domingo, 31 de julho de 2011

ADIVINA QOLÉ MINA PROFISSONE. (01)



Esta é a nova série que estou começando e espero que seja interessante ou, pelo menos, reflexiva. Começarei e terminarei com dois fatos passados. São acontecimentos que ocorreram faz certo tempo e já caíram na amnésia coletiva, mas como quero apimentar minha postagem vou utilizá-los, um começando e o outro terminando, sempre, ou vice-versa.



Fato no.1 ocorreu quando os meninos da Vila (do Santos), em seus arroubos infantis, ou quem sabe, vislumbrados na presunção cotidiana, mostravam uma predileção pelo grandioso. Comemoravam na Internet e arrotavam uma grandeza desmedida, mas real e concreta. Comentavam: “O que você ganha num mês, eu gasto de ração com meu cachorro”.



O raciocínio é simples: se eu não estava com eles naquele momento, naturalmente eu estava do outro lado e parando para pensar eu matei a charada. “Não é que é verdade! O que eu ganho em minha profissão em um mês, essa meninada gasta em numa saída noturna; em meia hora de curtição; ou mesmo, levando o cachorro para passar um pente nos pelos.”



Aí eu vou ter que pensar mais do que o que eu penso, ou seja, o que eu ganho num mês é uma merreca na frente do que ganha essa meninada e o que eu faço não deve ter valor nenhum em comparação com o que essa meninada faz; assim sendo, a partir de hoje, nesta série, eu faço um desafio ao leitor desse blog: vou narrar o que faço e quero ver você acertar a minha profissão.



O fato no.2. O Imperador estava sentindo-se muito triste e infeliz, aí não pensou duas vezes, largou tudo como se fosse um nada. Esse tudo era uma coisa simplesinha, mais de um milhão por mês, a cidade de Milão, a vida mansa, mordomia, etc.



Aí eu vou ter que pensar mais do que o que eu penso, ou seja, o que eu ganho num mês é uma bufunfa em comparação com o que o Imperador mandou para os ares, assim sendo, vamos supor que eu esteja infeliz no meu trabalho e se eu não tiver a coragem de jogar tudo para os ares como fez o Imperador, significa que eu estou aprisionado por grilhões escravizadores, que me deixam subalterno ao reino da necessidade.



Mas, para você sacar a minha profissão eu tenho que fazer narrativas sobre ela e eu vou começar contando um fato bem legal. Eu cheguei ao meu trabalho e dirigir-me à sala para executar o meu ofício, da porta eu visualizei a cadeira em que ia sentar-me, percebi que ela estava bem encostada na carteira, que não tinha a lateral e deu perfeitamente para ver um objeto azul em cima da cadeira. Puxei a cadeira e vi que havia um prato de sopa na cadeira à espera do meu traseiro. Acho que dei sorte, porque se eu não tivesse percebido ao chegar à porta, sem dúvida, eu afastaria a cadeira e, bem provável, sentaria sem olhar para o assento. Imagine a situação: meus fundilhos melados por uma sopa gordurosa e os sorrisos a deliciarem-se.



Frustrei expectativas. Estou mais esperto. Procuro estar sempre ligado nos acontecimentos e já mentalizei que porta fechada eu não empurro, porque poderei receber o cesto de lixo na cabeça. Deu para sentir quem está do outro lado e o que vem daqui pra frente? Conclusão lógica e realista: não sou menino da Vila e muito menos o Imperador.



Um comentário:

Lilian Simões disse...

Amigo,melhor ser bombeiro.Saia enquanto há tempo.Vc corre o risco de desenvolver doenças cardíacas e ter problemas como infarto,aneurisma e etc...Lembre-se que entre outros descasos, o professor não é reconhecido em seu papel na formação de qualquer profissional.
Muita sorte,abraço