è É permitida a propaganda eleitoral na Internet das
seguintes formas:
*
Em sítio do candidato / partido / coligação, com endereço eletrônico comunicado
à Justiça Eleitoral e hospedado, direta ou indiretamente, em provedor de
serviço da Internet estabelecido no País.
è Na propaganda eleitoral na Internet é vedada:
- propaganda veiculada em sítios de pessoas jurídicas, com ou sem fins lucrativos, oficiais ou hospedados por órgãos ou entidades da Administração Pública.
Não
cabe interpretação meia-boca ou via-boca. “É veementemente proibida propaganda
eleitoral em Sites de pessoas jurídicas”. Mais claro do que isso não é
possível. Mais claro ainda, está a determinação de que “só é possível e permitido
propaganda em site do candidato / coligação com endereço eletrônico comunicado
à Justiça Eleitoral”. É assim que estou interpretando, posso não está fazendo-o
corretamente, mas o que está escrito permite-me interpretar dessa maneira e no
meu entender não há dubiedade nos pressupostos da Lei. “Propaganda só pode em
Site de candidato e com registro na Justiça, em Site de pessoa jurídica é
proibido.”
Tem
Site em Ipirá, de pessoa jurídica de direito privado, com interesse em
estabelecer e manter acordo de vontades com a Prefeitura Municipal, com o fim
de adquirir, resguardar ou conservar bases contratuais entre as partes.
Discorre desse pressuposto que o Site faz propaganda achando que está
divulgando notícia.
Vamos
levar em conta um FATO POLÍTICO (um comício). Ele está estruturado no seu
visual e na oralidade discursiva do conteúdo programático ou simplesmente no
seu apelo de convencimento. A apresentação exclusiva do visual representa um corte
transversal que leva ao rompimento da integridade da verdade. A divulgação do
discurso sem as fotos, também implica algo incompleto, uma meia-verdade. A
divulgação de uma notícia desconfigurada pode ser e servir de um disfarce
perfeito para veicular uma propaganda dissimulada e subliminar do que para
noticiar a verdade dos fatos.
Eu
postei estas fotos de comícios da jacuzada e da macacada para mostrar uma face
que o Site não mostrou, não mostra e não tem interesse em mostrar. O Site não
publica áudio, só fotos e, diga-se de passagem, num ângulo que interessa mais
ao Site, que é deixar a impressão que a avenida está lotada, quando na verdade
dos fatos, nenhum comício das oligarquias acontece preencher absolutamente todo
espaço do palanque até a Farmácia de Geraldo. O público, no geral, é da Helian
para o palanque. Não existe o menor interesse em mostrar fotos tiradas numa
situação oposta e mostrar uma outra visão que não seja aquela. A exclusividade
fotográfica é uma notícia camuflada, deturpada, transformada e preenchida
consubstancialmente por fatores propagandísticos na determinação do marketing
visual. O que é apresentado e da forma como é apresentado é muito mais
marketing do que notícia.
Além da notícia está o jogo de interesses. As oligarquias locais estão
configuradas em dois grupos (jacu-macaco). O setor popular enfrenta esses dois
grupos. O Site faz a cobertura propagandística das vertentes oligárquicas como
se notícia estivesse a produzir. Conduz a paridade milimetricamente entre as
fotos de ambos. As fotos colocadas vão além da notícia e viram matéria de
marketing publicitário diante das confrontações com as mobilizações do setor
popular. Se, juntamente com as fotos, fosse instalado o áudio das três Coligações,
com os discursos programáticos, teríamos uma notícia mais robusta e estruturada,
que daria mais substância ao colégio eleitoral e não uma visão parcializada. Não
é o estado ou propriedade do que é completo e acabado que interessa noticiar.
Interessa é a factuidade visual
Mas
é um jogo de interesse e a publicidade dos fatos é o que convém neste momento.
Não é a verdade da notícia que interessa. O Site não colocou uma foto da agressão
dos macacos aos estudantes do Colégio Maria Evangelina. Não colocou uma nota. O
Site não colocou uma foto ou vídeo do governador desdenhando dos estudantes.
Estou falando de foto e não do discurso prepotente dos poderosos. Estou
referindo-me a fotos. Fotos que exprimem a notícia e a verdade dos fatos.
É
um jogo de interesse. O Site faz a notícia-propaganda das oligarquias. Tem que
jogar o jogo jogado dos dois agrupamentos, até mesmo ser esguio e dissimulado
na tentativa de mostrar-se isento entre eles. É um meio-campo cheio de
melindres. Não se sabe e não se adivinha as agruras do que está por acontecer!
O Site pleiteia e requer contrato público e tem a obrigação de confabular notícia
com propaganda.
A
propaganda não é permitida em Site de pessoa jurídica, principalmente quando
busca contrato público. O setor popular lamenta o que está imposto de forma
melindrosa pelo Site, que fere o princípio da igualdade de tratamento aos
candidatos da disputa eleitoral. A exclusividade das fotos sem o áudio está
posta para privilegiar de alguma forma os dois candidatos das oligarquias,
quando a Lei assegura a igualdade de condições entre os postulantes.
A
postagem de fotos sem o áudio é um instrumento posto a serviço das duas
candidaturas oligárquicas. Na nossa interpretação existe ilegalidade. Na
dubiedade da norma jurídica, convém estabelecer uma meia-verdade, pois o fato
retrata um marketing poderoso e a sonegação do áudio discursivo das propostas
estabelece que os interesses de poucos suprima o princípio da igualdade de
tratamento aos participantes do pleito, até mesmo no campo do que não consta na
Lei.
Um comentário:
Não há porque se lamentar Agildo, em época de eleição em Ipirá nenhum camisãozeiro fica isento, voce ñ cita o nome do site mas qualquer que seja ele, é preciso que seu dono entenda e separe a pessoa jurìdica da pessoa física, ou seja, é preciso que as preferências políticas do se proprietário ñ o leve a distorção dos fatos para agradar seu grupo político, seja lá que bicho for. Agindo assim essa pessoas afronta os interesses alheios, afronta principalmente a nossa inteligência. Para bens pela brilhante e esclarecedora análise.
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