligárquico, que se apresenta de forma bipolarizada, como jacu e macaco.
A oligarquia do jacu é coisa de família e não tem nada a
ver com as camadas populares. Tem o controle absoluto da família Martins. Está
enraizada há mais de cinqüenta anos. Tem o compromisso infalível e sorrateiro
com os interesses da família. A comunidade não representa nada diante da prioridade
da satisfação do interesse familiar. Tem como postulante a prefeito, o atual
gestor Marcelo Brandão.
A oligarquia do macaco tem o controle de um pequeno grupo
(coisa de meia dúzia de pessoas) e não tem nada a ver com camadas populares. Tem
um compromisso disfarçado e dissimulado com os interesses de uma cúpula que
tira proveito pessoal do bem público. O postulante ao cargo de prefeito é o
empresário Dudy.
Os interesses do povo de Ipirá se contradizem com os
interesses privados de qualquer das duas oligarquias. Tem pessoas que carregam
a ilusão de que a vitória eleitoral do jacu ou macaco representa a vitória do
povo. Mera ilusão. O bem-estar é da cúpula oligárquica e de um pequeno grupelho
de seguidores. A grande massa popular é colocada no esquecimento após o voto na
urna.
O sistema jacu e macaco é um conluio de duas oligarquias que
se revezam no poder municipal.
O sistema jacu e macaco é uma farsa. O individualismo e a
ambição pelo poder destas oligarquias do jacu e macaco se amarram e se entendem
no acordo implícito para usufruírem das benesses, das mordomias do poder e da
receita municipal, principalmente do controle de dez milhões de reais mensais.
É isso que cria ‘olho gordo’, movimenta e mobiliza os grupelhos que se
aproximam do poder municipal. São interesses privados. Os interesses do povão
são coletivos.
Para que tudo isso aconteça, necessário se faz, manter
uma base eleitoral e a força para que isso aconteça dentro do controle das
oligarquias é o trabalho e o clientelismo do vereador. Assim, torna-se possível
o controle, o domínio e a manipulação da população. A regra é a alternância no
poder. O objetivo é dissimulado, no fundo, trata-se de submeter a população aos
caprichos oligárquicos.
O velho, manjado e obsoleto sistema jacu e macaco não tem
como responder a essa problemática atual, por defenderem interesses
individuais, particulares e privados e no momento, o que tem peso, o que está
sendo destruído e machucado são os interesses coletivos de todo um conjunto de
ipiraenses, de toda a comunidade, na sua totalidade e não de uma facção oligárquica
da politicagem, seja jacu ou macaco.
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