segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Ipirá está chupando dedo.




Você quer ver o desenvolvimento e o progresso de Ipirá? Não! (não continue a leitura)


Quais são os motivos que desenvolvem uma região? Vários, entre os quais, a iniciativa privada, mas é essencial, a iniciativa, o fomento e o apoio do Estado.



Um exemplo simples: Mimoso do Oeste era um povoado, prosperou e tornou-se um município pujante, graças a produção.


Ipirá, há muito tempo, é um município, sendo que, sua maior fonte de rendimento são os benefícios do INSS, graças a esses proventos sobrevive e continua sendo um município.



Qual é o município mais desenvolvido: Ipirá ou Mimoso do Oeste? Você pode até dizer que Mimoso do Oeste não existe nem no mapa, assim sendo, fica fácil enganar e iludir as pessoas e, até mesmo, a si própria.



Na minha compreensão, produção é o fator essencial para alavancar e segurar o desenvolvimento. Em Mimoso do Oeste houve o fomento e o incremento da soja e o resultado foi o boom econômico.



Assim sendo, como ipiraense, vamos fazer o desenvolvimento de Ipirá, numa boa. Com o apoio e o dedo do Estado estão sendo feitas em Salvador, a Arena Fonte Nova; vem a ponte Salvador-Itaparica e vamos considerar os portos de Salvador e Aratu. Tudo isso é bomba e tem prioridade, mas fica lá pelas bandas da capitá.



Vamos deixar a capital e partir para o interior: “o Pólo Industrial de Camaçari recebe R$ 1,2 bilhões com a chegada do pólo acrílico, que vai permitir o adensamento da cadeia”, tem mais, “o setor automotivo contará com uma nova montadora a JAC Motors e haverá a atração de novas montadoras e a consolidação do pólo automotivo do Estado”. Mas Camaçari tem um quê de capital, sem discussão. Vamos em frente.



“Outro aspecto positivo é o processo de interiorização do desenvolvimento econômico e social”, até que enfim vem coisa boa para Ipirá. A Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), porto e aeroporto de Ilhéus, tudo muito distante de nossa Ipirá. Vamos para mais perto, vamos para Feira de Santana: “importante centro de abastecimento do Norte e Nordeste, em fase de crescimento, o município está na iminência de sediar uma Plataforma Logística, com a meta ambiciosa de tornar-se o maior centro de distribuição de produtos e insumos do Nordeste, envolvendo as economias de Feira de Santana e Salvador”. Parece que por aqui Ipirá não chupa nem um picolé.



Tem mais coisa para Feira de Santana: “se desenvolver como um pólo logístico regional”, havendo a necessidade de “reforçar a radialização rodoviária, e de implantação de um sistema multinodal, incluindo os transportes ferroviário e aéreo como forma de assegurar o rápido escoamento da produção” neste caso, deverá acontecer “a imediata ampliação do aeroporto de Feira e sua adequação para o transporte de cargas”. Bom para Ipirá escoar o que produzir ou não?



Já que Ipirá não tem vez na industrialização e na comercialização, vamos para um setor que está tendo grande crescimento: “investimentos em extração mineral se multiplicam pelo interior. No segmento de extração mineral, 23 mil licenças de exploração mineral estão sendo analisadas no Estado. 1,3 mil estão em estudo pela Companhia Baiana de Pesquisa Mineral CBPM – são pesquisas importantes como o ouro em Santa Luz, o vanádio em Maracás, ferro em Ibicuí, cobre e enxofre em Juazeiro. As descobertas minerais, somadas a investimentos nas cadeias petroquímicas e de papel celulose devem colocar a Bahia na inédita situação econômica”. Aqui, Ipirá não chupa nada.



Agora, tem coisa boa e Ipirá vai: “a energia eólica está se transformando em uma realidade no Estado e a produção de energia eólica avança rapidamente, em especial, no semiárido baiano fazendo do estado o segundo maior parque eólico do País.” Com tanto vento e tanta terra para alugar e colocar as torres para produzir energia, nem isso Ipirá descola.



