Ipirá vive um momento de dificuldade. Salientando-se:
de dificuldade política. Até mesmo pela falta da verdade. A população não sabe
o que está acontecendo no âmago dos fatos. Qual é a verdade? Não se sabe.
Camuflam-se as coisas. Joga-se com ilações. A população de Ipirá quer, somente
só, trabalho da gestora ou do gestor. A situação de dúvida quanto à
responsabilidade administrativa, ou seja, um estado de ingovernabilidade não pode perdurar em nosso
município.
Um afastamento por problema de saúde! Tudo
bem, a população aguarda o pronto restabelecimento da prefeita! Os
acontecimentos são significativos, principalmente as entrevistas na rádio AM
(estão no Ipirá Negócios). Para você extrair alguma coisa tem que espremer
bastante. E ir o bastante longe também. Lembrei-me do Rio de Janeiro, do tempo
em que Garotinho e Rosinha governaram o Estado. Quem dava as entrevistas pela
governadora era Garotinho. Foi um período de verdadeira calamidade
administrativa. Do Rio de Janeiro para a última campanha em Ipirá, a prefeita
Ana Verena fez uma campanha usando o rosa, um rosinha claro. Para surpresa
geral a prefeita solicitou licença da prefeitura, sem vencimento para não ter
dor na consciência e com direito a exercer suas atividades profissionais fora
da prefeitura sem dor de consciência. O rosinha da campanha vai ficando
esmaecido. Quem deu a entrevista foi o garotinho Antônio Colonnezi.
A entrevista do garotinho Antônio
contribuiu pouco, muito pouco, naquilo que a população quer saber; se tivesse
ficado calado teria sido mais convincente. Quis elucidar a questão pelo lado
mais preciso: “a prefeita está com problema cardiológico”; quis convencer pelo
lado mais precioso: “a prefeitura não está tendo prejuízo, ela não está
recebendo proventos”. Não sei se estou certo, mas é como se quisesse dizer mais
ou menos assim: se ela não está recebendo ela faz o que bem entender, eu
prefiro ficar com a legitimidade do afastamento por ordem de saúde.
Na entrevista o garotinho Antônio salienta
que não houve pressão nenhuma, isso é boato. Boato e boataria. Isso revigora a
hipótese mais coerente: o problema de saúde. Fico triste por não poder colocar
os acontecimentos com dois empresários locais, não tenho autorização para tal,
que não deixam de ser uma pressão para o coração que se sente pressionado. Na
entrevista ele dá a alfinetada: “quem está em crise são os adversários jacus
que já perderam três seguidas”. Então, não existe crise de governabilidade em
Ipirá? Qual é a razão dessa entrevista? Eu não sei onde se assenta a verdade
nesta entrevista, agora eu tenho a convicção de que Ipirá é melhor e tem uma
grandeza bem maior do que esta picuinha mesquinha e medíocre de macaco
fustigando jacu, ou vice-versa.
A entrevista do prefeito Ademildo tem mais
segurança no que diz, no que quer e no que não pode dizer. Foi claro, na medida
em que sendo um “governo tampão” por 30 dias, que representava ali, naquele
instante, um governo da macacada e não do PT e do administrador Ademildo. Quem
esperava outra coisa não estava querendo ouvir a verdade de cada momento.
Quem estava demonstrando grande ansiedade gerada
por alguma expectativa foi o entrevistador Carlos Barral com os dois
entrevistados. Queria saber por cima de pau e pedra se esse governo temporário
seria um governo da macacada, se a administração teria a marca dos macacos em
todos os momentos de sua substituição, se não perderia a griffe macaca no
decorrer dos dias. Ouviu as respostas, suspirou aliviado, mas a dúvida é atroz
e fica azucrinando o juízo. Eu fico até com a intenção de ajudar no
esclarecimento e arrisco: enquanto for um governo de substituição por
afastamento, temporário, provisório, naturalmente, será uma administração dos
macacos, mas no momento em que virá uma gestão efetiva, eu não acredito que o
prefeito se torne um títere, um marionete, um testa-de-ferro da macacada.
Quem não dá entrevista nem a pau é o
ex-prefeito Diomário, perdeu a língua. Eu tenho a impressão que o ex-prefeito
está ficando surdo. Porque, não é possível, se ele estivesse processando quem
está botando o nome dele na lama ia ser necessário mais de dez comarcas, porque
só a de Ipirá não ia dá conta. O que o
grupo do deputado Jurandy Oliveira vem fazendo com o ex-prefeito é coisa de dá
pena, para uns, eu acho pouco. Trouxeram à tona um dos maiores escândalos já
visto nesta terra: o ESCÂNDALO DA SECRETÁRIA DE SERVIÇO SOCIAL. Até no sorteio
das casas populares, feito às pressas, poderia muito bem esperar a nova
gestora, houve fraude, para lacrar as caixas com os nomes foi o maior trabalho
e na hora de retirar os nomes das pessoas sorteadas, a mão que foi para a
caixa, descaradamente, levou um nome preso no dedo. Essa gente corrompe até o
vento. Ainda bem que a macacada tomou juízo e está jogando esta sujeira na rua.
Botem esse troço prá fora.
Terminando, lembro-me de Jânio Quadros, numa
sexta-feira, após terminar o expediente do Congresso, ele entregou uma
carta-renúncia ao mesmo, no corre-corre marcaram uma sessão extraordinária para
a madrugada e aceitaram a carta. Jânio sonhou e ficou esperando a reação do
povo. Perdeu a presidência, uma espécie de morte súbita. Prefeita Ana! Descanse
bem, fique tranqüila, se livre dessa doença perigosa e contagiosa que é o
grupismo jacu e macaco, depois disso, retorne e com sua capacidade e inteligência
faça um governo para o bem da população de Ipirá. Uma administração que tenha
como norte a transparência, a participação e o interesse popular. Ao garotinho?
Dê um bombom para ele ficar se distraindo.
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