quinta-feira, 28 de abril de 2016

O MACACO TOMOU JEITO

O prefeito Ademildo solicitou afastamento por três meses (até 26 de julho), depois retornará e completará o mandato até 31 de dezembro. Nesse tempo, até o retorno, tem que acontecer as Convenções Partidárias para escolher os candidatos ao pleito municipal. Depois, desse prazo, o prefeito Ademildo retornará, justamente, no período da campanha eleitoral. E o que é que tem a ver? A macacada sabe que tem diferença. São duas situações. Entenda o jogo.


Primeira situação: parágrafo 5 do artigo postado anteriormente: “Uma novidade, nestas eleições 2016, não haverá dinheiro do município de Ipirá para bancar qualquer candidatura. Pela primeira vez teremos os jacus e macacos sem dinheiro público...” com Ademildo prefeito será assim.


Segunda situação: sem Ademildo na prefeitura, com o grupo da macacada chefiando a gestão isso cai por terra, poderá haver uma farra com o dinheiro público na campanha eleitoral. Poderá haver! (isso é motivo suficiente para o baixo clero da macacada tocar foguete até ‘uma zora’). Com a macacada poderá ser assim. Esse é a pegada no jogo de interesses.


Com Ademildo na prefeitura não acontecerá, com dinheiro público, aquela vergonhosa compra de votos e títulos na véspera das eleições. Com a macacada na prefeitura essa ignomínia voltará com força, inclusive com dinheiro público, porque a cúpula (jacu/macaco) já absorveu esse crime eleitoral como um fator decisório do pleito, não percebendo que é coisa criada pela malandragem dos dois grupos para extorquirem os candidatos. Estão entendendo a diferença?


Vamos ao assunto principal. Com o afastamento do prefeito Ademildo, a macacada ficou mais folgada, tomou jeito, e três pré-candidaturas ressuscitaram e poderão ficar vivas por três meses.


A reeleição do prefeito Aníbal, se houver a predisposição de deixar uma vereança garantida para o próximo período legislativo em troca de uma eleição duvidosa para o Executivo.


O pré-candidato Dudy, que vai e vem, deverá tomar suspiro por saber que poderá contar com apoio numa campanha, que no seu ritmo, custará os olhos da cara.


Uma terceira pré-candadatura é a do deputado Jurandy Cyretran Oliveira, que mesmo sem chance nenhuma de vitória, tendo quem ajude a bancar ele prontifica-se, até mesmo, para meter a colher no angu e desandar o mingau criando atrito e confusão na própria macacada.


Exemplificando para você entender melhor. Se o São João 2016 fosse feito pela gestão Ademildo gastaria o mínimo, dentro das condições do município, com atrações de casa e algumas de médio porte, para um público cativo que lota a Praça José Leão em todo São João.


Sendo o São João 2016 uma ação da gestão macaca, em ano eleitoral, sem dúvida, buscará impressionar com grandes atrações e com custos superiores a um milhão de reais, o que deixaria uma propina que representa crime de prevaricação de mais de 10% para o atravessador que contactar as bandas, abrangendo um público cativo que lota a Praça José Leão em todo São João e mais quinhentas pessoas atraídas pela atração maior.


Voltando a questão eleitoral. A macacada isolada e sozinha não tem a menor chance nessas eleições 2016, principalmente devido ao desgaste natural de doze anos de administração. Se não fizer aliança com o PT estará derrotada por antecipação. Mesmo em aliança com o PT, a situação da macacada é indigesta porque a conjuntura é desfavorável.


Salientando que para o pleito eleitoral de 2016 deverá acontecer a aliança do PT e o Renova, a macacada pode tirar o cavalinho da chuva porque já foi, pode dar adeus ao poder municipal sem saber quando o terá de volta e Diomário sabe muito bem disso, agora, a macacada sendo um grupo mais aberto poderá ampliar esse leque de aliança e se aproximar da candidatura Renova e PT para tentar criar uma dificuldade para a candidatura Brandão. E não é coisa fácil.


Aí quem tem paixão por macaco ou jacu vai à loucura. Eu até compreendo aquelas pessoas que por necessidade tem que ser cativo. É a natureza da pessoa. Não nasceu para ser livre e independente. Não tem porque pensar e refletir de forma desassombrada. Está preso aos interesses pessoais, às necessidades da subsistência, às carências do dia-a-dia. Está acorrentado ao sistema. O grupo é tudo; é a salvação e o louvor; é sagrado e perfeito. O indivíduo não é nada; a cidadania não é coisa digna; a consciência é para ser negada.


“Aqui só existe jacu e macaco”. Assim eles dizem. A renunciante Ana Verena, que não nasceu nessa terra, nem aqui foi criada e não tem porque ter paixão por grupo, recebeu do grupo da macacada uma quantidade de votos que a levou ao poder municipal. No entanto, renunciou e não fez pelo grupo da macacada o que o grupo esperava dela.



Sem dúvida, para ela, o grupo da macacada não é nada e nada representa; é uma coisa insignificante; é um trem ordinário; é um estorvo que suga a seiva e cobra um preço imensurável aos seus guias. A individualidade é a plenitude, é liberdade, é propósito de vida burguesa, é emoção em grau elevado. Tomar a frente da macacada foi um caso fortuito e esquecido. Concluo dizendo que o sistema jacu e macaco não é o céu e pode ser o inferno para muita gente e até mesmo para o município de Ipirá, desde quando se torne o seu entrave.

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