Segmentos como turismo, cultura e artesanato, Ipirá não chupa nem uma bala. Ainda tem gente que acha que o Mercado de Arte atendeu a esta perspectiva. Paciência!



Vamos deixar de lado a questão econômica e vamos para outra área: “duas novas universidades federais e os novos institutos federais de educação tecnológica anunciados. Deverão influenciar enormemente na qualidade do desenvolvimento do interior do Estado”. Ipirá foi excluído, não chupou nada, mas quem não tem onça caça com lebre, tem gente que está contente com o CETEP.



Perceberam que pelo crivo do Estado a nossa Ipirá é carta fora do baralho. Isso é real e patente. Resta o grande problema: a questão da social. “O passivo social na Bahia é histórico e de grande amplitude”. O de Ipirá também. “O estado ainda possui o maior quantitativo absoluto de pessoas em extrema pobreza”. Ipirá também. Aí Ipirá chupa alguma coisa?



Nesses programas sociais, também perdemos. Tudo decorre e acontece dentro do Território Bacia do Jacuípe e, por incrível que pareça, o município mais desorganizado, mais despolitizado e mais desmobilizado é o nosso. Por que? Reflexo da politicagem jacu-macaco.



Ficamos com muito pouco ou quase nada. “O Programa Vida Melhor busca a inclusão produtiva de famílias representantes de um universo de unidades de agricultura familiar beneficiarias do Bolsa Família” tem mais, “o programa irá atender famílias em situação de vulnerabilidade e risco social, insegurança alimentar e com baixo acesso aos serviços públicos” tem muito o que fazer em Ipirá, “Programa pretende fortalecer as sete principais cadeias produtivas da agricultura familiar na Bahia” De boa intenção o diabo ficou roxo e de chifre, aqui em Ipirá tem a politicagem do assistencialismo vulgar e rasteiro para desvirtuar e desmanchar qualquer coisa bem intencionada. Em Ipirá, pobre é fabrica de votos e tem muito cabra safado que sobrevive disso.



Você acha que Ipirá vai desenvolver-se nestas condições? Parece que não tem jeito. O Estado está fora. A pobreza é gritante. Você acha que a politicagem jacu-macaco tem resposta e saída para esta questão?


Ou Ipirá entra numa discussão mais profunda, racional e pertinente, ou Ipirá estará caminhando contra a história. A discussão sobre Ipirá esta acima dessa coisa miúda, mesquinha e fanática que é a forma como o sistema jacu-macaco dispõe o município (Antônio ou Luiz?) (o que pensa Luiz ou Antônio?) (Nem eles mesmos sabem, imaginem o povo). Uma coisa é certa: se o Estado está fora, o desenvolvimento de Ipirá está nas mãos de seu povo e se esse debate não acontecer no nível que Ipirá merece, o grande perdedor será Ipirá e sua gente, não se enganem, só restará para Ipirá chupar um prego.

3 comentários:

Rogerão da tora disse...

Agildo desta vez vc exagerou;Ipirá chupar só um prego? discordo.É muito. No máximo,no máximo chupará UM ALFINETE ENFERRUJADO E OLHE LÁ.

Dr.Carvalho disse...

Gratificante é ler suas materias sobre nossa terra.
Infelizmente os doutos sentam-se sobre seus feudos como d"antes.
Sugestão para empresários de Ipirá:
1-Àgua Mineral Fonte Caboronga.
2-Escolas de Formação Profissional(Garçons,Marceneiros,Mestre de Obras,Pedreiros,Armador de Ferragens,Tecnicos em Asfalto a Frio,stc.) segue mais

Dr.Carvalho disse...

Amigo Agildo.Após vossa lição de anatomia dissecando as múmias do semi-árido, ve-se que mostram-se despreparados os senhores politicos que continuam a sentar-se sobre seus feudos.
Ipirá merece mais.
Falta união e politicos jovens e ousados para peitarem os governos estadual e federal em buscas de verbas e fazerem projetos ousados e viaveis para nossa tera.