quarta-feira, 2 de novembro de 2011

É DE ROSCA.




Estilo: ficção


Natureza: novelinha


Capítulo: 37 (mês de outubro 2010) – incrível, apresentação do novo capítulo da novelinha esculhambada com, simplesmente, mais de um ano de atraso e não acaba. Nem satanás acaba essa novelinha.



Toda novela globeleza tem o seu final com ajustes nos conflitos existenciais dos indivíduos e tudo termina numa boa, com casamento e todo mundo encontrando a felicidade.



Nesta novelinha ocorre do mesmo jeito: tem casamento, não no final, ele acontece no meio da novela que ninguém sabe quando é que vai acabar. O prefeito Dió foi convidado para o casamento do filho de seu irmão Lu e lá compareceu, para abrilhantar o evento com sua magnífica presença.



Filmando. O prefeito Dió chegou ao ambiente da recepção em grande estilo; estava embecado com um smoking preto com lapela de cetim azul escuro e gravata borboleta azul encarnado. Apresentava-se na maior simpatia, exercendo o verdadeiro papel de principal galã da novela. O ambiente estava amplamente sofisticado e o grande salão repleto de gente da mais alta estirpe da sociedade baiana. No majestoso salão o prefeito Dió encontrou-se com seu irmão Lu.


- Você está de parabéns! Essa sua festa, com esse público seleto, é de primeiro mundo. Minhas congratulações aos noivos. Hoje eu estou aqui para abrandar essa vida atribulada que eu levo, só pensando nas minhas obrigações com meus munícipes, então, já disse a mim mesmo, não quero por hipótese alguma falar de política.



- Também pudera, não é prefeito Dió! Você querer falar de política aqui! Eu tenho um vinho especial para você, o Beaujolais-Villages com um paladar muito agradável . Você já provou dele? Pronto, você vai ver o que é um vinho fantástico – disse o irmão Lu.



O prefeito Dió sentou em um local que estava reservado para sua digníssima pessoa. Estava discretamente sorridente e afável, pegou um cálice e tomou o primeiro gole, ao que comentou:


- Realmente é muito bom, mas, lembrei-me de uma coisa muito importante que eu tenho que conversar com meu irmão Lu.



Quando o prefeito Dió tomou o segundo gole de vinho, não agüentou, mesmo sem perceber, levantou-se e foi ao encontro do irmão Lu e disse-lhe:


- Não saia candidato a prefeito de Ipirá, é muito prematuro e precipitado de sua parte e ainda mais pela jacuzada, que está esfacelada.



- Pera aí, prefeito Dio! Isso aqui é lugar e falar em política? – indagou o irmão Lu.



O prefeito Dio sentiu que realmente era um despropósito tocar naquele assunto, naquele instante, desculpou-se e voltou para a mesa que lhe foi reservada. Sentou-se, tomou outro cálice de vinho e lembrou que tinha algo para falar com o irmão Lu, encontrou-o e disse-lhe:


- Irmão Lu! Não seja candidato a prefeito de Ipirá, porque eu não posso e não tenho a menor condição de lhe apoiar, porque hoje eu sou o líder maior da macacada e não posso perder essa grande oportunidade.



- De novo, prefeito Dió! Hoje, eu não quero saber de política – disse o irmão Lu.



O prefeito Dió voltou a sentar-se. Tomou mais um cálice de vinho e relembrou que tinha uma coisa relevante para falar com o irmão Lu e disse-lhe:


- Irmão Lu! Tire de sua cabeça essa idéia de ser candidato a prefeito em Ipirá. Para você ter uma idéia, somente este ano, eu fiz mais de mil casas populares e esse povo está todo do meu lado. Você não vai ter a menor chance.



- Novamente, prefeito Dió, você vem falar de política. Deixe esse assunto para depois. Amanhã conversaremos sobre isso.



