domingo, 10 de outubro de 2010

CONVERSANDO COM OS NÚMEROS (2)


Em Ipirá, as votações para os governadores (o 5º. Voto) tiveram menos votos válidos do que os presidenciáveis (6º. Voto), num total de 722 de diferença.
Teve mais votos brancos: 1.140 contra 764 (3,68% contra 2,47%)
Teve mais votos nulos: 3.026 contra 2.680 ( 9,76% contra 8,65%)
Se isso expressar uma vontade, o eleitorado tinha uma preferência maior pelos presidenciáveis do que pelos governadores.
Marcos Mendes, que apertou Geddel no debate, abocanhou em Ipirá, apenas 56 votos.
Vamos para a onda verde – Marina 2.285 (Bassuma 422). Uma diferença de 1863 votos, que Marina obteve com outros governadores. Naturalmente, que este voto do governador será o indicativo da próxima escolha do presidente nas eleições do dia 31. Casado com Marina foram 422 votos, que irá para um dos presidenciáveis e poderá ir (alguns ou boa parte) para o voto nulo.

Em Ipirá, como na Bahia, sistema eleitoral, do dia 3 de outubro, estava, preferencialmente, voltado para uma disputa entre os três candidatos: Geddel 5.994 (22,34%) que somado a Paulo Souto 2.159 (8,05%) alcançaram 8.153 votos (30,39%), que poderá ser a votação de Serra, não considerando o que Dilma obteve nessas vertentes. Se Serra abocanhar todos os votos de Marina (2.285) (o que não vai acontecer) e somar aos seus, ficará com 8.824 votos. Em Ipirá, esse é o teto de Serra, se tiver força, desde quando o eleitorado não dá uma volta de 180º, sem mais nem menos.Para termos uma idéia da força de um curral eleitoral, Paulo Souto, em outros tempos, saia daqui com mais de 12 mil, agora, está vivenciando o tempo das vacas magras.

Wagner com 18.171 votos(67,74%), teve 425 votos a menos que a candidata Dilma. Significa que a mulher está bem na fita ipiraense. Quando o prefeito Diomário apoiou Paulo Souto, na eleição de 2006, o governador Wagner ficou na casa dos 13 mil, agora, com o apoio do prefeito, da máquina municipal, ele pulou para a casa dos 18 mil.

Engraçado, quando o prefeito agradece a votação, ele sonega a vontade e o desejo do povo ipiraense, que naturalmente tinha uma tendência pelo programa ou por Wagner, como tem pelo presidente Lula e por Dilma. Engraçado, quando o prefeito agradece a votação ele não remete para o conjunto de forças que apoiaram Wagner e Dilma, como um referencial significativo no processo, cada qual com sua potencialidade. Engraçado, quando o prefeito afirma que liberou correligionários para votar na deputada Neusa, o que deixa claro, que o “homem da porteira” tem o ferrão na mão, mas também, sabe apartar o gado que fecunda o seu curral eleitoral.

Está corretíssimo que tudo é fruto do trabalho e o voluntarismo não tem conseqüências. Agora, uma coisa também está clara, em nosso município, a candidatura de Dilma está na vontade, na boca e no coração do povo de Ipirá. Será uma vitória com larga distância, porque o povo assim o quer. Mesmo que não haja o grandioso volume de recursos municipais jogados na praça; mesmo com um volume de campanha reduzido; mesmo sem os gastos estrondosos do primeiro turno, mesmo assim, a candidata Dilma sairá vitoriosa em Ipirá e quiçá no Brasil. Vamos deixar o povo de Ipirá ter a sua vitória e expressar livremente a sua vontade, sem o consentimento do dono do curral, que não larga o seu ferrão. Quem vai agradecer dessa vez é o próprio povo e não precisa ser em carro de som.
O próximo “conversando” será com os votos para o Senado.

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