Uma licença de trinta dias para quem tomou posse há 15 dias.
Saúde ou férias? Será que depois das carreatas, passeatas, festejos de campanha
e comemorações da vitória caiu a ficha? Parou, pensou: “o que foi que eu vim
fazer nesse lugar?” Agora é hora de trabalho, de muito trabalho. Ipirá quer
isso: trabalho. A realidade do outro lado do cargo é dificuldade, cobrança,
reivindicação, problema, aporrinhação e pressão, sem falar nas propostas
descabidas, indiscretas e descaradas do próprio grupo. Isso tudo preocupa-nos
pouco. É problema da Servidora Pública no. 1 de Ipirá.
Trinta dias, também, é o tempo que os alunos da zona rural
de Ipirá estão sem freqüentar as aulas da IV Unidade na rede estadual. Férias
ou saúde? Nem uma coisa, nem outra. É por falta de transporte público. A ficha
desse alunado ainda não caiu. Isso é problema gravíssimo e preocupa muito mais
do que o outro, pois significa a exclusão determinada, intencional e escrota de
quase mil alunos da educação.
Dois milhões de reais nos cofres da prefeitura deixados de
boca, no discurso, pelo ex-prefeito Diomário. Oitenta mil reais é o que precisa
para transportar os alunos da zona rural para a escola. A prefeitura não tem ou
não quer dispor desse valor. Empacou o transporte. Essa matemática só pode ser
esquadrinhada com uma auditoria. Aí o mundo desaba. Não! Isso não! Valor da
farda da fanfarra; fantasmas e outras estripulias do ex-prefeito só podem
ganhar corpo pela boataria, no disse-me-disse para detonar o ex-prefeito.
Detonadas estão as famílias que têm que pagar para transportar seus filhos para
estudar em Ipirá. Do Malhador, R$ 150,00; do Alto Alegre, R$ 250,00 por
aluno/mês. Um detono. Quem pode pede licença e deixa o abacaxi no peito de
alguém.
A politicagem de Ipirá conseguiu criar um monstro que engole
os politiqueiros. Eles não querem enxergar esse monstrengo. Foram anestesiados.
No sábado, um dia antes das eleições, uma candidatura tomou emprestado duzentos
mil reais para utilizar na boca-de-urna. Lascou a boca. Passada a anestesia vem
a cobrança. Virou refém dessa gente. Sete prefeitos foram algemados e presos,
esta semana, pela polícia federal no Espírito Santo. Jovens promotores estão
vigilantes e atuantes na intenção de moralizar a coisa pública neste país. Na
pressão uma licença alivia a alma.
A politicagem de Ipirá conseguiu criar um monstro que engole
estudantes da zona rural. Quando eles menos esperam, suspendem o transporte.
Estão engolidos. Tiram-lhes a educação, pronto, estão engolidos e trucidados.
Lascaram a boca. Não tem quem lhes empreste dinheiro para freqüentar a escola,
apesar de serem bons pagadores. Não podem solicitar licença. Não possuem
direitos respeitados quanto ao transporte público, imagine à licença para
aliviar a alma.
Trinta dias sem transporte para os alunos da zona rural.
Transporte é responsabilidade do governo estadual petista, Jaques Wagner. Vem aí,
trinta dias com o vice-prefeito Ademildo Almeida, petista, à frente da
administração municipal. Os alunos da zona rural de Ipirá estão sem o
transporte escolar há trinta dias. Isso é um problema gravíssimo. Isso é uma
questão de vontade política. Resta vê como essa gente atende e encara as
questões e os problemas dessa monta, que envolve a população rural de Ipirá.
Isso é uma questão de urgência, porque a educação não pode sair de licença por
trinta dias. Espero que o poder público em Ipirá não tenha pedido licença.
Um comentário:
Muito bom o texto...
Postar um comentário