Carnaval
já foi. Vem aí o São João mabaço da Copa. Logo, logo, Eleições. A rodilha da
cascavel está no ponto. A boca da onça vai triturar. A macacada é o grupo da
vez em Ipirá, está no poder municipal. Não está no céu, nem no inferno, mas
pena no purgatório.
O
grupo da macacada vivencia uma crise de liderança no âmago da oligarquia, na
medida em que, Antônio Colonnezi sofre em demasiado as conseqüências da renúncia
da ex-prefeita Ana, quando ocorreu uma quebra de confiabilidade; um desrespeito
à vontade e ao desejo do eleitor macaco; uma traição à profunda deferência,
consideração e reverência com que esse líder sempre foi tratado dentro das
hostes macacas. Qualquer renúncia tem sempre esse gosto amargo de traição e
desencanto; arranca esperanças, despedaça perspectivas e rasga sonhos. O
sentimento que ficou foi o de uma decepção profunda.
Uma
liderança é demarcada pela confiança que passa. O líder Antônio Colonnezi não
representa, para muitas pessoas, aquele de que se espera algo e em quem se
deposita expectativa e que se acredita na promessa. É uma liderança que já
atingiu o ápice e desce em queda latente em direção a uma chefia mediana.
A
macacada carece de liderança puro-sangue. Nesse vazio, tem gente que se esforça
por fazer-se reconhecido como líder: Diomário e Ademildo são dois pretendentes,
embora, nenhum dos dois tenha o pedigree
‘macaco da gema’. Isso, também, é de pouca servetia. Diomário é ninja. Se
existir macaco dessa raça ninja, um deles é Diomário. Ademildo é aquele que
ocupa a mais alta posição hierárquica nos organismos oficiais. É o macaco da
caneta.
Diomário
está bem na fita. Reconhecido na gestão municipal atual, tem lastro garantido
em vários setores da administração. Tem grande reconhecimento na esfera
estadual. É um exímio articulador das questões domésticas. Tem duas façanhas no
costado. Uma super conhecida, a condução do último processo eleitoral, quando
manipulou a candidatura da macacada do jeito que quis, fez mudanças na hora que
bem entendeu, quando ninguém entendia, era o senhor de um processo autofágico.
Criou o vazio da liderança. O líder Antônio sofre o desgaste, Diomário
salvou-se e é o redentor dos macacos, gostem ou não.
A
outra façanha não se sabe quem foi o mentor, mas com quase certeza foi do
mestre dos mestres. Cinco vereadores macacos fizeram contato com o deputado
federal Torres e foram bem receptivos. Um líder macaco procurou Afonso, que
procurou Rui, que procurou Wagner, que procurou Torres, que procurou os cinco
vereadores e acabou a recepção. Os vereadores vão ter que apoiar Afonso. Se é
que foi assim! Essa parada foi de ninja. Não se sabe se foi Diomário porque ele
tem um álibi convincente. Diomário comemorou aniversário e, também, fez uma
operação e o deputado Afonso foi incapaz de telefonar, nem para parabenizar e
muito menos para saber como estava passando o ex-prefeito. Afonso ouviu a
repreensão por telefone. Esse fato tirou a certeza e concretizou a dúvida.
O
prefeito Ademildo está na rodilha do cascavel. Afonso, na última eleição, teve
10 mil votos. Se cair para 5 mil a culpa é de quem? Para o prefeito ficar legal
na foto o federal tem que bater na pule dos 10 mil. Agora, é que é problema, o
estadual Jurandy Oliveira teve 8 mil votos na eleição 2010. Se baixar, quem leva
a culpa? Diomário é que não é, muito pelo contrário, ficará legal na foto
digital.
Eleições
nessas condições representam uma desgraceira na gestão de Ademildo. Ter que
apoiar Jurandy Oliveira! Tai uma aposta boa, com três opções: não apoiar de
jeito nenhum; apoiar da boca prá fora; botar nariz de cera e apoiar. Eu,
particularmente, acho que o apoio vai ser na base do “faz de conta”. Que essa
cata de votos vai ser uma fuxicaria do cão! Lá isso vai. Só o mestre dos
mestres tem condições de resolver esse parangolé.
Mas,
vamos tirar o prefeito Ademildo desse inferno e vamos colocá-lo no céu. Ele
ficou laite no rádio, deixou de lado aquela obsessão contra o Conexão Chapada.
Está inaugurando as obras deixadas pelo mestre dos mestres; realizando a meta
de trabalhar para a juventude, focando o esporte, com doze quadras, um recorde;
repensando e cuidando das praças com intervenções, também, uma prioridade; uma
agencia regional do INSS no meio da Praça Santana para atender as populações
das cidades circunvizinhas (filas, estacionamento e barulho na madrugada para
os moradores locais); o esgotamento sanitário, a maior obra de 40 milhões (na
gestão anterior era 30 milhões, quando a firma brocar a cidade, vai fazer
movimento paradista e dizer que o dinheiro não deu, vão querer aditivo para 80
milhões. Quando esse negócio vai terminar? Nem o prefeito sabe); a estrada da
mata recebendo cascalho. É só alegria, mas sem a risadinha não será o grande líder
da macacada.
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