O prefeito Dió pensou e refletiu que realmente aquele não era o momento propício para tratar um assunto tão delicado e, naturalmente, seria uma conversa que teria que ser exaustivamente analisada. Voltou e sentou-se à sua mesa para degustar mais um cálice de vinho. Aí, recordou que tinha algo a dizer ao irmão Lu, foi ao seu encontro e disse-lhe:


- Irmão Lu! Desista de ser candidato a prefeito em Ipirá, esse não o momento certo, pois, logo agora que eu trouxe para Ipirá um Campus Universitário e toda a juventude vai votar em quem eu quiser.



- Que Campus Universitário, prefeito Dió? Essa é uma discussão que não é para esse momento, num casamento, em que os noivos já possuem curso superior, não faz sentido conversar sobre isso agora – disse o irmão Lu.



O prefeito Dió sentiu que estava fora de sintonia e retornou para o seu lugar, segurando e tomando mais cálice de vinho, logo veio à sua mente uma coisa que não poderia ficar para depois e foi atrás do irmão Lu e disse-lhe:


- Irmão Lu! Tire de sua cabeça essa idéia de ser prefeito em Ipirá, a conjuntura não é favorável para você e é justamente nesse momento que eu vou trazer uma U.T.I para o Hospital de Ipirá.



_ Novamente, prefeito Dió! Esse não é o local ideal para tratar-se de saúde pública, todo mundo aqui tem plano de saúde, então essa conversa vai ficar para depois – concluiu o irmão Lu.



O prefeito Dió caiu na real, voltou para seu lugar e deliciou-se com mais um cálice de vinho, neste momento, veio à sua mente um pensamento que não poderia deixar de expor ao irmão Lu, procurou-o e disse-lhe:


- Irmão Lu! Desista de ser candidato em Ipirá, porque eu vou construir o matadouro de Ipirá e não vai ter o que os adversários falarem.



- Que matadouro? O matadouro de ovelha? – indagou irmão Lu.



O prefeito Dió mudou de cor, ficou pálido e só teve tempo de dizer:


- Uai, Uai! Eu nunca esperei você me dizer essa palavra. Eu aceitaria de qualquer pessoa menos de você meu irmão Lu – quando terminou de dizer isso, desmaiou com coração acelerado, pressão alta e respiração ofegante.



Um médico que estava presente examinou-o e disse ao público que estava em volta:


- Está passando mal, o caso dele é gravíssimo.



-Vamos encaminhá-lo urgentemente para a U.T.I. do Hospital de Ipirá – deu ordens o governador que estava na cerimônia.



O prefeito Dió abriu um olho e falou:


- Deus me livre dessa má hora, prá lá de jeito nenhum, eu prefiro morrer aqui mesmo – depois de falar voltou a desmaiar.



O médico voltou a dizer:


- Esse caso aqui é gravíssimo, temos que convocar os maiores especialistas do país.



O desembargador que estava em volta deu uma sugestão muito aplaudida por todos:


- Vamos mandá-lo para o Hospital de Ipirá numa SAMUR que ele conseguiu, lá ele vai direto para a U.T.I que ele reivindicou, de forma que seja atendido pelos especialistas do Campus Universitário que ele adquiriu, porque é tudo do bom e do melhor e ele só pode se salvar lá.



O prefeito Dió abriu um olho e disse:


- Eu não agüento isso tudo, não! Isso aí, é pra quando a galinha nascer dentes. Eu morri! Eu tô morto! – desmaiou novamente e fechou os olhos profundamente.



Um malandro, que não se sabe quem, porque nesse ambiente não entra malandro, gritou lá do fundo:


- NÃO SEJA POR ISSO, É SÓ ENTERRÁ-LO NAS GAVETAS QUE ELE FEZ LÁ NO CEMITÉRIO DE IPIRÁ.



Prefeito Dió deu um pinote e disse:


- Lá ele! O cão é que quer ser depositado naquela geringonça fedorenta, não eu! Eu sou é vivo, não sou trouxa. Eu tô burocoxô assim é por causa desse vinho francês, que é de quinta categoria e eu já disse e vou dizer: em Ipirá não tem matadouro nem que eu morra antes do tempo.



