quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A PREFEITA FALOU.


A prefeita falou e disse. Foi em entrevista na rádio AM (Ipirá Negócios). Foi enfática, clara e objetiva quando disse: ”O afastamento não foi decisão pessoal, não foi escolha minha, foi uma orientação médica”, foi mais precisa ainda: “Em virtude do alto stress enfrentado na prefeitura, sofri picos de tensão e alteração dos batimentos cardíacos” e arrematou: “A exposição a um nível de stress ao qual, neste momento, houve uma reação orgânica e a minha estrutura orgânica mostrou que devia recuar.” O cardiologista não dormiu no ponto, orientou e recomendou o afastamento das atividades da prefeitura.

O afastamento.
“O afastamento das atividades da prefeitura não me impede continuar desenvolvendo atividades habituais, relacionadas a trabalho e ao lazer.”
Comentário: O que pode: fazer atividades profissionais. O que não pode: trabalhar na prefeitura. O que interessa, nesse momento, à maioria da população de Ipirá: são as atividades da prefeitura, isso é um ponto crucial e é justamente o que prejudica a prefeita. O que interessa a prefeita: continuar suas atividades habituais. Compreendemos a situação da prefeita, parece que seu organismo adquiriu fobia ao trabalho da prefeitura, ela tem que fazer o que seu organismo permite que faça.

A solução do problema.
“Motivação do meu afastamento foram repercussões cardíacas frente às atividades da prefeitura e que estão sendo analisadas dentro dos exames até para saber se estas manifestações seriam independentes de estar à frente da prefeitura.”
Comentário: os resultados desses exames vão determinar a atitude da prefeita, se fica na gestão ou se cai fora. É importante que a prefeita aguarde este resultado porque o município de Ipirá precisa de gestores que disponibilizem seu tempo integral ao município e que trabalhe em seu benefício.

A preocupação.
“Como seu organismo vai reagir diante de determinada situação? Não é por não gostar de fazer, mas como determinado organismo vai reagir diante de determinadas situações. A exposição a um nível de stress, neste momento, indicou que deveria recuar.”
Comentário: A pessoa pode até gostar de administrar o município, mas o organismo é quem vai dizer se deve ficar ou cair fora desse balaio de gato. Observem que a forma como o organismo será o fator determinante nas decisões.

A volta.
“Se vou estar de volta ou não? A minha reação orgânica mostrou que deveria recuar, se eu vou voltar ou não neste momento não é uma escolha minha.”
“Continuo e vou continua desenvolvendo atividades habituais: consultório, festas.”
“O desafio da prefeitura estou tendo reações que nunca tive em determinadas situações.”
Comentário: Depende da reação orgânica. O organismo só rejeita a atividade da prefeitura, isso preocupa a população que está tranqüila quanto ao atendimento no consultório, pois não há impedimento. Uma coisa é boa para a saúde e a outra é ruim.
A prudência para a prefeita é diferente da prudência para o município.

Prorrogação.
“Não é necessário aumentar esse prazo dos 30 dias.”
“De acordo com relatórios e conclusão medica para decidir se prosseguir ou não – dilatação de prazo, vou refletir se sim ou não.”
“Não sou eu quem vou tomar uma decisão de prosseguir ou não, vai ser de acordo com relatório médico, depois de uma análise, a representação médica e conclusão medica, do diagnóstico vai sair a decisão de prosseguir ou não”
“Se eu irei continuar ou não? – imediatamente será comunicada a comunidade.”
Comentário: Como? É ou não é necessário aumentar o prazo? É preciso que se tome atitude com firmeza. O relatório médico é quem vai dizer o que fazer; o município de Ipirá não pode ficar a mercê de posições duvidosas para não criar dúvida na sociedade.

A renúncia.
“Não pensei nessa possibilidade de renúncia. A menos que realmente  minha situação  física orgânica não permita que prossiga meu objetivo e eu continue com risco iminente de morte súbita ou seqüelas, aí eu vou pensar nessa possibilidade, por recomendação médica pensarei no assunto. Ainda não faz parte do que eu penso.”
Comentário: Pois pense, e pense com carinho, pois da forma que estão levando a procissão só vai ficar duas opções: o exercício da gestão ou a renúncia, porque esse negócio de afastamento e prorrogação da licença de maneira indeterminada será o caos para o município, pois faltará estabilidade administrativa e isso não interessa por hipótese alguma ao nosso município.

