sexta-feira, 8 de maio de 2020

MANIFESTO AOS IPIRAENSES E MORADORES DO MUNICÍPIO DE IPIRÁ (parte 2))

(Segunda parte) fique em casa e leia esse manifesto.  

Considerando que Ipirá está dentro desse contexto de dificuldades atuais; o setor manufatureiro do fabrico de carteira, também, já está sofrendo com a paralisação da produção, diante da queda do consumo nos grandes centros. No Malhador não se bate mais martelo, a produção está paralisada. O desemprego se anuncia no setor.

O comércio de Ipirá não terá vida fácil. A crise tem um significado de queda na demanda. As vendas cairão em vários segmentos. Com uma clientela substancialmente local, o que demonstra a relativa estreiteza do mercado no nosso município, que sem dúvida, sofrerá com o atual quadro de queda drástica na renda da população, devido ao desemprego e a pauperização das camadas populares, que cairá no círculo do reino da necessidade.

Dificilmente haverá dinamismo relevante no setor comercial à curto prazo. As dificuldades estarão mais presentes no conjunto desta atividade econômica, o que gerará desemprego e falências.

A economia de Ipirá vai engatar uma macha-ré. Voltaremos a uma base econômica primária, com a pecuária sendo a principal atividade econômica do município. Será uma questão vital. Ainda mais, se levarmos em conta, a condição da precariedade diante dos períodos de estiagem.

A questão social está alinhavada com a situação econômica. Com o desemprego e a falta de renda, a situação de pobreza se aprofundará. Nestes três meses, esse quadro de pobreza será amenizado com o Auxílio Emergencial. Depois disso, a população ficará entregue à própria sorte; se sorte existir.

Eu quero atingir a sua alma, a sua sensibilidade, principalmente a sua razão, porque a sua atitude e ação tem um papel relevante e imprescindível para a busca de uma saída neste quadro de dificuldades.


Sem bico e sem um trocado para o alimento, a fome baterá na porta das famílias. Aparecerão as filas para o sopão e para a cesta básica. Se a situação do agora é de precariedade; o amanhã será uma situação de agravamento e insuficiência para as camadas populares.

Se Ipirá não incorporar a solidariedade sem interesses eleitoreiros, no seu corpo social, teremos a gravidade do social ao extremo.

É uma situação antiga dentro de um novo formato para o nosso município, com toda a sua gravidade. O retrocesso e crescimento ampliado do empobrecimento constituem um novo e complexo contexto no município e está  acontecendo desde já, no mais breve espaço de tempo e para um longo período.

Aí vem a questão política municipal em um ano eleitoral, que poderá ter eleições adiadas pela gravidade do momento atual.

Para que serve a política? Não tenham duvidas, que é para atender e resolver as demandas e os problemas da comunidade. A situação desfavorável que está começando poderá se projetar por um largo período, a depender de ações que sejam colocadas em prática no presente. É ai que mora a importância da política;

Ipirá tem novos, graves e complexos problemas sócio-econômicos para serem compreendidos, ajudados e resolvidos através do Poder Municipal. Neste novo e tenebroso momento, cheio de problemas novos, nada será como antes. É uma nova situação em Ipirá. Qual é a política para esse enfrentamento? Para que serve a Prefeitura Municipal?


Quem vai responder a essa nova problemática no aspecto político? Quem se coloca com disposição e seriedade para enfrentar e buscar a solução desse problema? Quais são as alternativas que estão à disposição da sociedade para buscar uma solução?

Ipirá está acorrentado e amordaçado a um sistema oligárquico, que se apresenta de forma bipolarizada, como jacu e macaco.

A oligarquia do jacu é coisa de família e não tem nada a ver com as camadas populares. Tem o controle absoluto da família Martins. Está enraizada há mais de cinqüenta anos. Tem o compromisso infalível e sorrateiro com os interesses da família. A comunidade não representa nada diante da prioridade da satisfação do interesse familiar. Tem como postulante a prefeito, o atual gestor Marcelo Brandão.

A oligarquia do macaco tem o controle de um pequeno grupo (coisa de meia dúzia de pessoas) e não tem nada a ver com camadas populares. Tem um compromisso disfarçado e dissimulado com os interesses de uma cúpula que tira proveito pessoal do bem público. O postulante ao cargo de prefeito é o empresário Dudy.

Os interesses do povo de Ipirá se contradizem com os interesses privados de qualquer das duas oligarquias. Tem pessoas que carregam a ilusão de que a vitória eleitoral do jacu ou macaco representa a vitória do povo. Mera ilusão. O bem-estar é da cúpula oligárquica e de um pequeno grupelho de seguidores. A grande massa popular é colocada no esquecimento após o voto na urna.

O sistema jacu e macaco é um conluio de duas oligarquias que se revezam no poder municipal.

O sistema jacu e macaco é uma farsa. O individualismo e a ambição pelo poder destas oligarquias do jacu e macaco se amarram e se entendem no acordo implícito para usufruírem das benesses, das mordomias do poder e da receita municipal, principalmente do controle de dez milhões de reais mensais. É isso que cria ‘olho gordo’, movimenta e mobiliza os grupelhos que se aproximam do poder municipal. São interesses privados. Os interesses do povão são coletivos.

Para que tudo isso aconteça, necessário se faz, manter uma base eleitoral e a força para que isso aconteça dentro do controle das oligarquias é o trabalho e o clientelismo do vereador. Assim, torna-se possível o controle, o domínio e a manipulação da população. A regra é a alternância no poder. O objetivo é dissimulado, no fundo, trata-se de submeter a população aos caprichos oligárquicos.

O velho, manjado e obsoleto sistema jacu e macaco não tem como responder a essa problemática atual, por defenderem interesses individuais, particulares e privados e no momento, o que tem peso, o que está sendo destruído e machucado são os interesses coletivos de todo um conjunto de ipiraenses, de toda a comunidade, na sua totalidade e não de uma facção oligárquica da politicagem, seja jacu ou macaco.

Com esse manifesto eu procuro constituir um fato político de importância e de grande significado ou que tenha sentido para a vida da sociedade ipiraense; para sua vida, na condição de trabalhador e de cidadão com direitos oprimidos e reprimidos. Reflita, pare e pense.

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