quinta-feira, 17 de novembro de 2011

É DE ROSCA.




Estilo: ficção


Natureza: novelinha


Capítulo: 38 (mês de novembro 2010) – incrível, apresentação do novo capítulo da novelinha esculhambada com, simplesmente, um ano de atraso e não acaba. Nem satanás acaba essa novelinha.



Início da filmagem.


Neste capítulo, haverá cenas de alta periculosidade, motivo pelo qual, levou a produção dessa novelinha a contratar um dublê para fazer o papel do prefeito Dió e evitar que ele corra qualquer tipo de risco à sua integridade física. Quando o prefeito Dió foi informado retrucou veementemente:


- O que? Por que isso? Na hora de receber rebombada sou eu que levo o sarrafo; na hora da aventura, da vida louca, sou colocado de escanteio. Isso não! Eu já disse, na minha prefeitura quem manda sou eu, não tem esse negócio de dublê não. Na minha cadeira só quem senta sou eu; não tem dublê nem vice e tem mais: o artista dessa novelinha sou eu, no dia em que eu deixar de ser o galã dessa novelinha eu processo o sujeito do blog.



- Nesse caso, não temos responsabilidade pelo que poderá acontecer nessas filmagens de impacto. Aqui, nós temos testemunhas que o prefeito Dió assume toda a responsabilidade pelo que possa acontecer – disse o representante da produção da novelinha.



Filmando na capital baiana.


Estando em Salvador, o prefeito Dió pegou uma carona do irmão Lu até Ipirá. O dia estava ensolarado e quando passaram pela orla da capital baiana, o prefeito Dió mostrando-se inspirado e criativo começou sua explanação:


- Se eu fosse o prefeito de Salvador, eu botava tapume em toda essa orla e mandava fazer umas cafuas daquelas que eu fiz no centro da Praça do Mercado. Isso ia render uma enxurrada de votos.



No Campo Grande.


- Veja, irmão Lu! Que trânsito miserável é esse de Salvador. Se eu fosse o prefeito de Salvador, com a municipalização, eu colocava esse trânsito nos conformes na maior facilidade, isso é muita falta de competência.



Na Fonte Nova.


- Observe, irmão Lu! Que obra demorada e amarrada é essa da Fonte Nova, eu queria ser o governador dessa cidade, prá vê se em uma semana eu não terminava essa obra. Se não terminarem daqui para o início da Copa do Mundo eu colocarei o estádio de Ipirá à disposição da FIFA.



- Olha aqui, prefeito Dió! Se for para falar em política, você pode descer aqui mesmo na Fonte Nova e deixe eu seguir minha viagem sozinho. Eu não quero saber desse hem, hem, hem! Para você conversar menos, vá dirigindo.



- O que é isso, irmão Lu! Depois que o irmão Lu de Camargo brigou com seu irmão Zezé de Camargo, sua vida agora é querer brigar comigo! Eu sou seu irmão, o prefeito Dió! Você está desconhecendo-me, você é meu irmão de coração; irmão de longas jornadas na politicagem de Ipirá. Eu considero você como um irmão de sangue, jamais brigarei com você e não posso ficar contra você, mas você vai ter que considerar que coisinhas bem pequenas fizeram Lu de Camargo brigar com Zezé, mas já fizeram as pazes.



- Ora, prefeito Dió! Tem muita coisa que é marketing e nós vamos ter que preparar o nosso marketing, que vai começar com uma briga entre nós dois.



- O que é isso, irmão Lu! Vamos deixar isso prá lá. Você não sai candidato e eu não me embaraço com a macacada.



- Pode parar o carro, prefeito Dió, você vai andando. Eu não quero saber dessa politicalha.



- O que foi, irmão Lu! Pronto, não vou tocar mais nesse assunto.



Praça de pedágio em Simões Filho.


O prefeito Dió mudou de conversa, mas uma tentação continuava martelando sua mente, sempre levando para aquela coisa que ele tinha que falar e não podia ser em outro momento. O prefeito Dió pensou, pensou, a tentação botou fogo e ele disse:


- Irmão Lu! É minha idéia asfaltar toda estrada que liga os povoados à Ipirá e depois cobrar pedágio. O povo vai pagar, mas vai ter estrada boa, se o povo não se prontificar a pagar vai ficar naquela buraqueira e o pior é que não vai ter prefeito prá dá ouvidos. Quando eu fizer esse trabalho, você não vai ter a menor chance.



- Prefeito Dió! Eu não vou desistir, sou candidato a prefeito e eu vou fazer muita coisa por Ipirá e tem mais, vou fazer uma coisa que você nem imagina que isso poderia acontecer.



Em Amélia Rodrigues.


O prefeito Dió vinha com aquela grande dúvida atormentando-lhe o juízo, sem agüentar o suspense, ele perguntou:



- Você vai fazer o que?



- Vou fazer uma auditoria na sua prefeitura.



