Uma
boa atitude. O prefeito, consciente da importância da medida, disse na ocasião,
que estava cumprindo uma promessa da campanha. É assim que se faz: cumprir o
prometido, nem que tenha que gemer na engomadeira.
Dito
e feito: a prefeitura disponibilizou um ônibus amarelinho (a Lei permite) para
levar 60 alunos para Feira de Santana. Foi o primeiro ano da gestão e o serviço
foi feito a contento.
Quando
a medida é boa, as pessoas aderem e muita gente resolveu estudar em Feira
devido a facilidade proporcionada por causa do transporte público escolar. Nada
mais justo e racional. A demanda cresceu com a oferta do serviço.
Não
era preciso morar em Feira, haveria o trânsito diário de ida e vinda. Este ano,
o segundo do mandato do atual gestor, o número de pretendentes e com direito ao
serviço aumentou para quase 100 estudantes. Existe a necessidade de mais um ônibus
para atender ao crescimento da demanda. A prefeitura tem que dar cumprimento à
promessa de campanha. É aquela situação: “ajoelhou, tem que rezar! Não é assim
prefeito?
Com
o transporte, a tendência é crescer o número de estudante. No terceiro ano do
mandato, haverá a necessidade de outro ônibus e no final do mandato mais outro.
Uma frota de amarelinho. Só haverá uma linha de equilíbrio quando as pessoas
forem terminando os cursos e não precisarem mais do serviço. É bem provável que
a prestação desse serviço fique em torno de três ou quatro ônibus no último ano
de mandato.
Parece
até que o prefeito meteu a mão numa cumbuca. Fica feio ter que abortar ou
negligenciar uma das medidas positivas da gestão. Dá com uma mão e retirar com
a outra, cai muito mal. Fica parecendo que as coisas são feitas nas coxas ou à
toa, sem planejamento, inclusive, sem medir as perspectivas das coisas boas
feitas pelo próprio governo.
Não
atender ao serviço público como deve ser feito e como é pleiteado pelos
estudantes é uma demonstração de incompetência e falta de planejamento. Fica
feio, também, privilegiar os seus e deixar os outros ipiraenses chupando dedo.
Isso seria um caso de exclusão e não conta com o amparo legal, inclusive, pode
ser um motivo para o Ministério Público agir em defesa da equiparação e
universalidade dos direitos. Organização e estrutura devem ser os principais méritos
da medida do governo municipal.
Uma
historinha rápida e simples: quando Caetano foi prefeito de Camaçari pela
primeira vez, só havia dois médicos no hospital local e não havia filas, porque
o povo não comparecia ao hospital. O prefeito colocou em pauta uma mudança
radical na área de saúde do município, contratou cinqüenta médicos. O povo
passou a comparecer ao hospital, as filas surgiram e, com elas, vieram as
reclamações. Toda tentativa é válida. O certo é que: ajoelhou tem que rezar.
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