2012 começa em 2011 com as devidas frituras. Quantas vezes o PT de Ipirá foi convidado pela macacada para discutir a próxima sucessão? NENHUMA. Eu respondo essa pergunta com a mais absoluta certeza. NENHUMA. Mesmo totalmente à distância eu digo que o PT de Ipirá não foi nem lembrado, neste momento, que dirá consultado. Mas, não é aliado? É, e daí? O PT de Ipirá deixou de ser protagonista para ser um ator coadjuvante. Quis assim, que assim seja.
A macacada não precisa do PT de Ipirá para definir quem será o candidato sucessor do prefeito Diomário pelo grupo. Nem mesmo de um parecer. Nem mesmo para uma consulta. O candidato macaco será Antônio Colonnezi ou Jurandy Oliveira e isso é coisa estabelecida desde o século passado e o PT de Ipirá vai ter que engolir ou tomar uma atitude diferente.
A macacada precisa é do apoio do PT de Ipirá para a campanha, ou seja, dos votos, da ação, do trabalho na administração com carimbo macaca e muito mais, do silêncio petista. Na última eleição, o prefeito Diomário conseguiu tudo isso. Se o PT não ligar para isso, não tem porque reclamar e exigir dar palpites dentro do recinto macaco. È pegar ou largar, eis a questão.
Conversando com um prócer macaco sobre essa questão, ele mostrou um raciocínio bastante simplista: “o governador quer manter é um esquema eleitoral para o governo petista, sendo assim, vai ver a pesquisa apontando Antônio com mais de 20% e o PT com 1%, aí vai enquadrar os “companheiros” para a realidade, que é aceitarem a vice, duas secretarias e ta de bom tamanho”. O simplismo está evidente no fato dessa pessoa enxergar e enquadrar o PT de Ipirá como chegado a uma boquinha. Acredito que esta pessoa está enganada, mas por outro lado, vejo que o PT de Ipirá tem que fazer algum malabarismo para garantir essa vice, pois corre o risco de perdê-la para a esposa do prefeito Diomário, dependendo muito mais da lei eleitoral do que da vontade dos macacos.
O simplismo dos macacos parece que contaminou um prócer petista ipiraense, que alardeia que o PT de Ipirá terá candidatura própria em 2012. Em 2008, quando era prá ter, preferiram não tê-la e agora voltam a uma posição anterior, só que, desta vez, totalmente desfocada. Uma candidatura petista em Ipirá para as eleições de 2012 não tem força de atração. Será um pólo exclusivo e genuinamente petista. Uma candidatura petista lançada pela cúpula petista não terá capacidade de aglutinar outras forças políticas. Quando não era pra reforçar a bipolarização eles fizeram justamente o contrário, agora querem confrontar com o que eles deram ênfase, no simplismo do “quem faz aliança quando dá na telha, pode muito bem desfazê-la quando der na cabeça” e os tais princípios políticos desmancham-se no saco robusto do oportunismo e do imediatismo. Se pagarem pra ver, vão ver.
O prócer petista começa a sonhar e entorta até o simplismo. Fala pelos cantos, que é burrice da jacuzada não apoiar uma candidatura petista para prefeito, com direito a lançar o vice para ganhar as eleições e que o governador não ficará contra um candidato do seu partido, o PT. Assim chegam ao simplismo simplificado, inocente e infantil. Pensar assim é querer demais. Seria o oceano Atlântico jogando água no rio do Peixe.
A jacuzada é depositária de apoio e dificilmente abrirá mão disso, principalmente tratando-se de um inimigo político declarado, que não seja; tratando-se de um inconfiável coligado político, que não seja; tratando-se de fortalecer e reforçar uma outra liderança, que não seja; tratando-se de transferir poder para um outro agrupamento, que não seja. A troco de que a jacuzada iria dar apoio ao PT de Ipirá? Não dá para entender, desde quando, o prefeito Diomário, que recebeu apoio do PT não tem nenhuma disposição para dar seu apoio a um petista em Ipirá, imagine o grupo da jacuzada, que foi espoliado, hostilizado e fustigado pelos petistas na campanha eleitoral passada!
O que fazer? Isso é um problema do PT de Ipirá. Se não quiserem ser caudatário da manha e manobra da macacada e da sutileza política do prefeito Diomário vão ter que deixar o barco bem antes do período eleitoral, porque no apagar das luzes da administração, cai e cheira mal. Se ficarem vão ter que apoiar Antônio ou Jurandy. Se não vão apoiá-los terão que deixar o governo municipal. A saída do PT de Ipirá da administração dos macacos será o primeiro baque para a pretensão de continuidade desse grupo. Por outro lado, a jacuzada padece na sua via crúcis em direção ao crepúsculo, porque não é fácil enfrentar os três poderes com base nos meandros que implantaram e alimentaram para usufruir do poder local, ou seja, na base do dinheiro. Quanto custa uma eleição em Ipirá? Sem o apoio do governador, quem vai gastar para a jacuzada? Para quem não vai mexer no bolso é fácil ficar fazendo pataquada, mas para quem vai jogar pelo ralo, são mais quinhentos. O que fazer? Isso é um problema da jacuzada.
Ipirá precisa de uma discussão séria, consubstancial e providencial sobre seus problemas e seu desenvolvimento. O RENOVA IPIRÁ se propõe a fomentar esse debate e a criar condições de pautá-lo num projeto de governo. O PT de Ipirá não pode ficar à deriva desse processo, além do mais, já vivenciaram essa experiência junto à macacada e naturalmente sabem bem mais do que a gente se esse importante debate é feito nas hostes macacas. Se esse debate é relevante para o PT de Ipirá e não recebe o tratamento devido da macacada, não tem porque o PT de Ipirá ficar dando guarida a um arremedo de política. Mas, tudo isso, é um problema do PT de Ipirá.
Um comentário:
SAUDAÇÕES AGILDO!!!PARABÉNS PELO POST, PELA FIDELIDADE COM QUE COLOCA OS FATOS. LAMENTÁVEL QUE OS MÍOPES DO PT NÃO PERCEBERAM AINDA NO "ATOLEIRO" QUE SE METEU, MAS,COMO VC BEM LEMBROU, ISSO É UM PROBLEMA DELES. RENOVA IPIRÁ!!!
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