Faltando, apenas, um ano para as eleições municipais é evidente que não tem nada concluído, mas pela situação das forças dá para fazer algumas grosseiras linhas e verificar que:
Quem está com a bola na caçapa é a macacada, não resta dúvida, é a bola da vez. Tem o poder municipal; representa o poder estadual no município; tem apoio na esfera estadual (um senador e um ministro). É quem aplica e recebe as glórias dos programas sociais do governo federal e dizer que isso não rende voto num município que tem 11 mil famílias dependendo de Bolsa Família é chover no molhado.
A macacada tem sua base econômica enfronhada em alguns setores empresariais e prestadores de serviços da prefeitura, o que possibilita arrecadar fundos. Controla e mantém amplos segmentos sociais através de uma rede de vereadores e cabos eleitorais, que aplicam uma politicagem clientelista e assistencialista extensiva. Além do mais, manuseiam recursos que possibilitam gastos vultosos em uma campanha. Quem disser que isso não tem influência está bom da cabeça, mas doente da cabeça do dedão do pé.
Além do mais, a macacada apresentará um candidato com boa densidade eleitoral, apesar dos pesares: ser um péssimo administrador público, fato comprovado na prática; irresponsável nas questões da gestão municipal e desprovido de cuidado extremo nas tarefas aplicadas em suprimento das necessidades da coletividade; ser o gestor de uma administração medíocre e de triste memória para Ipirá. Um candidato com carimbo: ficha suja.
A macacada tem determinado peso, mesmo levando em conta o desgaste natural da administração do prefeito Diomário; os desarranjos internos; as insatisfações momentâneas; as que deixam fraturas expostas e as contradições que envolvem todo processo. Não é um grupo imbatível, mas que é osso duro de roer, lá isso é! E para colocá-lo no chão vai dar um trabalho tremendo, mas que é possível é.
A jacuzada! Vive das glórias do passado. Caminha pisando no rastro de seus erros, e pior ainda, sem lenço e sem documento.
O delormismo foi hegemônico em Ipirá por mais de 30 anos (representando o PSD e o MDB) sofrendo a primeira derrota em 1976 (aí surge a denominação jacu). Até então, representava as forças populistas e nacionalistas no município. Com a ditadura militar abdicou da resistência, achando por bem freqüentar a cozinha do malvadeza da Bahia, o ACM, a troco das benesses do poder. O resultado estão vendo agora.
Estão pagando o preço dos erros cometidos. A jacuzada ficou encastelada embaixo da botina de ACM, achando que o poder do malvadeza era perene no Estado, mas por prevenção deixou um testa de ferro na oposição (MDB, posterior PMDB), Diomário Sá. Este foi um erro crucial. Quem com muita confiança confia, poderá ser atravessado na primeira esquina. Foi o que aconteceu.
A política oligárquica da jacuzada só enxerga candidato a prefeito no corpo da família. Diomário não teve chance apesar de ter sido um bom serviçal (é só lembrar o episódio do PMDB local) e fez o que devia ter sido feito, pulou para a macacada. A macacada num lapso de inteligência deu-lhe apoio e Diomário virou prefeito e continuou apoiando os apaniguados de ACM (governador Paulo Souto), igualmente a macacada. O povo brasileiro e baiano deu a virada, com a vitória petista. Diomário mudou de lado e virou esquerda. A jacuzada ficou chupando dedo.
A jacuzada ficou perdida num túnel escuro. Tratou de despachar “as coisa ruim” com que se prostituiu na vida (Arena, PDS, PFL, DEM, ACM e o Neto). Procurou uma árvore que desse sombra e só achou mandacaru (está amarrado ao aventureiro Geddel). A jacuzada está querendo desatar o nó que deu no próprio pescoço, mas caminhando na mesma trilha dos seus erros, só faz apertar a corda. Vai ficar combalida e estribuchada.
A jacuzada é uma força eleitoral, mas não depende só de si, depende muito e muito mais do enfraquecimento da macacada. A jacuzada só terá vez se a macacada implodir. A jacuzada está batendo com a testa na montanha e rezando muito para que ela venha abaixo, desmorone, rache, imploda e aconteça uma cisão do tamanho do mundo para, desta forma, enxergar uma luz no final do túnel, caso contrário, amargará 12 anos no lombo e a terceira derrota consecutiva poderá deixar a jacuzada combalida.
