quinta-feira, 8 de outubro de 2020

O HOMEM QUE DESCOBRIU IPIRÁ


 Quem acompanhou o debate dos prefeituráveis de Ipirá percebeu que o desempenho do candidato Hugo Baiano (PDT/PCdoB) foi muito bom e que Marcelo Brandão (DEM) jogou com a bola levantada na área, corria para cabeceá-la e pedia aplausos da torcida.

 

O candidato Hugo Baiano trafegou pelo campo propositivo. O candidato Marcelo Brandão preocupou-se com a prestação do inventário de sua gestão.

 

O prefeito-candidato Marcelo Brandão pensa, sempre, massageando seu próprio ego e faz questão de colocar-se como o homem que descobriu e colocou Ipirá no paraíso. Ele acha que sua gestão abriu a porta do céu e Ipirá virou um lugar para se ter orgulho de aqui viver

 

Essa Ipirá do prefeito Marcelo Brandão é outra Ipirá, fruto da sua fantasia de visionário que tenta fazer do seu sonho uma moeda de troca a qualquer custo.

 

A realidade é outra. O Índice de Desenvolvimento Humano em nosso município é baixo e o reino da necessidade de nossa população é alto.

 

O Ipirá que este próximo gestor vai governar a partir de janeiro 2021 será um município totalmente diferente deste município administrado por jacu e macaco por quase um século. Estaremos atolados na recessão, talvez depressão econômica, com inflação, e desemprego avassalador, além da queda da receita pública. Dificilmente o país se livrará dessa situação que já começou a dar os seus passos nesse momento.

 

Bom de conversa e de papo, a estratégia mental do prefeito MB é simples: baixar a madeira e arrepiar prá cima dos doze anos da macacada e encher de ar e insuflar a sua gestão para as nuvens. Sugerir e insinuar para o povão acreditar. Se colar, colou. Foi disso que o candidato Dudy ficou com medo e capou o gato.

 

Na argumentação de MB, os doze anos são tempos do Capeta. Terra arrasada; escombros e desmantelo; destruição e devastação. Tudo reduzido a quase nada, à beira das cinzas.

 

Depois de doze anos de plena catástrofe, tinha que aparecer o Messiasou o Salvador da Pátrianão podia ser de outra forma. Ipirá precisava ser salvo dessa ignomínia macacaniana. Eis que surge a gestão MB, uma das grandes maravilhas deste Universo, que não seja, mas assim ele pensa e pensa que os outros pensam assim. Assim funciona o seu mecanismo mental para a criação de fantasia, sonhos, ilusão e enganação. Se colar, colou. Cantando e contando vantagem ele foi ao debate.

 

Saúde: ele disse que encontrou uma estrutura completamente deteriorada e que deu um passo grande e relevante ao aparelhar a saúde de Ipirá gastando R$ 1.377 mil reais na compra de equipamentos, requalificação e reformas. Disse que fez a reforma total do hospital, com ala para a Covid-19, a UPA está com 100% de funcionamento e todos os PSf foram reformados.

 

Ipirá não conseguiu colocar em funciomento duas ambulâncias do SAMU  (doze anos sem funcionar, com quatro do atual prefeito). A saúde de Ipirá não será diferente, enquanto não deixar de ser uma moeda de troca utilizada pelos vereadores em busca de votos.

 

Educação: ele disse que foi o governo que mais prestigiou o magistério e valorizou o professor como nunca aconteceu nestes último doze anos e requalificou escolas.

 

O entendimento anunciado deixou de lado os funcionários que trabalham nas escolas e todo pagamento foi parcelado, como compra por cartão de crédito, em parcelas a perder de vistas, sem a certeza de que não vai faltar dinheiro na conta do pagador.

 

Segurança Pública: ele disse que a criminalidade reduziu muito na sua administração e que o crime caiu significativamente no município.

 

Uma coisa para estudo por especialistas.

 

Assistência Social: disse que a juventude está inserida no mercado de trabalho em sua administração, devido a escola do SENAI e que o primeiro emprego, esquecidos pelas administrações passadas na sua gestão é um acontecimento, seja visto, a empresa CSL.

 

Essa economia do jeito que está, caminha muito mais para o desemprego do que para o emprego em massa. A situação é bastante preocupante.

 

Entretenimento para geração de renda: disse que esta foi uma de suas principais ações.

 

Não fez uma festa junina que fosse, pelo menos, uma festa genérica de Santo Antonio de Jesus.

 

Acesso a água potável: disse que seu governo fez vários mananciais de represamento de água, coisa que não foi feita por doze anos.

 

Pode até dizer que a chuva em sua administração acabou a seca. Quem tem boca diz o que bem entende.

 

Casa do Estudante: disse que a de Salvador só tem 19 residentes e que para Feira de Santana se deslocam mais de duzentos estudantes e que seria interessante uma residência nesta cidade.

 

Parece que ele quer fazer uma casa de estudante em Feira de Santana para duzentas pessoas, pelo menos, esse foi meu entendimento. Os universitários que se deslocam para aquela cidade, em sua grande maioria trabalham em Ipirá. A queda de moradores na residência de Salvador é conseqüência das gestões locais não fazerem a reforma da casa, incluindo até os gestores que foram residentes um dia.

 

Ipirá tem muito problema, mais problemas até do que pensa o grande estrategista Diomário Sá que achou que debates não têm serventia, nem para que a população ipiraense perceba as contradições do atual gestor. O candidato Dudy tem que perder o medo e sair do controle em que foi colocado por seus marqueteiros, que dizem: não indo ao debate perderia dois pontos percentuais e comparecendo perderia cinco.Coisa sem fundamentação e lógica, porque com sua ausência Ipirá perdeu muito mais do que um simples percentual.

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