domingo, 21 de setembro de 2014

ENTRE A GREVE E A LIDERANÇA.


Outdoor parabenizando o líder. Isso enche a cabeça de ego, ou melhor de egocentrismo. No tempo que pertencia a jacuzada, Diomário era um mero coadjuvante, dos melhores por sinal; quando Diomário chegou ao grupo dos macacos tornou-se prefeito e deu três chapuletadas na jacuzada.

Quando aconteciam eleições para deputado, o então prefeito Diomário colocava o seu vozeirão “VOTEM NOS NOSSOS CANDIDATOS” e conseguia votos, sempre deu uma votação expressiva a seus deputados. Isso é público, notório e reconhecido pelos governantes que estavam de plantão no Estado, seja do Demo ou petista. Que o diga Fábio Souto ou Afonso, os agraciados.

Nestas eleições 2014, o prefeito Ademildo colocou sua voz em carro de som anunciando o seu candidato a deputado federal Afonso, foi a parte que eu ouvi. Coisa de quem quer se projetar como líder, nem que seja de alguma coisa. Mas a coisa é muito mais interessante do que se possa imaginar. De boca a macacada está unida, na prática não.

Observe bem: tem três vereadores do grupo macaco com Fernando Torres; tem mais um vereador com Paulo Magalhães, significa um déficit de quatro vereadores. Tem um líder maior com F. Torres e outro grande líder (Diomário) com Afonso. Isto é divisão ou não? Isso aí justifica aquele argumento da própria macacada “Diomário junta dez, o prefeito Ademildo esparrama vinte.” Tem lideranças da macacada que levanta a bandeira de Paulo Souto, numa contradição imperdoável, porque reforça Marcelo Brandão, o maior adversário eleitoral da macacada.

É nesse panavueiro que o prefeito Ademildo está metido e vem com aquela voz mediana pedindo voto para seu deputado Afonso, quando no próprio grupo a coisa não anda essa maravilha toda nem, tampouco, tão unido como ele disse no comício, até porque, o seu discurso apresenta-se bastante contraditório, quando ataca candidatos que não trouxeram nem uma indicação para Ipirá e com esse argumento cai, também, na madeira os candidatos F. Torres e P. Magalhães e outros. Então é um argumento pueril, contraditório e desnecessário, porque quer excluir pelo argumento de autoridade, fechado e discriminatório. Ipirá precisa de outras representações, até mesmo, para ver se consegue trazer o que Afonso não conseguiu.

Mas, o prefeito Ademildo é assim mesmo, tem uma natureza meio egocêntrica, não gosta de ouvir o que não quer ouvir e pensa que se pode governar metendo pressão e ferro nos funcionários municipais. Estais equivocado, prefeito! Atualmente, o prefeito Ademildo é o maior fomentador da coisa mais atrasada de Ipirá, essa dicotomia perversa, estúpida e atrasada do jacu e macaco. Ipirá não vai prosperar enquanto não superar esse gargalo politiqueiro. Ipirá precisa de política. Não tem prefeitura que agüente bancar e pagar débito de campanha eleitoral da situação e da oposição quando ganha. Isso é um crime que se comete contra os munícipes.

Enquanto o prefeito Ademildo não deixar essa mania de querer ser líder, ele não se apruma. E a coisa é bem simples: Ademildo nunca vai ser líder da macacada, porque o grande líder é Antônio Colonnezi, mesmo em decadência. Ademildo nunca vai ser o líder da macacada junto aos governantes petistas do Estado, porque esse líder é Diomário, por reconhecimento prático e comprovado nas urnas. Ademildo pode ser o prefeito da macacada; lá isso pode, por circunstâncias questionáveis e mal explicadas. Ademildo não será o candidato da macacada; poderá ser um candidato da macacada, engolido.

Está faltando ao prefeito de Ipirá Ademildo engrenar uma política de alto nível. Chegou ao cargo sem um projeto de governo para esse complexo município. Quer porque quer motivar as pessoas pelo ponto do atraso (jacu e macaco). No dia-a-dia vem demonstrando a sua falta de preparo para administrar o município. Por causa de seu descaso com o funcionalismo da área de educação, a categoria dos professores e funcionários da educação entraram em greve por tempo indeterminado.

Ele acusa os professores de quebra de acordo, quando o Poder Municipal solicitou, por ofício, um prazo de trinta dias para analisar o Plano de Carreira. Venceu o prazo e nada. Por que não solicitou um prazo maior? É a perdição na buraqueira. Falta noção das coisas. Falta diálogo.

Que o prefeito tenha capacidade para reverter essa situação o mais rápido possível. Reverter democraticamente e não de forma truculenta, porque o prefeito tem que entender que a greve não tem esse caráter político-eleitoral que ele deseja transparecer, é fruto e conseqüência do descaso do Poder Municipal diante dos interesses dos trabalhadores. Espero que a falta de projeto não se junte com a falta de preparo e venha desaguar na falta de eficácia, porque a greve, é bom frisar, não tem esse sentido da politicagem que o gestor público quer passar. Agora, essa nota é política, se o prefeito entender assim, ele tirará algum proveito da mesma.

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