Com esse último argumento a cerimônia matrimonial foi encerrada e o público presente aplaudiu de pé o prefeito Dió, porque todo mundo sabe que ele não é lá esse santo todo e nem é muito bom para realizar promessas prometidas, depois de alguns cale-se, que seu irmão Lu, batizou de vinho tinto de sangue. Será irmão contra irmão.



Suspense: e agora ? o que será que vai acontecer ? Em quem o prefeito Dió vai dar a próxima facada? Na macacada ou no irmão? Será que não vai ter sangue nessa novelinha? Ou vai ser tudo de mentirinha para aumentar a audiência. Agora é que essa novelinha vai ter briga de irmãos e não acaba nunca. Duas coisas de rosca, essa novelinha e o Matadouro de Ipirá.



Leia o capitulo 36 (setembro 2010) bem abaixo.



Observação: essa novelinha é apenas uma brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência.

2 comentários:

Rogerão da tora disse...

Agildo vc é d+ esse porre que o Alcáide de Ipirá,(P)Diomário deu no Lú e em pleno casamento do seu filho, acho que nem satanás aguentaria.Mas o "SEU DIÓ", O PIÓ, não é do PR? Ô PROSA RUIM ESSA!KKKKKKKKKKKK!!!!

Rogerão da tora disse...

Cumpade agildo tu ta bom? vou proveitar seu ispaço 1º pra tomá a bença a minha mãe;bença lá mãe Elbaeu só num tô bom porque no meu niversário a Srª mandou meu irmão PÚ(favor não cunfudi com um PUM que tá no finá do caso)Puluca seu filho, comprar um sapato prá eu e a Sinhora avisou a ele que calço 44 bico largo. Recibi o presente mai isqizito de minha vida pois o irmão PÚ num axô o nº 44 e mandô 2 par 22-PR(PROSA RUIM)qui somano dá 44-PRP(Pau Retado no Prefeito)porisso mandei pro Vereador ANÍBAL pois ele gosta de "meter o pau" no Prefeito quando fala na tribuna da CÃMARA Além do mais hoje eu tô no DEM qui é 25 i maió qui o 22.Fiquei sem o sapato prá ir a Sum-Paulo no visitar meu irmão JÚ, seu filho Juvinho qui saiu fujido de Ipirá em 1971 depois de se quebrá falindo a LIVRARIA qui meu finado pai JÚ,seu marido Juviniano(êta nome difirce)qui Deus o tenha, montou prá ele.O disgramado se mandou prá Sarvador se dizendo istudante e se istalou na casa do estudante(PARABÉNS PELOS 40 ANOS)donde depois saiu corrido prá Sum-Paulo promodi não ser preso por dá CANO NO FISCO ISTADUÁ. Sabe cumé né mãe o irmão JÚ era POBRE e pobre dever ao fisco istaduá,acaba em cana.Bença Mãe Elba e mi dá licença que vou prusiá com Agildo e contar a ele como foi qui cheguei a Sum-Paulo viajando de carona com meu sobrinho Railton SARIGUÊ de moto-BOI,qui corria feito doido na Rio-Bahia i eu toda hora gritava:PARI,PARI sobrinho SARIGUÊ qui qero descer prefiro ir de JEGUE mas com tú num vou mai.Fui mesmo de PAU-DE-ARARA, mas quando chegei na capitá o tá do meu sobrinho Railton-sariguê já tava com meu irmão JÚ mi isperando dando cobertura ao meu irmão JÚ qui tava iscundido na rodoviara com medo da puliça ter mi seguido até lá pra prendê ele POIS A DÍVIDA COM O FISCO AÍNDA TAVA NA INTERNET e meu irmão JÚ tava sendo ZECUTADO e o besta achando qui a dívida tinha prescrito pois já se tinha passado mais de 40 ANO I SEU NOME TAVA LÁ COMO SUNEGADOR.Agildo o meu irmão JÚ não mudou nada i tu num imagina o qui ele apruntou pra mim em Sum-Paulo i vou contar ardispois pois chegei aqi em Feira de Santana hoje, tô cansado PRA BURRO e aminhã conto o resto.( ô Prosa Ruim essa sô!!! ESSE CARA É UM MALA!!! É PR MESMO)