Ao ouvir essa intenção, o prefeito Dió perdeu a direção do carro, que saiu destrambelhado, atravessou a mureta e foi para na outra pista, só dando para ouvir o grito do irmão Lu: “cuidado com a carreta”. Era tarde, naquele momento, ouviu-se o baque: “ tibum, bra, bra, bra, pou, buf, brum, prá, prá, pum, catibum, plu, pluc, bummmmmmm”. O carro deu trezentas emborcadas e a carreta passou por cima, só ficou um amontoado de ferro, de forma que o primeiro observador que viu o carro, comentou: “aqui não sobrou nem formiga”. O prefeito Dió saiu ileso. O irmão Lu não sofreu um arranhão. A produção da novelinha providenciou outro carro zero-bala, um corolla, e a viagem prosseguiu. Após vinte minutos estavam em Feira de Santana.



Feira de Santana, em frente à rodoviária.


Refeito do susto, o prefeito Dió voltou à direção do carro e num instante chegaram à Princesa do Sertão, momento em que o prefeito comentou:


- Irmão Lu! Esqueça esse negócio de candidatura a prefeito sem meu apoio; minha gestão é perfeita, era o que Ipirá precisava e o povo reconhece isso.



- Pare o carro, prefeito Dió! Salte e vá para Ipirá de ônibus – falou o irmão Lu de forma alterada.



- Mas, irmão Lu! Pense na situação que você vai criar para minha pessoa. Eu, o prefeito de Ipirá, chegar na cidade de ônibus! O povo vai dizer o que? Esse negócio de andar de ônibus foi coisa daquele tempo, em que eu andava com calça meia-coronha, cingida nos fundilhos, com duas merrecas no bolso e eu era obrigado a viajar na marinete da Princesa do Sertão, mas isso é só folclore pra eu contar em campanha política; hoje, eu sou o grande prefeito e não posso sofrer humilhação diante do povo. Vamos acabar com isso; não vou tocar mais em política, além do mais, é hora do almoço, vamos ali no Rincão Catarinense e deixe tudo por minha conta.



Rincão Catarinense.


O garçom postou-se diante da mesa e ouviu o pedido feito, de forma solene, pelo prefeito Dió:


- Eu faço questão de comer aquele bife de búfalo grelhado, de dois palmos de comprimento, com arroz, feijão e salada.



- Senhor! Não temos carne de búfalo – disse o garçom.



- Não sei porque os produtores de Ipirá não fazem um criatório de búfalo, que é uma carne divina, com grande mercado disponível e só ficam preocupados em criar um rebanho de pé-duro de meio metro de tamanho – comentou o prefeito Dió.



- Senhor! Se o senhor permitir, eu darei uma sugestão ao senhor e vou dizendo que temos carne melhor do que a carne de búfalo – disse o garçom.



- Não vamos perder tempo, vá trazendo logo. É carne de que? – indagou o irmão Lu.



- É de carneiro de Ipirá, senhor – disse o garçom.



O prefeito Dió assustado, atormentado e confuso partiu para o arremate:



- Mas esse carneiro é abatido aqui em Feira, não é?



- Não, senhor! Esse carneiro é abatido lá em Ipirá – confirmou o garçom.



- Você acabou de confessar um crime. Essa carne é clandestina, não paga imposto na minha prefeitura; essa carne é proibida, não pode ser comida, muito menos experimentada e nem pensada em ser saboreada. Ipirá não pode produzir, nem muito menos matar esse bicho horroroso; vou fazer uma lei para que Ipirá só possa criar búfalo e nada mais. Por que é que eu estou vivo ainda nessa novelinha, eu podia ter morrido na virada de Amélia Rodrigues, só na novelinha, é claro. Eu quero desaparecer dessa novelinha, eu quero sumir de uma vez. Êta novela desgraçada é essa novelinha.



Suspense: e agora ? o que será que vai acontecer ? Em quem o prefeito Dió vai dar a próxima facada? Na macacada ou no irmão? Será que não vai ter sangue nessa novelinha? Ou vai ser tudo de mentirinha para aumentar a audiência. Agora é que essa novelinha vai ter briga de irmãos e não acaba nunca. Duas coisas de rosca, essa novelinha e o Matadouro de Ipirá.



Leia o capitulo 37 (outubro 2010) bem abaixo.



Observação: essa novelinha é apenas uma brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência.

Um comentário:

Rogerão da tora disse...

Agildo ganhar 02 porres do Prefeito Dió em menos de 48 horas é demais. O pior é que o Alcáide já pensa até como Presidente do Brasil. Vamos torcer juntos Agildo?. Aí eu canto:PIÓ,PIÓ/ENGANASTE IPIRÁ /AO TRAIR A MACACADA/PRÁ COM O PODER SÓ FICAR/O PIOMÁRIO EM IPIRÁ NADA FÊZ/O PIOMÁRIO EM IPIRÁ NADA FAZ/ELE E O PT/ PASSOU O IPIRAENSE PRÁ TRÁS/PIÓ!!!