As coisas estão mudadas. Um Leão apresentava o bonitão e perguntava quem ia votar nele. Parecia um desfile de modelos. Pediram voto para o deputado Jurandy Oliveira, que não estava presente, não podia subir no palanque, mas apareceu no programa eleitoral de Paulo Souto. Não dá para o eleitor entender.
O
candidato Rui deve pensar assim: “A coisa está boa prá mim que tem deputado do
programa de Paulo Souto que apoia minha candidatura.” Por outro lado, Souto
deve pensar assim: “A coisa está tão boa prá mim que tem deputado que apoia Rui
Costa e pulou para o meu programa.” O eleitor deve indagar: “ Ele está lá ou
cá?” Só vai ter certeza após a eleição.
O
palavreado do discurso exalta a sinceridade, a vergonha e a honra da palavra. A
prática confunde-se com uma grande lição de estelionato, de embromação e
enrolação, de como faltar com a palavra e desatar-se da vergonha. A melhor
maneira de tripudiar do eleitorado. Isso jamais seria os ensinamentos da mãe de
qualquer candidato.
O
prefeito Ademildo tem lá suas razões para pedir voto para o deputado Jurandy
Oliveira independentemente da banda de lá ou da de cá. Quem dorme na moita é
coelho, não se sabe quem estará na virada da esquina no mês de outubro.
A
macacada foi assaltada na avenida. Assaltada no bom sentido, foi solapada no
sentido apropriado. Triturada na avenida. Como assim? O grande líder do grupo é
Antônio Colonnezi, que estava presente no palanque, não falou ou melhor, não
deixaram ele falar, quem usou o microfone para falar em nome da macacada foi
Diomário Gomes de Sá, sem procuração, mas com o consentimento do grande líder.
E o que é que tem de errado nisso?
Nada
de mais; simplesmente uma liderança que marca ponto e outra que se ofusca.
Diomário tornou-se o líder representativo, de maior respaldo e consagrado junto
ao governo petista do Estado. Esperto fez alusão aos números eleitorais de
2010, impossíveis de serem alcançados. Perante as autoridades petistas do
Estado marcou presença e reconhecimento como o líder de maior prestígio em
Ipirá. A omissão de Antônio significou o passaporte de liderança junto à esfera
estadual.
A
liderança de Antônio Colonnezi começou na década de 1990 e teve seu momento
grandioso quando enfrentou o malvadeza ACM, que pisou em seu pé e disse: “Almir
vai falar!”. Em ato de insubordinação e rebeldia, desceu do palanque, uma hora
depois montou outro palanque e declarou voto ao candidato contrário. No dia
seguinte, o TCM baixou em Ipirá, Antônio era prefeito, sem comentários voltou a apoiar o candidato do
carlismo por baixo do pano.
Da
renúncia de Verena à omissão no palanque apresenta-se a figura de um líder
político em queda, que se acomoda a uma posição subalterna e secundária, que
prefere usufruir das benesses da zona de conforto em que se encontra. O
político Antônio Colonnezi pode ser vacilante, mas não é bobo. Ele sabe muito
bem quanto custa em dinheiro, em chateação, em aborrecimento, em preocupação e
aporrinhação ser líder de um grupo tipo macaco ou jacu em Ipirá, que tem que
ser mantido e alimentado com dinheiro do bolso, favores e consulta de graça.
Nem o Cão sendo proprietário da Casa da Moeda suporta.
Estamos
vivendo um processo de diluição da liderança de Antônio Colonnezi no grupo da
macacada. Dois estranhos no ninho macaco, o prefeito Ademildo e o ex-prefeito
Diomário botam ‘olho grande’ e ‘passam a mão’ nesse espólio e agem como
carcarás impiedosos comendo os filhotes de macacos no ninho e desta forma
atropelando, negando, eliminando e surrupiando a liderança do líder Antônio.
Não
é à-toa que o prefeito Ademildo, desnecessariamente, mandou o recado: “a
jacuzada não vai nunca mais ver a prefeitura de Ipirá!” Mesmo sabendo que não é
verdade, mas sabendo que as pessoas dos grupos jacu/macaco em Ipirá são
manipuladas e movem-se pelo ódio para defender os interesses de uma minoria que
controla a situação. Ninguém é bobo. Ninguém! A não ser el pueblo de Ipirá, até
quando quiser sê-lo.
Faltaram
os pronunciamentos dos candidatos Luciano Soares e Neusa Cadore! Garanto que
teriam um poder de convencimento bem mais eficaz e realista para a nossa gente.
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