A jacuzada trafega e sofre em sua penitência. Está pagando pelos pecados cometidos. É a sua via crúcis. Não conta com apoio do governo estadual (sempre foi a base de seu fortalecimento); não tem emprego pra dá; não tendo influência e o que ofertar vai perdendo poder e deixa de ser pólo de atração dos dissidentes macacos. Não encanta a população e o eleitorado independente com suas promessas eleitoreiras, pois já administraram a cidade e na prática deixaram ocorrências consideradas desonrosas nas suas gestões no município. Deposita esperança no assistencialismo médico e em custo relativamente baixo da campanha.
A jacuzada é forte, mas está enfraquecida e segue sem rumo. Também sofre desgaste e perda de credibilidade. É visível a sua crise existencial como agrupamento político. Internamente, não se entendem, reflexo das dificuldades. Uma parte do grupo mantém a velha e surrada estratégia da insistência em continuar mantendo candidato da família, sem perceber que isso não tem força para atrair o eleitorado independente de Ipirá. Foi esse erro que afastou Diomário do grupo e levou à derrota. E esse é um grande erro.
Outra parte do grupo da jacuzada, já vem à tempo, imprimindo uma estratégia consensual com lideranças macacas (coisa que não deu certo até o momento, problema é quem fica na cabeça). Cientes de que sozinhos não tem futuro, arremeteram-se para cima de Luciano Cintra como uma via escapatória, baseado naquele ditado, “para quem está perdido todo mato é caminho”. Não deixa de ser um tiro de canhão no escuro, pois consta da intenção de atar o prefeito Diomário, o que faz da atitude uma estratégia tola e sem sentido pragmático. A ilusão de que a força pura do dinheiro poderá reverter a situação tem a mesma fortaleza de um simples castelo de areia entregue a ação do vento. A jacuzada tem que ter o mesmo lapso de inteligência que o macaco teve no momento em que apoiou Diomário para derrotar a jacuzada e derrotou. Caso contrário, será 12 anos no lombo e a perseguição dos macacos no cangote.
O Movimento Renova Ipirá lançará candidato a prefeito de Ipirá. A grande preocupação do movimento é construir um programa de governo para Ipirá. Estamos na base do governo estadual e federal, com a representação do PSB e do PCdoB. Contamos com o apoio de deputados estaduais e federais e de outros segmentos partidários e governistas. Hoje, o movimento tem ganho a simpatia de vários setores empresariais do município e de amplas parcelas populares. Sinceramente, já escrevi demais, por hoje chega.
Um comentário:
Agildo, com relação a sua última postagem, permita-me dizer que na realidade a macaacada ganhou mais não levou pois o atual alcáide "SEU DIÓ", O PIÓ,simplesmente isolou as principais lideranças do grupo em seu governo a exemplo de Humberto Colonnezi que o lançou candidato e Antônio Colonnezi que o elegeu e foi demitido do cargo de secretário de saude de Ipirá. Era o único cargo importante dado a um MACACO PURO SANGUE, o outro está com Valdo Dantas e só. os demais cargos estão com os NÉOS-JACUS, NÉOS-MACACOS(OS DROMEDÁRIOS) E O PT.Ele "gosta"tanto da macacada, que até hoje não colocou a placa denominando de JULIO DANTAS o Centro de Abastecimento de Ipirá, que foi APROVADO NA CÂMARA DE VEREADORES DE IPIRÁ POR UNANIMIDADE EM 2009. Por que será?. Com relação as eleições 2012, no meu pensamento ele dará O TIRO DE MISERICÓRDIA NA MACACADA a poiando outra candidatura que bem lhe convier.Lembro ao amigo que em 1992, "SEU DIÓ",O PIÓ, tentou entrar NA MARRA no PSDB mas ROGERÃO DA TORA O ESCORRAÇOU mandando ele de volta ao PMDB, onde foi candidato a Vice-Prefeito na chapa com Roberto Cintra e perdeu feio.Quanto ao RENOVA, está fazendo o trabalho que vc e outros abnegados começaram a fazer em 1982, progeto esse que o PT de Ipirá abandonou para dar mais espaço à sêde de poder do PIOMÁRIO.
Postar um comentário