Quem vai decidir tudo:
“Uma investigação diagnóstica mais conclusiva.”
“Acreditem também que este afastamento não é uma decisão pessoal é uma decisão por orientação médica e que a depender desse resultado se eu vou continuar prosseguindo ou não – a vida é mais importante.”
Comentário: Esse diagnóstico é quem vai decidir se a prefeita volta à prefeitura para trabalhar ou se afasta de vez. Ficar protelando por meses, com afastamento prolongado, por meses e mais meses, será uma farsa.

Dependendo da:
“Neste momento meu organismo, não é o meu querer, está impondo esta parada para uma análise e a depender dessa análise ver se eu vou ter condições orgânicas de continuar ou não.”
Comentário: A população espera que a prefeita retorne para a prefeitura com a finalidade de trabalhar, se não tiver condições de exercer a função todo mundo vai compreender a sua desistência. É natural. O que não dá para compreender e engolir é prefeita que não vai na prefeitura cumprir o seu dever, mas fica no consultório atendendo paciente. É para isso que prefeito tem proventos, justamente para não ter desculpa.

A satisfação.
“Gosto de clareza e dou satisfação até demais e até mais do que a que não devesse trazendo à tona manifestação pública meus sintomas algo reservado é preciso ter coragem.”
Comentário: mais do que coragem é uma obrigação. Essa é a grande diferença, na prefeitura a gestora deve satisfação à população e nunca é demais.

A confiança desconfiada.
“Fomos eleitos por um grupo político e o mandato pertence a esse grupo político. O mandato não é dele e não é do PT. Existe o compromisso com um grupo político e temos que cumprir o programa de governo.”
Comentário: Enquanto o vice estiver num mandato-tampão é natural que se mantenha em compromisso com a gestora afastada, pois é esta quem faz as escolhas e toma as decisões, mas na eventualidade do mandato ser efetivado definitivamente ao vice que vira prefeito, vocês estão querendo o quê? Esse novo prefeito passou a ser o protagonista e a macacada será figurante; será o que foi no governo de Diomário, ou vocês querem o quê? Que o novo prefeito seja um boi de presépio controlado por vocês. Isso tudo demonstra a incompetência de quem escolheu uma candidata que não queria ser candidata. Não coloquem a lógica pelo avesso.

Finanças.
“Não existe nenhum problema financeiro, a prefeitura está equilibrada financeiramente se encontra em perfeita condições de firmar convênio, não conta nenhuma inadimplência e não existem débitos como afirmam os comentários maldosos.”
Comentário: prefeita, não coloque a mão em cumbuca! Vá devagar com o andor que o santo é de barro. Sem instalar auditoria não se pode afirmar afirmando. Se V. Exa. retornar já tem um inquérito administrativo a instalar, pois todos esses comentários maldosos foram provenientes da língua da macacada do seu governo. É chato, mas V. Exa. tem essa banana para descascar ou mesmo fazer de conta que não houve nada.

Desmentido.
“Não sofri nenhuma pressão do ex-prefeito Diomário ... sofri alguma pressão de pessoas que trabalharam durante a campanha que estiveram ao meu lado e mim deixaram numa situação difícil e complicada.”
Comentário: contradiz a entrevista de Antônio Colonnezi que disse que não houve nenhum tipo de pressão sobre a prefeita. Houve sim, pressão da arraia miúda. O peixe grande não faz pressão? Ah! Se eu tivesse autorização para colocar o acontecido com dois empresários da cidade!

Em primeira mão.
“O nosso líder Antônio Colonnezi poderá ser candidato, pois em poucos meses não será mais ficha suja.”
Comentário: Como? Pagou o que devia? Foi dispensado? Foi anistiado? Ganhou um padrinho forte? Venceu o tempo? Faltou a explicação.

Opinião: O fundamental é que Ipirá precisa de um gestor que trabalhe com assiduidade, responsabilidade e transparência. Essa é uma premissa essencial para o nosso município. Acredito nas afirmativas da gestora e faço votos para que ela volte para efetivamente e concretamente trabalhar para o povo de Ipirá. Digo isso, mesmo sabendo que o ambiente da política é muito sujo, principalmente, num município onde gasta-se mais de um milhão para tornar-se prefeito. Quem paga o custo da campanha? Quanto custa um mandato? Quanto custa um contrato de gasolina ou de remédio? Quanto custa administrar 6 milhões de reais? Quanto custa uma renúncia? Quanto custa uma campanha política? O que acontece nos bastidores? Quantos acordos são feitos na surdina? Quantos conchavos são estabelecidos? No mundo sujo da política todas essas perguntas são pertinentes, mesmo que “os santos” não as pratiquem. Esqueçam tudo isso, mas não esqueçam de Ipirá.

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