Eu gosto de questionar e o desfecho é um direito de qualquer pessoa.
Por que tanto protocolo para o dia das Eleições (15 de novembro)?
Distanciamento social; máscara; álcool gel; não ter biometria; etc e tal.
Por que uma reunião com a participação de oito pessoas tem que
ser, quase que obrigatoriamente, virtual e não numa sala, guardando o devido
distanciamento, dentro do fórum? Simplesmente, por ser uma reunião de notáveis.
Eu pergunto isso, porque o sinal falhava e o som estava baixo, o
que dificultava a audição. A reunião era para decidir sobre a movimentação da
campanha política, inclusive a movimentação de mais de 20 mil pessoas nas ruas
de Ipirá, nas alucinantes carreatas (a cobra de aço), devidamente liberadas e
legalizadas.
O capitão Hugo dos Prazeres argumentou sobre as dificuldades e
os embaraços que o sistema de segurança enfrenta nessas ocasiões. A Justiça
lavou as mãos, afirmando que não estava ali para impor nada, apenas mediava. Os três advogados,
representantes das coligações encaminharam a proposta afirmativa. Agora a
responsabilidade tem nome, endereço, registro da OAB e autoridade.
Engraçado é que o representante da macacada apresentou um pacote
fechado e pronto, com os devidos dias de seu interesse e definindo o último
domingo da campanha para a sua grande e magnífica carreata. Em todas as
eleições anteriores eram realizados o devido sorteio.
A esperteza da macacada está aflorada. Abriu a campanha com uma
carreata antes de qualquer decisão. Se problema houvesse, pagaria uma multa de
dezessete mil reais e seria a única coligação a fazer a carreata. Ninguém sabia
o que seria definido na Justiça, aguardava-se a reunião.
A esperteza da macacada continuou com um argumento chulo de que
foi o primeiro a apresentar e protocolar um cronograma e por isso tinha o
devido direito ao reconhecimento do direito. O carro da macacada anda adiante
dos bois; quando os outros foram buscar o caju a macacada já vinha com a
castanha. Se fosse outra coligação que o fizesse, aceitaria? Sem dúvida, faria o
maior pripocó para que houvesse sorteio.
O representante da jacuzada comeu mosca e aceitou reverentemente
a imposição da macacada e defendeu que a entrega do santinho fosse realizada
com luvas, máscara, protetor facial, só faltou dizer ‘com
aquela vestimenta dos profissionais da saúde que trabalham em UTI’ isso,
depois de ter defendido a liberação das ruas de Ipirá para uma aglomeração de
mais de 20 mil pessoas, naturalmente, sem a menor condição de proteção. Entenda
como quiser.
Dois locais foram escolhidos para a concentração de gente em
tempo de pandemia. Gente de todas as regiões e povoados deste município vão se
juntar num único local. Pau Ferro para a macacada e Malhador para a jacuzada.
Serão os anfitriões, sem nenhuma consulta prévia. Não haverá nem medição de
temperatura. Tudo isso sem a menor proteção e todos entreguem à própria sorte.
Pau Ferro e Malhador na mira da jacuzada e macacada, que não
sejam metas do coronavírus. Depois as ruas de Ipirá serão vias das maiores
concentrações de gente em 2020, em uma grande fuzarca, em tempo de pandemia. É a adoção do efeito manada, bastando para tal ter alguém contaminado e ninguém
sabe quem.
O ponto máximo da polaridade entre jacu e macaco são as
carreatas. É aqui que mora a emoção e a grande contradição do sistema do jacu e
macaco. Essas mais de 20 mil pessoas em grande aglomeração do jacu e macaco
agora, ficarão distantes do poder municipal do jacu e macaco, qualquer que
seja, não por distanciamento social, mas para o distanciamento social.
Todos comparecem porque querem, são adultos, maiores e sabem o risco
que correm, poderão dizer. Parece razoável, mas tem muita criança e
adolescentes que são levados pelo entusiasmo. Por que as escolas não funcionam
em Ipirá?
Encerro com uma pergunta da Juiza Eleitoral: “as
coligações dos senhores são vacinadas contra a Covid-19?” A
esperteza e a estratégia de dominação da população ficaram meio embaraçadas,
mas quando a resposta ia ser dada, o sinal da Internet caiu. Que pena!
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