Um salto no precipício pode ser o encontro com a imensidão do
nada e com uma massa imensurável de incertezas. Neste momento, o município de
Ipirá não gravita num vácuo e não vagueia com formato abstrato. Vive uma
estiagem que castiga quase todo município; a vegetação coloca a sua roupagem
cinza. A terra nua aguarda molhação.
São momentos difíceis, com seca persistente e perdas salientes.
Na administração, o prefeito Thiago Oliveira. Pouco se sabe de projetos para o
município, tudo transcorre numa lógica de cidade-negócio, que fomenta e arremete
gordura financeira na direção de um grupelho, que cantarola como empresários de
prefeitura, gravitando no entorno da gaiola do poder. O calejado sertanejo vai
aguardando, celebrando e suportando.
Não chores por teus filhos, Ipirá! Até o momento, o prefeito
Thiago Oliveira não fez uma obra. Está para completar um ano de administração e
nada. Nada de braçadas por águas profundas e abundantes dos recursos públicos.
Foi-se o tempo das vacas magras para o poder público municipal. Uma máquina
administrativa cara. Uma administração municipal que se mantém como trepadeira
e sobrevive de emendas parlamentares e apego aos governos estadual e federal,
para demonstrar e mostrar serviço.
Ipirá recebe um bilhão de reais por mandato (de quatro anos).
Nosso município encontra-se embrenhado nas zonas de incerteza. Infelizmente, as
pessoas estão fortemente orientadas no sentido da barganha por cargos no
governo. Os políticos esquecem e abrem mão de políticas programáticas em busca
de maximizar o cabedal eleitoral dos donos do poder. Naturalmente, conseguem
esquecer uma característica importante e imprescindível, que é a defesa de
agendas e programas políticos.
Nada vale uma aliança em que o povo não veja a cor da chita. Assim
a banda toca e a fanfarra serpenteia pelas ruas da cidade que nem cobra sassaricando.
Não chores por ti, Ipirá! Por mais que queiras e desejes, não tens mais
lágrimas.
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