quarta-feira, 10 de agosto de 2016

MEDALHA DE LATÃO

Vou começar com uma pergunta: quem é Jota Oliveira? Confesso que errei, cravei seco na vitória da macacada e deu o time reserva da jacuzada. Confiei no ninja Diomário. Pensei assim: “Se Diomário está topando esta eleição indireta é porque a coisa está garantida” Não estava.
Havia muitos artifícios jurídicos para levar esse Primeiro Turno Eleitoral em banho-maria, protelar o máximo; necessário apenas um bom advogado, especialista em Lei Eleitoral, mas um sujeito desse quilate custa uma dinheirama e o resultado disso tudo, é que Diomário confiou no seu taco e tomou um gol contra. Na contenda dos maiores advogados de Ipirá: Marcelo Brandão 2 x 0 Diomário.
Foi um nó tático. Diomário já aprontou muito nesta terra e parece que está meio borocoxô. Não é verdade. É que a macacada está vivendo a ressaca de uma renúncia irresponsável e muito mal explicada e por isso muito mal digerida e o resultado não podia ser outro, é esse aí e tudo o que acontecer daqui para frente.
A jacuzada colocou um time reserva para despistar e tirou de tempo o arguto Diomário. Imagine se o candidato fosse o Luiz Carlos! Aí o Diomário iria ficar aceso, vinha prá cima e não teria dado mole. Mas, Jota e Albertino! Ele não levou à sério.
Diomário era só felicidade. Séria a réplica da Santa Ceia. Um café da manhã reforçado para amarrar o pato. Uma entrada triunfal na arena para festejar a matança. Uma vingança ultrajante, estilo novela da rede Globo. Brocaram os olhos do velho Dió. Foi um escárnio ressonante.
O sistema jacu/macaco está podre. Todo e qualquer tipo de ato desprezível e infame tem aplausos retumbantes nas duas hostes da politicagem. Diomário não é nenhum santo e já fez de tudo muito. A jacuzada é capaz de fazer muito para chegar a tudo.
Vejam o que os senhores estão fazendo com Ipirá! Essa forma de politicagem ordinária, na base do vale-tudo, tem deixado para Ipirá péssimos exemplos, onde a cidadania atola-se na imundície e uma mercadoria ordinária vem à tona com a marca registrada de voto. O sistema jacu/macaco empurrou Ipirá no abismo, ladeira abaixo.
Eu sei perfeitamente que o vereador controla a maioria dos votos em Ipirá, através do clientelismo e assistencialismo. Essa derrota no primeiro turno foi um desastre avassalador para a candidatura de Aníbal Ramos, que pegou um caixão sem alça para carregar nos ombros. Aceitou uma candidatura no pior momento da macacada, que vem de uma campanha destrambelhada, com uma vitória apertada e com administrações desastrosas, que resultam em desgaste e impopularidade.
Aníbal seria um fortíssimo candidato a prefeito se fosse o candidato de, pelo menos, dez vereadores. Com essa derrota na eleição indireta, que considerava ganha, perde a confiança nos seus; perde o cofre; perde o clichê da campanha, a proposição esboçada, de um candidato limpo contra outro sujo, porque não é mais prefeito e o que foi feito no seu governo está sob a mira de um prefeito adversário e a luta é vale-tudo.

Quero terminar este artigo com uma pergunta satírica, arrogante e prepotente, feita por um ex-prefeito, num programa de rádio: “Quem é Jota Oliveira?” É o prefeito de Ipirá. E para terminar mesmo, com uma alusão a Rodrigo Gomes, que disse em alto e bom tom, em minha presença: “Só apoio MB se Albertino for o vice!” Seu pai é o vice-prefeito de Ipirá. São os nós dado pela vida. E o venerável Dió não subiu ao pódio, é medalha de latão.  

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