quarta-feira, 3 de setembro de 2014

AVENIDA ASSALTADA.

Sábado,   19h,   palanque armado na Avenida,  muita gente aglomerada, pessoas que vieram de vários lugares, com destaque para Pintadas, Baixa Grande e daqui de Ipirá. O maior comício eleitoral em Ipirá continua sendo o de Waldir Pires em 1986. Estava abarrotado de gente.

As coisas estão mudadas. Um Leão apresentava o bonitão e perguntava quem ia votar nele. Parecia um desfile de modelos. Pediram voto para o deputado Jurandy Oliveira, que não estava presente,   não podia subir no palanque,    mas apareceu no programa eleitoral de Paulo Souto. Não dá para o eleitor entender.

O candidato Rui deve pensar assim: “A coisa está boa prá mim que tem deputado do programa de Paulo Souto que apoia minha candidatura.” Por outro lado, Souto deve pensar assim: “A coisa está tão boa prá mim que tem deputado que apoia Rui Costa e pulou para o meu programa.” O eleitor deve indagar: “ Ele está lá ou cá?” Só vai ter certeza após a eleição.

O palavreado do discurso exalta a sinceridade, a vergonha e a honra da palavra. A prática confunde-se com uma grande lição de estelionato, de embromação e enrolação, de como faltar com a palavra e desatar-se da vergonha. A melhor maneira de tripudiar do eleitorado. Isso jamais seria os ensinamentos da mãe de qualquer candidato.

O prefeito Ademildo tem lá suas razões para pedir voto para o deputado Jurandy Oliveira independentemente da banda de lá ou da de cá. Quem dorme na moita é coelho, não se sabe quem estará na virada da esquina no mês de outubro.

A macacada foi assaltada na avenida. Assaltada no bom sentido, foi solapada no sentido apropriado. Triturada na avenida. Como assim? O grande líder do grupo é Antônio Colonnezi, que estava presente no palanque, não falou ou melhor, não deixaram ele falar, quem usou o microfone para falar em nome da macacada foi Diomário Gomes de Sá, sem procuração, mas com o consentimento do grande líder. E o que é que tem de errado nisso?

Nada de mais; simplesmente uma liderança que marca ponto e outra que se ofusca. Diomário tornou-se o líder representativo, de maior respaldo e consagrado junto ao governo petista do Estado. Esperto fez alusão aos números eleitorais de 2010, impossíveis de serem alcançados. Perante as autoridades petistas do Estado marcou presença e reconhecimento como o líder de maior prestígio em Ipirá. A omissão de Antônio significou o passaporte de liderança junto à esfera estadual.

A liderança de Antônio Colonnezi começou na década de 1990 e teve seu momento grandioso quando enfrentou o malvadeza ACM, que pisou em seu pé e disse: “Almir vai falar!”. Em ato de insubordinação e rebeldia, desceu do palanque, uma hora depois montou outro palanque e declarou voto ao candidato contrário. No dia seguinte, o TCM baixou em Ipirá, Antônio era prefeito, sem comentários voltou a apoiar o candidato do carlismo por baixo do pano.

Da renúncia de Verena à omissão no palanque apresenta-se a figura de um líder político em queda, que se acomoda a uma posição subalterna e secundária, que prefere usufruir das benesses da zona de conforto em que se encontra. O político Antônio Colonnezi pode ser vacilante, mas não é bobo. Ele sabe muito bem quanto custa em dinheiro, em chateação, em aborrecimento, em preocupação e aporrinhação ser líder de um grupo tipo macaco ou jacu em Ipirá, que tem que ser mantido e alimentado com dinheiro do bolso, favores e consulta de graça. Nem o Cão sendo proprietário da Casa da Moeda suporta.

Estamos vivendo um processo de diluição da liderança de Antônio Colonnezi no grupo da macacada. Dois estranhos no ninho macaco, o prefeito Ademildo e o ex-prefeito Diomário botam ‘olho grande’ e ‘passam a mão’ nesse espólio e agem como carcarás impiedosos comendo os filhotes de macacos no ninho e desta forma atropelando, negando, eliminando e surrupiando a liderança do líder Antônio.

Não é à-toa que o prefeito Ademildo, desnecessariamente, mandou o recado: “a jacuzada não vai nunca mais ver a prefeitura de Ipirá!” Mesmo sabendo que não é verdade, mas sabendo que as pessoas dos grupos jacu/macaco em Ipirá são manipuladas e movem-se pelo ódio para defender os interesses de uma minoria que controla a situação.  Ninguém é bobo. Ninguém! A não ser el pueblo de Ipirá, até quando quiser sê-lo.

Faltaram os pronunciamentos dos candidatos Luciano Soares e Neusa Cadore! Garanto que teriam um poder de convencimento bem mais eficaz e realista para a nossa gente.

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