sábado, 1 de março de 2014

CARNAVAL EM IPIRÁ.

Quem é o prefeito de Ipirá? Ademildo Almeida. Quem seria o melhor Rei Momo para Ipirá? O ex-prefeito Diomário Sá, por ser tarimbado e grande conhecedor da folia.

É carnaval, cidade! Na Câmara de Vereadores temos dois blocos: o da jacuzada e o da macacada. O prefeito não se encontra muito à vontade com o bloco de vereadores da macacada, que sempre tem alguém querendo pular de galho, inclusive cinco deles já subiram nas Torres F, o que não agradou em nada ao bloco do Afonso. Problema em bloco é barril.

O prefeito entregou a chave da cidade ao Rei Momo, que governará no período momesco. A primeira providência foi procurar o bloco do Rui Afonso para derrubar as Torres F e parece que conseguiu. Sendo verdade! Vai ter vereador caindo das Torres F igual a umbu maduro no tempo da safra, caindo sem máscara e abadá, aí vão ter que entrar no bloco do Afonso, senão ficarão fora da folia.

Resolvida essa pendenga, o Rei Momo tomou outras providências momescas: puxou o líder do governo na Câmara para a Secretaria de Infraestrutura; abriu uma vaga para a primeira suplente fazendo com que o segundo suplente passe a ser primeiro, assim abre espaço para que se tire do bloco dos vereadores macacos aquele que cria problema e chateia o prefeito. Tirar como? Fazendo feitiço e acendendo vela no pé do caboclo, para que o sujeito tome uma topada e caia fora. Um Rei Momo tudo consegue. Rei é rei até no baralho embaralhado.

O bloco que ficou de fora do carnaval foi o da Praça Santana. Um vereador do bloco macaco falou que a Praça Santana foi o único lugar que eles acharam para instalar a Agência do INSS. Eu considero esse argumento pífio e engana-tolo, pois essa doação trata-se de crime de prevaricação, cometido por prefeito que indevidamente deu, de mão-beijada, uma área de uma praça pública para o INSS grilar, porque pensou que era o dono da cidade. Depois vem o outro prefeito e aumenta a doação. Eu nunca vi tanto sujeito bom; com o que não é dele! Vá ser bom assim lá no inferno!

Uma coisa é certa: vão construir um monstrengo no meio da Praça Santana, com carnaval ou sem carnaval. Pode custar dois ou dez milhões, representa a modificação da estrutura e a transformação da praça em estacionamento e quatro ruas. O vereador disse: “Ah! O prefeito falou com representante dos moradores!” Que papinho mais furado. O que está prevalecendo é o poder plenipotenciário dos prefeitos das oligarquias jacu e macaco e do prefeito atual que faz questão de não rezar em outra cartilha.

Para ser democrático e honesto com a população da cidade e com os moradores daquela praça, o mais justo seria buscar o parecer de um urbanista idôneo, porque afinal de conta, fazem mais de 30 anos que ocorreu essa doação e a realidade é absolutamente outra, principalmente na questão do trânsito, tráfego, mobilidade urbana, adequação dos equipamentos públicos, etc. Se fizerem uma coisa “à migué” entorta tudo.

Outra coisa respeitosa para com o bloco dos moradores da praça seria fazer uma Audiência Pública, com o acolhimento de votos de todos os maiores de 16 anos e residentes da praça, para termos a decisão popular, que é mais justa e digna do que a de um prefeito concentrador de poder achando que é o “Salvador da Pátria.” Esse tipo de administrador erra e não é pouco. Veja o exemplo do ex-prefeito Diomário, que pegou aquela área entre a fábrica Paquetá e o posto August’os e construiu casas populares. Um grande equívoco, uma cagada elevada a enésima potência. Prejudicou imensamente Ipirá.

Arrombou Ipirá! Como? Não ouviu ninguém, fez como manda o poder centralizado em um só desejo e transformou em moradia o melhor local para ser implantado e impulsionado o pólo coureiro no município de Ipirá, com a fábrica de calçados e a concentração de toda a produção de carteira naquela área. Seria uma área altamente estratégica. Mas, não! Tome-lhe casas populares, que poderiam ser implementadas em outra área, que é o que tem de sobra em Ipirá.

O ex-prefeito Diomário foi um agente do atraso em Ipirá. Oito anos de uma administração que não deixou nada de significativo na demarcação da estruturação para o desenvolvimento e progresso real do município, visando, principalmente, o aspecto da geração de renda e trabalho efetivo. Foi um provedor do programa de casas populares com trabalho temporário. Ipirá manteve-se como um município receptador de benefícios e do assistencialismo.

Faltou e falta em Ipirá, investimentos públicos em ações que se desdobrem em criação de riqueza. O município que desleixa da produção e supervaloriza o assistencialismo não tem futuro, isso não vale só para chineses, vale para aqui também. Em uma sociedade complicada como a de Ipirá, a pessoa beneficiada com casa popular e sem trabalho é um problema sério, não só no carnaval.

Já deu, não tem jeito e, também, não tem outro lugar. Essa idéia tão estúpida quanto a doação que tem 30 anos e não consegue ser transparente em uma nova realidade. Observem bem. Duas mudanças que pareceram exóticas na sua época, hoje estão gozando de uma aceitação plena. O famoso campo de futebol, conhecido como Campo do Garrancho, onde hoje é o CETEP, foi transferido para o Estádio que hoje, fica lá na Várzea. Na época, foi um assombro: “como é que se constrói um campo na casa do chapéu?” Hoje, é outra realidade.

Outra mudança, também contestada, foi a da sede da prefeitura para o pasto de Aristóteles. Parecia que o mundo ia acabar. “O prefeito tá doido!” Não é nada não, hoje o prefeito atual deve respirar aliviado, só de imaginar onde iria colocar a maior frota de tratores e máquinas já vista no município. É assim prefeito! É necessário que se pense no futuro próximo. Construir uma praça para o INSS poderá ser mais eficaz para o desenvolvimento e o progresso do que construir o INSS na praça. E isso não é preciso rei momo para orientar e resolver a pendenga.

Nenhum comentário: